11 meses e alguns dias depois...
Eu fui ao medico a minha consulta de rotina, naquele ano eu tinha descoberto um câncer no fígado, tinha feito um tratamento, quimio e radio porque o tamanho não dava mais para operar, poderia melhorar, ainda sim eu esperava uma melhora, meu pai começou a se preocupar comigo.
Eu entrei no consultório medico, respirei fundo, então meu oncologista o dr. Smith pediu para me sentar, assim eu o fiz, juntei as minhas mãos.
- Bom dia doutor. – Eu apertei a mão do doutor. – Então, o que meus exames de rotina dizem. – Ele pegou o meu exame e abriu, leu e estava franzindo a testa, não era um bom sinal.
- Apesar dos nossos esforços, e do tratamento de radio e quimio, você não melhorou, só está piorando, além de o câncer ter aumentado de tamanho, apareceu um linfoma do seu pulmão por isso você anda com a dor no peito e cansada. Sinto muito, você vai morrer em um ano. – Eu comecei a chorar.
- Eu vou morrer antes de completar 18 anos? – Eu fiquei triste.
- Podemos tentar outro tratamento, pode aumentar em alguns meses, ou você pode não continuar reagindo. – O medico me informou.
- Não quero prolongar meu sofrimento, eu quero viver meus últimos dias como uma garota normal, por favor, não conte a ninguém. – Eu pedi ao medico.
- Por lei tenho que avisar ao seu pai.
Eu me virei, eu respirei, mas com mais dificuldade. Saí do consultório entristecida, meu pai Big Earl estava lá sentado numa cadeira na sala de espera. Eu comecei a chorar, então eu o abracei fortemente.
- O que o medico disse? – Ele me olhou nos olhos.
- Eu só tenho mais um ano de vida. – As lágrimas desceram como cachoeiras de meu rosto.
- Vamos procurar outro medico, fazer outros tratamentos. – Eu abracei fortemente meu pai.
- Não, eu não quero prolongar mais o meu sofrimento, quando eu tiver que partir, eu quero estar mais ou menos do jeito que estou agora. – Eu tentei parar de chorar. – Quero que ninguém saiba que vou morrer dentro de um ano, me prometa.
- Também acho melhor.
Fomos a de Big Earl, conversível, eu me sentei no banco do passageiro e ele no banco do motorista. Durante o trajeto, eu fiquei olhando a paisagem de Bevely Hills, eu avistei um salão de beleza.
- Pai você pode estacionar aqui. – Eu me virei para ele.
- O que você quer? – Ele parou o carro.
- Eu quero voltar a ter cabelo comprido. – Big Earl não entendeu, eu revirei meus olhos. – Colocar mega hair, de preferência roxo. Não! Vou mudar de cor uma vez por mês, vou ser como uma caixa de crayons. – Big Earl começou a chorar. – Pai não chora, eu estou cheia de vontade. Domingo que vem é o meu aniversario de 17 anos, então eu quero uma festa de debutante bem cafona.
- Eu vou fazer todas as suas vontades. Faça uma lista e me entregue quando eu te buscar do salão. – Ele estacionou a Ferrari amarela em frente ao salão. – Gaste tudo o que você quiser.
- Você ainda não aprendeu que dinheiro não compra tudo, mas queria comprar alguns anos de vida. – Eu desci do carro.
Eu entrei no salão, eu pedi o pacote completo, a cabeleireira viu o meu cabelo curto, ela ia fazer o mega hair com cabelo rosa choque. Eu pedi papel e caneta para me distrair enquanto ela colocava o aplique na minha cabeça. Ela me entregou uma folha A4 e uma caneta bic preta, ela separou o cabelo rosa, era cabelo humano pintado de rosa. Eu comecei a fazer a minha lista.
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Drunk in love
FanficEla é uma filha de um produtor de rap, mas gosta mesmo é de rock. Só uma noite, regrada rock in roll e bebida, ela conhece Synyster Gates, ou Brian. Eles ficam, mas com a mesma intensidade que eles se atraem e a mesma que os repelem. **Não copia, nã...