Capítulo II

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Foi um enorme erro pensar que tudo se resolveria!
Eu dei uma volta pela cidade e tudo continuava deserto. Eu não sabia o que pensar.
Mais cedo ou mais tarde teria que fazer algo...
  Fui até a cozinha, preparar algo pra comer, depois me sentei no sofá da varanda com uma xícara de café.
Eu definitivamente estava sem rumo. Onde foi parar Duke? E minhas amigas? Minha mãe? Meu Deus, como eu me arrependo de nossa última conversa ter sido uma briga.
  Me perco em pensamentos e fico meio zonza. Até que vejo algo: Um flash de luz branca, que logo tomou forma. A forma de um homem, alto, porte atlético, bem vestido e com um ar muito superior. Um lindo homem que nunca vi na vida.
Sua voz saiu quase como um sussurro, dava pra ver que estava tentando me explicar algo, mas eu não conseguia digerir o que estava acontecendo.
  Quando consegui me recompor, e pergunta-lo o que queria me dizer, percebi que além de ser bonito e superior, era também muito arrogante.

  -O que disse? -Perguntei a ele.

  -Então além de sonsa, a senhorita também é surda? Eu perguntei se continuará com esse seu traseiro sentado aí, ou irá fazer algo! -Estou pasma. Não acredito no que acabo de ouvir.

  -Não estou te entendo. Você vem até aqui em uma mágica nuvem branca, só pra desdenhar de mim? O que quer que eu faça?

  -Será que você ainda não notou que todo mundo sumiu? -Ele perguntou, como quem explica "um mais um" a uma criança.

  -Sim, eu notei, mas eu não tenho nada com isso, nem sei o que fazer. -Eu estou gesticulando muito.

  -Mas a culpa é sua! -O que? Não tem como ser minha culpa, eu não fiz nada, eu não sou ninguém, minha vida sempre foi tão normal que chega a ser chata.
 
  -Minha? Como a culpa é minha?

  -Só sobrou você.

  -Se for assim, você é ainda mais suspeito, já que deve ter poderes ou algo assim, com essa nuvem branca, e...

  -PARE DE FALAR!

Nossa! Ele tomou uma forma tão assustadora, que estou em choque nesse momento.

  -Olha, a minha função aqui não é me chatear com você, então se você falar menos, e procurar me escutar, talvez eu não te mate. -Ele disse, claramente se esforçando para manter a calma. Não funcionou muito bem, pois estou prestes a chorar. -Escuta, não vou te machucar, só não me irrite, e foque na sua missão.

  -Minha missão? Como assim? -Isso é tão confuso.

  -Felicia Lewis, você vai passar por uma jornada longa, e no final, não será mais esta garota despreocupada que é agora!

  -Sabe meu nome?

  -Sim, eu sei muito sobre você, em breve, você saberá mais sobre si mesma.

  -Qual é seu nome?

  -Meu nome é Carter Hill, o anjo revoltado.

FelíciaOnde histórias criam vida. Descubra agora