19. Marley

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Depois de uma longa caminhada, cheguei ao parque. Talvez fosse melhor eu ter pegado um ônibus, porque confesso que cheguei exausta. Sentei em um dos bancos e comecei olhar a vista, as pessoas, tudo ao meu redor. Aquele lugar tinha um sossego, um clima extremamente bom.

Fiquei um longo tempo distraída observando as coisas ao meu redor quando de repente voltei ao planeta terra quando uma bolinha cai aos meus pês e um cachorro vem correndo na minha direção.

- Oi amigão. – Falei quando ele sentou na minha frente.

Ele me lambeu e eu aproveitei para acaricia-lo. Ele era lindo e muito manso, peguei sua bola e joguei na direção da qual ele veio, e então lá estava ele, correndo atrás do seu brinquedo novamente. Segundos depois escutei uma voz de longe agradecendo, eu apenas dei risada.

Peguei um livro que eu tinha colocado na bolsa e comecei a ler. Depois de um tempo ali, olhei pra frente e o mesmo cachorro de antes com a bolinha na boca, colocou no chão e empurrou com o focinho, sorri com aquela cena. Joguei e ele voltou, e assim ficamos por alguns minutos, até eu perceber que vinha em minha direção um menino, ele era alto e muito bonito, deveria ser o dono do cachorro por que assim que ele viu o garoto, correu e começou a abanar o rabinho.

- Acho que ele gostou de você. – O garoto falou assim que chegou mais perto.

- Acho que sim. Ele é uma graça. – Falei.

- Sou Bruno, e ele Marley. – Disse sorrindo e olhando pro Marley.

- Valentina. – Sorri.

Marley corria de um lado para o outro com aquele brinquedo, era engraçado de se ver. Eu adorava animais, na verdade, eu amava animais. Fazia algum tempo que eu havia escolhido não ter nenhum bichinho de estimação, pois eu não tinha mais psicológico nem para cuidar de mim e da minha vida, imagine um serzinho tão puro e que dependeria tanto de mim e meu amor.
Fiquei longos minutos observando Marley e suas loucuras. Bruno continuava ali, conversamos por algum tempo, até que ele pegou Marley, nos despedimos e ele foi embora. Bruno era um cara legal, apesar de termos se falado pouco, ele parecia ser um cara bacana.

Já eram 18h30min quando decidi ir embora. Dessa vez escolhi pegar um ônibus, chegaria mais rápido e já estava um ficando escuro, então não seria uma boa ideia eu voltar caminhando. Minutos depois eu estava em casa. Entrei e fui direto para meu quarto, tomei um banho e coloquei uma roupa confortável.
Fui até a sala e mamãe estava lá. Por incrível que pareça ela não me ignorou, pelo contrario, ela sorriu e puxou assunto comigo. Ficamos um longo tempo ali batendo papo até que decidi ir para a cama.

Já estava deitada, quando me veio na cabeça o menino do parque e seu cachorro maluquinho. Sorri e tempo depois peguei no sono.

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