23. Um anjo

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– Meu amor, eu vim para te dizer algumas coisas, então preste atenção e me escute. – Ele disse interrompendo nosso abraço e segurando minhas mãos.

– Está bem. – Falei tentando controlar o choro.

– Primeiramente eu quero que você pare de chorar, eu sei que pra você foi e continua sendo difícil, que você se culpa, que sente a minha falta, assim como eu sinto a sua. V, eu quero que você saiba que por segundo algum eu te culpo pelo que aconteceu, você nunca teve culpa. Infelizmente a vida é assim, e o destino decidiu que eu ficaria na sua vida durante esse determinado tempo. Não chore mais por mim, eu não quero que você chore, pelo contrario eu quero ver você sempre sorrindo, o sorriso lindo por qual eu sempre fui apaixonado. Quero poder saber que você esta bem, que está feliz, quero que sorria relembrando nossos momentos e que guarde cada um deles no seu coração e que possa estar aberta para mais momentos bons. V, eu parti, mas sempre vou esta aqui dentro do seu coraçãozinho. Não se fecha para as coisas boas, para coisas novas, sentimentos novos, permita-se viver, viva, seja feliz e aproveita tudo aquilo que eu não vou aproveitar do seu lado. Eu quero que você me prometa que não vai me esquecer, que vai me levar sempre no seu coração e que me prometa que eu sempre vou ter meu lugarzinho ai dentro, mas que você também deixe outra pessoa entrar, que se apaixone, que viaje pelo mundo como planejamos, que construa sua família e que seja sempre radiante. Eu sempre vou te amar, eu parti te amando e você pra sempre vai ser o amor da minha vida, mas eu não preciso ser o seu... Eu te amo, e tudo que eu quero é saber que você está aqui, e está vivendo feliz como sempre planejamos viver. Eu vou cuidar de você, mesmo de longe eu vou estar sempre te protegendo, mas deixe alguém cuidar de você de perto. Eu te amo e sempre vou estar aqui, aqui dentro do seu coração. Nunca se sinta sozinha, porque eu sempre vou estar aqui. Eu te amo, V. – Ele terminou de falar e beijou minha testa lentamente e em seguida me abraçou.

A única coisa que eu conseguia fazer era chorar, chorar e chorar. Eu sei que ele estava pedindo para eu não fazer isso, mas era involuntário as lagrimas percorriam pelo meu rosto, aquilo que eu sentia dentro do meu peito doía demais, doía saber que por mais que ele estivesse ali, no mesmo tempo ele não estava. É confuso demais até pra mim. Eu só queria entender porque agora, porque o grande amor da minha vida está aqui agora e ainda me falando todas essas coisas.

– Eu não entendo... Isso é doloroso demais, eu não quero que você vá... Eu não quero viver em um mundo onde não exista você, onde não exista nós. Não vá novamente, fique comigo, não me abandona. – Eu falava entre o choro, em um tom de desespero.

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