÷ Uma semana depois ÷
Júlia Collins
Vanessa: Anda menina, levanta dessa cama antes que eu tenha que te arrancar aos tapas! – ouço uma gritaria de longe.
Ótimo, por que ser acordada com beijos de bom dia se você tem uma mãe doida pra te mandar pra longe? Eis a questão.
– Mãe, Oh mãe, não faz isso. Eu só quero dormir mais uns dois segundinhos. – resmungo me cobrindo.
Vanessa: Um, dois. Levanta que já estamos atrasados. – continua a gritar e agora abre a cortina.
– AAAAAAAAH.
Gritei pulando da cama e indo até o banheiro.
Vanessa: O que foi doente mental? Quer levar uns tapas?
– Eu sou uma vampira. Não posso me expor ao sol sem o anel da luz do dia. – Choraminguei.
Vanessa: Júlia, não me faça dar na sua cara. Não tem sol, são cinco e meia da manhã menina!
– O QUÊ?
Vanessa: Sem drama tá bom? Agora se arruma rápido antes que eu venha te buscar pelos cabelos. – diz já dá porta do quarto.
– Também te amo mamãe. – debochei lhe dando língua.
Vanessa: Me respeita menina mal criada. – resmunga e taca uma sandália em minhas espinhas. – Também te amo.
Sorri querendo chorar e ela saiu do quarto.
Acampamento de verão. 3 meses em um lugar trancada, com um bando de gente que tive que aturar três anos. Eu com toda a certeza, irei viver o pior castigo da minha vida.
Acabei de terminar o ensino médio e meus pais estão surtando pra que eu vá em uma formatura chata ao ar livre. Que tédio.
Não sei até agora qual o pior. Aturar o meu irmão se gabando por ser o popular e o mais desejado do colégio ou aturar Jennifer, a garota mais petulante e sem escrúpulos que já vi. Isso não será uma tarefa fácil.
Umas meia hora depois de tomar um banho quente e relaxante, já saí do banheiro escutando gritos da minha doida e implicante família. Ou para ser mais exata, da minha querida mamis. Parecia que ela estava brigando com Gustavo. Ótimo, não aguentaria tudo sozinha como sempre. Procurei a merda do meu celular por todo o quarto mas não achei. Só podia está com as pessoas que mais amo nesse mundo.
– CADÊ O MEU CELULAR? EU NÃO SAIO DAQUI SEM O MEU CELULAR. – Desci gritando, todos já estavam tomando café. Ao me ver, Gusta colocou os fones de ouvido, Karyne saiu da mesa e meu pai me olhou com um olhar mortal.
E o espírito de família unida? Não funciona todo dia na residência Collins.
Hugo: Júlia não seria Júlia se não fizesse show as seis e meia da manhã! – brandou encarando o jornal.
– Se meu celular estivesse nas minhas mãos, juro que não ouviria minha voz. – ironizei me sentando na mesa.
Hugo: Ah o celular? Você não vai vê-lo por três meses, garanto que sobrevive.
– Não tô acreditando.
Gustavo: Acredite maninha, além de sermos obrigados a ir nesse acampamento, nem celular vamos levar. – Diz agora tirando o fone e suspirando. Até parece que Gustavo sobreviveria sem aquela bomba dele. Sei que vai dar um jeito de levar e eu também.
Vanessa: Lá não tem sinal crianças, vocês não leram o panfleto?
– E eu tenho cara de que leio panfleto mãe? Por favor né.
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Eu Odeio Você - Concluída
Novela Juvenil"Eu te odeio pelo simples fato de te amar e não poder te ter. E acho que todo esse desafio é que me faz te amar tanto." Júlia e Lucas se odeiam desde quando nasceram, por culpa maior de seus pais que não se suportam. Em uma brincadeira do destino, o...