After Meeting You - Shawn Mendes

capítulo 1 - beginning

Depois de passar anos estudando, me sentia livre por já ter terminado os estudos. Em boa parte era ótimo, porque eu não ficava em casa todos os dias sem fazer nada.
O que mais me irritava na escola, era aquelas garotas líderes de torcida. Tudo bem que elas eram bonitas e gostosas, mas o que adianta ser linda e ser burra?
Bom, falando assim até parece que eu era aquelas garotas que tiravam notas boas em todas as matérias, ao contrário, quando eu tirava notas altas eu esfregava na cara de todo mundo, porque milagre não se acontece todos os dias né.
Eu, para ser sincera, sinto falta da escola porque eu passava a maior parte do meu dia com as minhas amigas, que inclusive, ainda tenho o contato delas e continuamos melhores amigas, ou não. Abby, uma delas, começou a namorar a pouco tempo, e isso estragou totalmente a nossa amizade.
Muitas pessoas me diziam que relacionamentos não estragam amizades, mas hoje eu tenho certeza de que isso está totalmente errado.

- Amy, eu já te disse para não deixar as suas roupas imundas jogadas pela casa!

Ah, esqueci de contar sobre a minha incrível vida. Me chamo Amy - nada bom porque eu sempre era a primeira a ser chamada para entregar os trabalhos da classe - tenho 17 anos, e ultimamente, a única coisa de importante que estou fazendo é ficar deitada enquanto stalkeio os garotos lindos da minha cidade pelas redes sociais. Minha mãe, impaciente como sempre, não gosta muito de expressar os seus sentimentos - acho que isso puxei a ela - mas às vezes da para aguentar as suas crises existências.

- Eu não deixei nada jogado no chão! - grito, enquanto vou até a porta do quarto, fechando a mesma.

- Acho que você vai ficar sem celular por mais uma semana - meu irmão Jeremy fala, enquanto abre a porta novamente.

- Quantas vezes já falei para você não encher o meu saco? - falo. - Vai comer as garotas da faculdade, como sempre faz.

- Ei, ei. Eu só estava brincando, idiota.

- Quantas vezes eu também já falei que as suas piadas não são engraçadas?

- O importante é que as garotas gamam nas minhas piadinhas, e gamam ainda mais quando sussurro nos ouvidos delas.

- Cara, tu é nojento. Sai daqui.

Bato a porta na cara dele e vou até a minha cama.
Jeremy tinha 19 anos e já estava no segundo ano da faculdade de medicina. Ele já é chato, imagina sendo médico. Do jeito que ele é, é capas de ficar sentado sem fazer nada, apenas olhando para o paciente enquanto o mesmo morre.

- Amy, daqui a pouco vamos sair. Se arrume logo. Iremos a festa de 37 anos da sua tia, Marrine - ouço a minha mãe gritando lá do andar de baixo.

Era sábado à noite e eu não tinha mais nada de interessante para fazer, o que me restava era essa festa para pelo menos passar o tempo.
Como costume, coloquei um vestido qualquer - não estava esperando nada demais vindo daquela festa, muito menos um garoto bonito - da cor preta, que combinava um pouco com o meu cabelo. Coloquei um tênis do adidas e passei um pouco de maquiagem.

- Quem diria, a garotinha depressiva e triste não vai ficar em casa abraçada com o seu ursinho de pelúcia hoje - Jeremy fala, entrando no quarto silenciosamente.

- Por que você não cuida da sua vida?

- Porque prefiro cuidar da dos outros.

- Você precisa urgentemente de uma menina pra comer, porque ninguém merece. Essa sua carência já está afetando o seu cérebro - falo, arrumando meu cabelo enquanto me olho no espelho.

- E quem disse que eu quero uma menina pra comer?

- Jeremy, olha pra mim e vê se eu tenho cara de idiota.

Ele me olha por alguns segundos. - Pra ser sincero, tem sim.

- Vai se foder.

Volto a me arrumar e vejo ele saindo do meu quarto. Passei um perfume e logo desci para baixo.

- Por favor, me diga que essa festa não vai demorar para acabar - falo.

- Na verdade, vai sim - ouço a minha mãe falando. - E vai acabar bem tarde.

- Será que da tempo de se matar?

- Não cansou de fazer draminha ainda, Amy? - Jeremy fala, rindo.

- Se eu arrumasse uma menina pra você em menos de uma semana, você pararia de me encher o saco?

- Já disse que não preciso de menina nenhuma, mas já que insiste, aceito.