Capítulo Oito - Destino

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DaHyun revirou seus olhinhos castanhos, empurrou levemente o garoto, e desviou sua atenção para uma grande porta de ferro, que separava um cômodo do outro. Aquele era a única sala que estava alguns policiais, e um deles, era SoonYoung, pai de Sana. Foi a primeira de muitas vezes que elas se cruzariam dali para frente. Porém, o acontecimento que marcou a presença de uma na vida da outra, naquele mesmo dia, na exata noite, não seria nada bom. DaHyun não sabia que Minatozaki estava a algumas esquinas dali, conversando com seu melhor amigo, Do KyungSoo. KyungSoo também era uma ótima pessoa, apesar de ser meio sério de mais as vezes. Mas Sana adorava ele. Um precisava do outro, e não hesitavam em contar com a ajuda entre eles.

Tofu caminhou até a porta, e, alguns minutos antes de encarar a grande fechadura em sua frente, ela suspirou, virou seu corpo para trás, olhando para todos que estavam ali. Foi bem clara quando sussurrou que não queria nenhum inocente ferido. Não faria guerra sem precisão. Todos concordaram, mas Hea-Gi resmungou baixo. Ela faria de tudo para atrapalhar o plano de DaHyun, e isso era algo óbvio na mente da TzuYu. NaYeon deu o sinal, e SiWon destrancou a fechadura de um jeito nada chamativo; ele tinha essa grande qualidade para assaltos. Empurrou a porta, e olhou para os lados avistando dois seguranças do banco, caminhando com suas armas ao alcance de seus braços, com uma lanterna ligada, ao topo da mira da arma. Hea se aproximou da outra porta de ferro, porém, essa, era ainda maior, e parecia mais difícil de se destrancar.

TzuYu percebeu que um deles virou seu corpo para o lado, assim que JungYeon deixou uma de suas facas de arremesso cair, fazendo um pequeno barulho, que se ecoou pelo corredor. Nesse exato momento, um segurança se virou e começou a andar, juntamente com SoonYoung de volta para a sala. DaHyun sentiu seu coração pulsar; um suór frio escorreu desde sua testa até a perfeita ponta arredondada em seu queixo. Prendeu sua respiração, enfiou uma mão em seu bolso, e retirou um pequeno pano, com uma substância que seria precisa para apagar os dois. Em um pequeno descuido, Tofu fez um barulhinho bem pequeno, mas chamativo o suficiente para dois seguranças que estavam centímetros de distância afastados, escutarem. Kim Chuul, amigo e companheiro de trabalho do SoonYoung se virou, e olhou para ela, já erguendo sua arma para atirar. Ela estava longe demais para outros membros sentirem sua falta. Chuul já iria atirar, quando abaixou a ponta da metralhadora do amigo. Fitou a garota, com um olhar surpreso

-Você é muito nova. O que faz aqui? Quer esmolas ou o quê?

Ele logicamente falou de um jeito sarcástico. DaHyun já estava pegando outra de suas facas, quando Young a surpreendeu, prendendo suas mãozinhas com uma dele. Prendeu a garota na parede também, e juntou suas sobrancelhas, fazendo um traço bravo em seu rosto

-Olhe pra você! Tem quantos anos? Ainda tem muito tempo para viver...não faça isso com sua vida!

Nesse momento, Chuul revirou seus olhos, e se aproximou dos dois

-Pare de se intrometer. Ela mataria você sem dó alguma! Faça o mesmo, Young!

SoonYoung puxou a mais nova com certa força, para demonstrar o que o amigo queria ver. Em seguida, ele puxou também seu revólver. Colocou ao lado da cabeça da pequena ruiva, que ficou paralisada, já que o homem havia feito aquilo com ela. De alguma forma, ele viu nos olhos dela, sua filha; sentiu certa pena daquilo tudo, e não queria fazer mal. Ele percebeu que havia esperanças nela. Então, tomou uma decisão rápida: deixaria a garota fugir, com mais quem seja, mas ela não poderia voltar ali. Tofu logicamente aceitou, afirmando com a cabeça, e prometeu que não iria voltar. Ela já respirava de um jeito ofegante, quando ouviu uma voz preocupada ao seu lado direito, um pouco longe. “Dubu!”. Isso foi a única coisa que Young ouviu, antes de ser baleado na cabeça. Seu corpo foi jogado diretamente ao chão. Aos poucos, seu sangue vazava pelo piso branco, até os pequenos pés da garota.

A ruiva ficou ainda mais paralisada. Ela não sabia como reagir, mas escutou alguns gritos, dizendo que ficaria tudo bem. As vozes, eram seguidas de barulho de tiros; eles mataram também, o outro guarda, amigo de Young. Quando todos alcançaram DaHyun, TzuYu a abraçou, mas a mais nova desfez em seguida. Sabia que Soon estava morto. Quer dizer, ela não sabia que ele se chamava assim, sabia apenas de seu apelido “Young” porquê ouviu do outro segurança. A mais nova olhou para todos eles com certo nojo

-Quem fez isso?? Quem foi???
-Vai ter piedade desses filhos da puta?! Eles quase te mataram, imbecil!

SiWon já aumentava o tom de voz, quando escutou barulho de algumas sirenes, não muito distantes. Ele estremeceu. Mandou todos correrem, e falou com Mina pelo comunicador, para pegar as barras de ouro que estavam na sala com o cofre. Se encontrariam um pouco depois. DaHyun tentou ficar, apenas para negar que aquele desconhecido que apesar de tudo, a ajudou, não tinha morrido. Infelizmente, não era isso que aconteceu. A garota foi puxada pela NaYeon e pela JungYeon. Saíram do banco pela porta dos fundos, Mina, repassou a mochila com os ouros e jóias para DaHyun, que entrou no carro, apenas com SiWon e Hea-Gi. Aquilo foi seu segundo erro naquela noite. Acreditar em quem queria ve-la morta...e faria de tudo para isso acontecer

HISTORY - SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora