EPISÓDIO 3: Coragem ou Covardia? (Isaac)

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- Finalmente acabamos! - gritei ao perceber que o trabalho que tanto me estressou nas últimas semanas estava finalizado. Assim que converti o mesmo para PDF e abri o arquivo, bateu uma vontade de chorar de emoção. - Ai, eu nem acredito.

- Olha, você que imprima e entregue o trabalho. Porque se eu for fazer isso, serei capaz de pegar essa merd4 e tacar na cara daquela velha escrota. - Joana disse enquanto massageava suas têmporas. Ela estava mais acabada que eu. - Se não estivéssemos perto de terminar o período, eu trancava a matéria para não correr o risco de estrangular aquela mulher, mas como falta pouco, eu vou me controlar.

- Quem te vê assim, pensa até que você é agressiva. - levantei e fiquei atrás de sua cadeira, abraçando-a.

- Vá se f0der. - ela se desvencilhou de mim.

- Não faça isso comigo, Ladybug. Só quem tem garras para mostrar é o Cat Noir.

Joana se virou para trás e distribuiu uma série de tapas em mim enquanto eu ria. Ela detestava quando eu a chamava assim, mas que culpa eu tenho? Foi a mãe dela que lhe deu esse nome e foi ela que decidiu cortar o cabelo curto e fazer luzes azul marinho na época que o desenho começou a ficar popular. Era impossível evitar o apelido.

- Ah, eu preciso beber. - ela disse enquanto fechava seu notebook.

- No meio da semana?

- Quarta-feira é quase sexta. - ela se levantou e espreguiçou. - Me acompanha?

- Ah, não. Hoje eu não posso.

- Por que não? - abriu um sorriso maldoso. - Você e o seu mozão já têm compromissos?

- Bem, vai fazer seis meses desde que começamos a namorar. - disse com um sorriso gigante no rosto.

- Sério? Quando?

- Sábado. Mas como os outros vão dormir fora hoje por causa de um show, teremos o apartamento todo só para nós. E você sabe, meu amor, como essas oportunidades são raras, né?

- Ah, e como sei. Na verdade, eu ainda não entendo como você suporta viver naquela república cheia de cabras macho. Eles saíram do tempo das cavernas para serem tão atrasados assim? - começou a recolher os copos em cima da mesa. - Não é de hoje que eu digo que você precisa sair de lá e vir viver comigo.

- É o que eu mais quero, mas eu sei como esse apartamento é caro e eu não vou viver de graça aqui. - olhei em volta no apartamento espaçoso. Joana tinha sorte em ter pais que podem bancar um lugar para ela viver sozinha, sem precisar compartilhar seu espaço no varal para pendurar suas calcinhas com ninguém. Enquanto isso, eu tenho que viver dentro do armário na única república que poderia pagar o quarto por ganhar um desconto graças ao meu bem. - Espere eu conseguir um bom estágio que eu pego meus panos de bunda e venho para cá. Aí sim eu vou te levar para um mau caminho.

- Adoro. - ela disse separando as sílabas.

- Vou nessa porque eu preciso ainda comprar o meupresente e me arrumar porque hoje promete. - abracei-a. - Bye, bye, Ladybug. - e saí enquanto a mesma tacava algum objeto naminha direção.

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A REPÚBLICA DOS REJEITADOS - O Clichê Elevado Ao NormalOnde histórias criam vida. Descubra agora