Something That We're Not

Chapter Thirty Five

           

OLHA QUEM VOLTOU, EU MESMO

Parece que vocês só comentam quando a treta tá solta, então a pedido de vocês, que venham novas tretas. Depois não reclama que eu tô sendo muito mal, hein? Ahsaisajsapis brinks... ou não *carinha de diabo safado*

Boa leitura <3

***

Acordo ainda meio zonzo, piscando algumas vezes pra me acostumar com a claridade. Céus, desde quando meu quarto tinha ficado tão claro? Eu precisava seriamente colocar cortinas mais pesadas. Me viro pro outro lado da cama e franzo a testa. As paredes do meu quarto não são brancas. E minha cama não é redonda.

Me sento na cama e olho pro lado, vendo Louis dormindo tranquilamente e então eu lembro de tudo. A briga, o programa, o meu pedido. E ele dizendo sim. Sorrio, tirando uma mecha de seu cabelo que cobria seus olhos. Quem olha assim, não sabe o quão agressivo esse baixinho é.

Me espreguiço, esticando minhas costas e pego minhas roupas no chão. No chão do quarto do meu namorado. Isso ainda é muito novo pra mim, era um sentimento diferente. Sinto minha barriga roncar enquanto me visto e vou direto pra cozinha, procurar alguma coisa. Ainda bem que eu estou aqui, porque no meu apartamento não tem nada. Eu realmente preciso fazer compras.

Vou me aproximando da cozinha e sinto cheiro de bacon, ovos e café. Arregalo os olhos, me escondendo atrás da parede. Tinha mais alguém na casa. Ontem a noite só tinha Louis e eu e a menos que ele seja o flash e tenha passado por mim nesses dois minutos e esteja cozinhando agora, existe outro alguém nessa casa. Merda, eu nunca fui bom em proteger ninguém. E por que raios alguém iria invadir a casa pra fazer café da manhã?

Meu coração acelera a medida que eu me aproximo da cozinha, em passos lentos. Olho para os lados e vejo um sapato de Louis jogado no corredor. Me abaixo e pego, voltando pra minha posição original e me preparo pra atacar quem quer que seja. Eu não ia deixar ninguém invadir, roubar comida e sair ileso. Ninguém mexe com a comida nessa casa.

Chego bem perto, dou um longo suspiro e estou pronto pra ação.

- Parado aí! – Grito, segurando o sapato com força e pronto para atacar em... Uma senhora.

Franzo a testa ao ver ela me encarar, com a expressão assustada. Ela devia ter uns cinquenta anos, era baixinha e gordinha e parecia que ia ter um infarto a qualquer momento.

- Dios mio! – Ela berra, pegando uma frigideira. Okay, a arma dela parecia ser melhor que a minha – Que es eso? Señor Louisio! Señor Lousio!

- Quem é você? – Me aproximo e ela se esquiva, estendendo a frigideira em minha direção – Como você entrou aqui?

- Ladrón, ladrón – Ela continua berrando e vem pra cima, batendo com a frigideira na minha cabeça.

- Ai... Para com isso, sua louca – Começo a correr pela casa e ela vem atrás de mim, batendo com a frigideira nas minhas costas.

Coisas pra colocar no currículo de coisas incríveis que aconteciam comigo: ser atacado com uma frigideira por uma senhora espanhola. Subo em cima do sofá e fico pulando, enquanto ela tenta acertar com a frigideira nas minhas pernas.

- Usted es un hijo de puta!

- Meu deus, que gritaria é essa? – Louis aparece na sala, com o lençol amarrado na cintura e os cabelos bagunçados – Glória? O que você está fazendo aqui essa hora da manhã?

- Señor Lousio, hombre malvador, ladrón – Ela começa a falar várias coisas em espanhol, apontando pra mim.

- Glória... Glória, me escuta, esse é o Harry. Ele não é ladrão, ele é meu namorado – Ele fala normalmente e depois suas bochechas ficam vermelhas – Ele é do bem, tá?