Chapter Eight

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Depois de várias tentativas frustradas de acordar Louis, decido carregar ele no colo mesmo. Tiro meu casaco e coloco no rosto dele, pra não o molhar muito. Entro no saguão e o porteiro franze a testa.

- Mudando um pouco os ares, sr. Styles? – Ele pergunta com o sotaque polonês bem acentuado.

- Muito engraçado, James. Aproveita que você está de bom humor hoje e chama o elevador pra mim.

Ele vai rapidamente na minha frente e aperta o botão. O elevador chega em poucos segundos e logo entro, ainda carregando Louis no colo, que parecia em estado de coma profundo. Espero que ele tenha uma boa ressaca quando acordar. Olho no painel de botões e aperto o correspondente ao meu andar, a porta se fechando logo em seguida.

Encaro o pequeno relógio dentro do elevador, que marcava quase duas da manhã. Eu dormiria no máximo umas 3 horas e logo teria que estar de pé pra fazer a tal sessão pra Vogue. Eles teriam que arrumar um jeito de cobrir minhas olheiras.

Depois de tanta evolução mundial, ainda me pergunto porque as músicas de elevador precisam ser tão chatas? Deus, meu tímpanos vão eclodir! Começo a balançar a perna impacientemente enquanto Louis parece ficar cada vez mais pesado.

- Para de se mexer – Ele fala resmungando e permanece de olhos fechados.

- Que bom que você acordou, não aguento mais te carregar – Faço menção de soltar ele, que se agarra no meu pescoço.

- Eu estava acordado o tempo todo, só não queria andar – Louis responde meio embolado e a porta do elevador abre.

Estava cansado demais pra discutir sobre a petulância dele. Caminho com Louis pendurado no meu pescoço como se fosse um coala e abro a porta com dificuldade, andando até minha cama e o largando lá de qualquer jeito.

- Ai minhas costas, seu bruto.

- Desculpe madame, da próxima vez eu te jogo de uma forma mais delicada – Bufo e vou até cozinha beber água.

Se ele não tivesse parcialmente inconsciente, eu juro que ele não estaria mais respirando. Pego a garrafa e bebo no gargalo mesmo, limpando minha boca com as costas da mão. Tiro a camisa e jogo em qualquer canto, junto com a calça, ficando só de boxer. Meu natural seria pelado, mas eu tinha visita hoje. Então eu precisava me controlar.

Volto pro quarto e vejo Louis deitado do mesmo jeito que eu o deixei, parecendo uma pedra.

- Anão – O cutuco forte – Ei, acorda. Essa cama é minha.

- aduhadhaoudh – Ele responde com a cara no travesseiro e eu reviro os olhos.

- Eu não entendi nada.

- Argh – Ele bufa e se vira – Me deixa dormir – E volta a enfiar a cara no travesseiro.

Respiro fundo, me lembrando de todos os exercícios possíveis pra manter a calma. Engraçado como o yoga não funciona quando a gente precisa. Saio arrastando o pé e me jogo na poltrona perto da cama. A cama era enorme, daria pra dois lutadores de sumô deitarem nela e terem um espaço de sobra. Mas nunca que eu dividiria a cama com um homem, muito menos se esse homem fosse o Tomlinson.

Tento achar uma posição confortável, o que era meio impossível, tendo em vista meu tamanho. Desisto de tentar ficar confortável e apenas fecho os olhos, deixando o sono me levar.

Abro a porta de casa e encaro a sala vazia e em silêncio. Suspiro aliviado, agradecendo a Deus por aquele encosto ter ido embora. Admito que esperava um bilhete de obrigado por eu ter salvo a vida dele. Famosos bêbados são o prato favorito dos paparazzi. Mas só de saber que teria minha cama de volta, eu estava satisfeito.

Something That We're NotOnde histórias criam vida. Descubra agora