Chapter Thirty Eight

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Louis part, 30 minutos atrás.

- De qualquer maneira, preciso pegar a carteira, eu volto em 10 minutos - Harry me dá um selinho, correndo na frente - Eu volto logo, vai dar tudo certo.

- Espera! - Grito, frustrado, sabendo que ele não ia parar - Desgraçado, vou raspar essa sua cabeça na primeira oportunidade.

Bufo, encarando Eddie no carrinho. Seus olhinhos verdes me encaravam de forma divertida e eu sorrio involuntariamente. Okay, isso não deve ser tão difícil. Se até o Ashton pode fazer isso, é claro que...

Um carro passa do nosso lado, buzinando absurdamente alto. Quase caio pra trás com o susto e vou verificar Eddie, que já berrava como se não houvesse amanhã.

- Caralho, fodeu! O que que eu faço? - Começo a andar de um lado pro outro enquanto ele continuava chorando - Ei, olha pra mim, eu sei dançar!

Improviso uns movimentos estranhos lá que só me fizeram parecer mais idiota do que eu realmente já sou. "Se ele chorar, é só pegar ele no colo" é o que eles dizem. Claro, como se fosse fácil lidar com a pressão de ter um bebê de um mês no seu colo.

- Ei neném, não precisa chorar - Tento soar amigável, mas ele ainda chorava.

Algumas pessoas paravam e ficavam olhando. Ótimo, isso é perfeito. O que eu mais quero é chamar atenção, obrigado Eddie.

- Eu acho que você devia pegar ele no colo - Me viro pra procurar o dono da voz e tomo um susto. De novo.

- Jesus, você tá doido de aparecer assim igual assombração? Valha-me Cristo, toma decência - Respiro com dificuldade.

- Desculpa, às vezes eu esqueço que eu trabalho como um palhaço - Ele dá de ombros - Você devia pegar ele.

- Jura? Nem tinha passado pela minha cabeça - Respondo agressivo e respiro fundo - Desculpa, eu só... Não tenho jeito pra isso.

- Deixa comigo.

E então ele se abaixa até o carrinho e pega Eddie no colo, que já estava vermelho de tanto gritar. Queria saber como uma pessoa tão nanica conseguia ter essa potência vocal.

- Isso, calma, calminho - Ele começa a balançar Eddie no colo, conversando com ele.

E por incrível que pareça, ele ficou quieto na hora. Suspiro, frustrado. Eu seria um péssimo pai.

- Você é um péssimo pai.

- Ei - Dou um empurrão no palhaço de leve - Ele não é meu filho, tá? Eu só estou cuidando dele.

- Então você é uma péssima babá - Ele dá de ombros e depois fica sério - Merda, eu acho que sujei seu bebê.

Olho pra Eddie, que estava com manchas brancas no braço e no na roupinha. Essa não, o Harry vai me matar. Primeiro eu deixo um estranho pegar o sobrinho dele e agora eu tinha sujado o menino.

- Aonde tem um banheiro? Eu preciso lavar ele.

- Não vai sair tão fácil. Essa maquiagem é feita pra durar durante o dia todo, sabe como é, essas roupas são quentes, a gente sua...

- Tá, tanto faz - Interrompo ele, nervoso - Eu preciso arranjar uma roupa nova de bebê.

Começo a procurar em todos os cantos uma loja com roupas pra criança, mas tudo o que tinha em volta eram lojas inúteis e um streapclub. Reconfortante.

Estava pronto pra desistir e ligar pra Harry, quando tenho uma ideia brilhante.

- Fica com ele aí - Saio correndo, mas volto - Quer saber, vem comigo. Não vou deixar você roubar esse bebê de mim.

Something That We're NotOnde histórias criam vida. Descubra agora