Quebra-cabeça

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Regina encontrou documentos da Genese’s que revelam que Henry era um acionista da empresa. Aquilo foi um choque, ele jamais havia dito sobre ter feito algum investimento do tipo. Ela não podia acreditar que o pai dela fazia parte daquilo. Precisava saber mais, por que Henry aceitaria fazer parte de um negócio tão sujo? Ele estava ciente do que ocorria naquele lugar?
Regina levou aqueles documentos para casa e decidiu esconder aqueles detalhes enquanto não soubesse toda a verdade. Emma estava aguardando-a do lado de fora da casa com  uma caixa de chocolates e um cartão.
- Emma Swan... – disse Regina.
- Regina Mills. – disse Emma entregando os presentes.
- Você acha que pode me comprar com chocolates? – perguntou Regina.
- Não, mas eu quero saber se me perdoou? – perguntou Emma.
- Hum... entre! – disse Regina.
Emma a acompanhou.
- Eu sei que você acabou de perder o seu pai, eu a amo e quero ficar ao seu lado neste e em todos os momentos. – disse Emma.
- Sim, ainda estou em choque. Belas palavras, Emma Swan. – disse Regina.
- Belas palavras, mas eu tenho o seu perdão? – perguntou Emma.
- Emma, qualquer pessoa que visse uma cena como a que viu,  ficaria com ciúmes, eu ficaria com ciúmes em seu lugar. Mas você deveria ter me ouvido. Também lhe devo pedido de perdão por ter permitido que Gretchen me trouxesse até nossa casa, sabendo que ela possui certo interesse em mim. – disse Regina.
- Eu só estava sendo idiota.... eu confio em você! – disse Emma.
- Não sei se devo... – disse Regina com semblante sério.
- O que tenho que fazer para me perdoar? – perguntou Emma.
- Venha! – disse Regina abraçando Emma.
- Isso significa que me perdoa? – perguntou Emma.
- Sim. – disse Regina desfazendo o abraço e olhando nos olhos de Emma.
Emma acariciou o rosto de Regina.
- Ainda quer se casar comigo? – perguntou Emma.
- Claro que sim, amor! – disse Regina.
Emma beijou Regina.
- Você é muito idiota. – disse Regina carinhosamente.
- Sou idiota mas você me ama. – disse Emma.
- Convencida! – disse Regina.
Emma sorriu.
- Estou com a cabeça a mil... – disse Regina.
- Eu entendo, precisa descansar. – disse Emma.
- Eu encontrei algumas coisas no escritório do meu pai e não sei o que pensar. – disse Regina.
- O que encontrou? – perguntou Emma.
- Uns documentos suspeitos, não quero que ninguém saiba ainda. – disse Regina.
- Acha que tem a ver com a morte dele? – perguntou Emma.
- Provavelmente sim. – disse Regina.
- Venha, tome um banho, você comeu algo? – perguntou Emma.
- Não, estou sem fome. – disse Regina.
- Tome um banho para relaxar, vou guardar as minhas coisas. – disse Emma.
- Tá bom. – disse Regina.
Emma preparou algo para Regina comer, enquanto ela estava no banho. Regina não tirava Henry da cabeça, demorou bastante tempo embaixo do chuveiro tentando encaixar as peças, mas não conseguia entender como que o pai dela poderia ser acionista da Genese’s.
- Nossa, que cheiro é esse? – Perguntou Regina.
- Estou fazendo escondidinho de carne. – disse Emma.
- O cheiro está ótimo, até abriu o meu apetite. – disse Regina.
- Está pronto! – disse Emma.
- Está me surpreendendo, senhorita Swan. – disse Regina.
- Com o quê? – perguntou Emma.
- Você cozinhando. – disse Regina.
- Me deu vontade de cozinhar e  animar o seu apetite. – disse Emma.
- Conseguiu. – disse Regina.
Emma serviu os pratos.
- Você não ia arrumar suas coisas? – perguntou Regina.
- Sim, mas preferi preparar algo para comermos. – disse Emma.
- Depois te ajudo a organizar tudo. – disse Regina.
- Guardarei o chocolates para você. – disse Emma.
- Cadê o cartão? Ainda não li. – disse Regina.
- Deixa que eu leio. – disse Emma.
Abriu o envelope e sentou-se ao lado de Regina.
“As pessoas acham que o amor verdadeiro não existe, porque elas passaram a não acreditar nele, por isso ele foi desaparecendo, ele é como uma pedra preciosa, é raro você encontrar, mas não quer dizer que não exista.”
John Lennon
- Escolhi esse pensamento porque tenho certeza que encontrei alguém pelo qual vale a lena lutar. Você! – disse Emma.
- Emma, sinto o mesmo por você. Não vale a pena ficarmos brigadas por algo que nem sequer existiu. – disse Regina.
- Eu te amo! – disse Emma.
No dia seguinte Regina estava disposta a brigar com Gretchen, tirar a limpo a história toda, não poderia deixar barato o que ela havia feito. A chamou em sua sala.
- Te chamei aqui para dizer que a partir de hoje a nossa relação é apenas  trabalho. Agradeço pelos bons momentos na prisão, mas depois do que você foi capaz de fazer eu não poderei tratá-la da mesma forma. – disse Regina.
- Eu apenas quis ajudar. – disse Gretchen.
- Me fazendo parecer que traí Emma? Isso não me ajudou em nada. – disse Regina.
- Ela que interpretou mal, apenas a deixei dormindo e fiquei um pouco ao seu lado. – disso Gretchen.
- Você não me engana mais. – disse Regina.
- Eu não quis magoá-la, aliás sempre quis o melhor para você, se você prefere acreditar na sua namorada eu até entendo... – disse Gretchen.
- Pode retirar-se! – disse Regina.
Abriu o envelope de Henry novamente. Lá estava a documentação das ações e havia algo que Regina não percebeu antes. Um aviso.
“A luz gerada pelo seu trabalho lhe dará conhecimento”
- O que você quer dizer, pai? – perguntou Regina em voz alta.
Olhou em volta e fixou o olhar no candelabro central, o ascendeu mas a luz falhou. Mexeu no objeto e caiu um papel. Era uma carta de Henry.

“Regina, fiz alguns acordos comerciais sigilosos pensando no bem da humanidade, ou pelo menos foi o que achei, mas as coisas não tomaram o rumo que eu esperava, eu não estava ciente do que realmente ocorria naquele lugar. Descobri muitos podres, paguei um detetive para investigar sobre os lucros que estavam baixos, descobri que o dinheiro estava sendo desviado para outras coisas, descobri que estavam fazendo pesquisas indevidas e alguém soube da minha desconfiança. Sei que quando estiver lendo esta carta, eu provavelmente estarei morto. Eles são muito poderosos, tem gente importante do lado deles, tome cuidado. Não tente descobrir quem me matou, são pessoas que estão acima da lei, tem o poder de silenciar e tapar qualquer buraco sem serem vistos ou pelo menos eles conseguem fazer-se invisíveis. Nunca contei a ninguém sobre este investimento. Me contaram que era para melhorar a vida humana, mas o propósito deles é podre, nojento, nunca deveria ter me envolvido com tamanha baixaria, mas quando soube era tarde demais.

Nunca se esqueça de que :

"  Il n’y a de réussite qu’à partir de la vérité. "

"Só há êxito a partir da verdade."
Henry Mills.
Regina sabia que Henry foi assassinado por alguém da Genese’s, quando pediu para não investigar a morte dele, quis algo maior, que ela derrubasse a empresa, deixou claro que não são pessoas comuns, se estão acima da lei, isso significa que trata-se de um golpe.
- Essa frase em francês é um código. – disse Regina para si mesma.
Killian bateu na porta de Regina.
- Entre.
- Quero dizer que estou decidido a fazer o implante da mão. – disse Killian.
- Tem certeza de que quer correr esse risco? – perguntou Regina.
- Pior não pode ficar. – disse Killian.
- E se eles acharem que você é agente federal? – perguntou Regina.
- Vou submeter-me ao procedimento e talvez possamos estudar melhor o caso. – disse Killian.
- Não se esqueça de que o risco é seu. – disse Regina.
- Estou ciente  - disse Killian.
- Boa sorte! – disse Regina.
- Obrigado. – disse Killian.
Gretchen não parava de marcar Emma com o olhar. Queria vingar-se por Regina ter brigado com ela por culpa de Emma. A loira fingia que a presença de Gretchen não existia naquele ambiente.
Kristin derramou café na calça de Gretchen sem querer.
- Aí! – exclamou Gretchen.
- Oh meu Deus, desculpe, sou uma desastrada. – disse Kristin.
- Argh! Agora vou feder café... – disse Gretchen levantando-se.
- Não se preocupe, vou limpar pra você. – disse Kristin.
- Deixa que eu limpo. – disse Gretchen.
- Não, eu insisto. – disse Kristin pegando um plano para limpar Gretchen.
Derramou bastante café em sua coxa, Kristin abaixou-se para limpar.
- O que está fazendo? – perguntou August deparando-se com cena.
- Limpando o café que ela derramou em mim. – disse Gretchen.
- Oh! Isso parece tão pornô! – disse August.
- Parece mesmo. – disse Killian.
- O que acha de tomarmos um drink está noite? – perguntou Kristin sussurrando.
- O quê? – perguntou Gretchen.
- Nós duas hoje  a noite... – disse Kristin.
- Hum, pode  ser... – disse Gretchen.
- Ótimo. – disse Kristin.
Emma observava aquela cena toda e comemorava que Gretchen estava saindo de seu caminho.
Regina estava repetindo a frase francesa que Henry havia deixado e não conseguia lembrar-se de nada.
- Alguma coisa ele quer me dizer... – disse Regina em voz alta.
Pesquisou aquela frase no google e apareceram viárias imagens do autor da frase, mas nada fazia sentido. Lembrou-se que Henry tinha costume de colecionar pequenos itens em casa. Talvez ela tenha algum objeto que revelaria algo a ela.
- Mamãe? – falou Regina ao telefone.
- Sim, o que houve? – perguntou Cora.
- Meu pai tinha algum objeto francês pela casa? – perguntou Regina.
- Deixa eu ver. – disse Cora.
- Ok. – disse Regina.
- Tem uma mini torre Eiffel no balcão da adega. – disse Cora.
- Eu vou ver. – disse Regina.
- O que está acontecendo? – perguntou Cora.
- Depois te explico. – disse Regina desligando o telefone.
Kristin esperou por Gretchen no local combinado. Sentaram-se uma do lado da outra. Gretchen foi extremamente provocante, todos a olhavam.
- Uau! Está maravilhosa. – disse Kristin.
- Eu sei... – disse Gretchen sorrindo.
- O que quer beber? – perguntou Kristin.
- Um Martini. – disse Gretchen.
- O que desejar. – disse Kristin.
Fizeram os pedidos e logo começaram a beber.
- Quero que saiba que não busco relacionamento sério. – disse Gretchen.
- Não me importo. – disse Kristin.
- O que quer de mim? – perguntou Gretchen.
-  Posso mostrar. – disse Kristin.
- Mas essas posição de lado fica difícil de conversamos. – disse Gretchen.
- Mas facilita outra coisa. – disse Kristin.
- O quê? – perguntou Gretchen.
Kristin colocou as mãos em cima da coxa de Gretchen e deslizou por toda região.
- Bem direta você. – disse Gretchen.
- Não perco oportunidades. – disse Kristin colocando a mão por baixo do vestido de Gretchen.
- Acho que você veio preparada também. – disse Kristin sentindo que Gretchen estava sem calcinha.
- Sempre estou preparada. – disse Gretchen.
Kristin sentiu a umidade de Gretchen e massageou seu clitóris.
- A luz está baixa, ninguém vai nos ver. – disse Kristin.
- Eu fico mais excitada com plateia. – disse Gretchen gemendo baixo, a música do ambiente abafava o som.
Kristin masturbava Gretchen por baixo da mesa, mas ela não fazia questão de controlar caras e bocas. Teve um orgasmo e Kristin a levou para o banheiro.
Não se importaram com as outras pessoas que estavam no banheiro e se atracaram ali mesmo. Entraram no box e Kristin sentou Gretchen na tampa do sanitário, massageou seu clitóris com a língua e a chupou. Gretchen arqueava o corpo e puxava a cabeça de Kristin contra si.
Gretchen foi convidada para casa de Kristin, lá amanheceu o dia.
Killian preparou-se para cirurgia. Achou que seria operado pelo mesmo médico que conversou com ele,  mas foi uma mulher. A médica entrou já preparada, touca e máscara, só era possível ver os seus olhos.
- Seus olhos são familiares. – disse Killian.
- Nós nunca nos vimos. – disse a doutora.
- Devo estar enganado. – disse Killian.
- Anestesia. – pediu a doutora.
A anestesia foi inalatória, Killian logo dormiu. Retiraram a prótese de plástico e iniciaram o procedimento. A mão mecânica foi ligada a cada Terminação nervosa do braço de Killian. O chip foi implantado em sua nuca. A cirurgia demorou algumas horas. Killian acordou lentamente movimentando a mão mecânica. Estava só o metal, mas movia-se perfeitamente.
Killian gargalhava por poder ter uma mão nova.
- Logo traremos a pele para colocar por cima. – disse a doutora.
- Obrigado! Seus  olhos serão inesquecíveis. – disse Killian.
- Me agradeça quando tudo estiver pronto. – disse a doutora.
- Claro. – disse Killian.
- Veja se esse é o seu tom de pele. – perguntou a doutora mostrando o órgão.
- Esse mesmo.- disse Killian.
A doutorada iniciou o implante de pele, aplicou uma anestesia local. Parecia que estava esculpindo a mão.
Killian pôde ver todo o processo.
- Agora as unhas. – disse a doutora.
Fez o implante da unha no dedo mindinho.
- Se parecem com as suas? – perguntou a doutora.
- Muito. – disse Killian.
As outras foram finalizadas e houveram alguns pontos para ligar uma pele na outra.
- Acho que não precisarei cortar essas unhas. – disse Killian.
A doutorada sorriu.
- Não mesmo. – respondeu.
- Volte para tirar os pontos, a cicatriz não ficará muito visível. – disse a doutora.
- Não me importo com cicatriz. Olha o que isso faz! – disse Killian movimentando os dedos.
- Não toque no chip. – disse a doutora.
- Ok. – respondeu Killian.
Regina foi até a casa de Cora procurar pela mensagem de Henry.
- Regina, me explique o que está acontecendo...  – pediu Cora.
- Estou investigando a morte do meu pai. – disse Regina.
- Foi a Ingrid! – disse Cora.
- Não foi a Ingrid! – disse Regina.
- Como pode ter tanta certeza? – perguntou Cora.
- Foi alguém, mas não foi a Ingrid. – disse Regina.
- Eu a acusei! – disse Cora.
- Acusou errado. – disse Regina observando a adega.
- Regina, eu acusei a Ingrid! Ela não vai querer mais conversar comigo, dessa vez eu  que a magoei. – disse Cora.
- Peça perdão. – disse Regina.
- Não sei se tenho coragem. – disse Cora.
- Enfrente o seu medo, o que não pode é cometer uma injustiça. – disse Regina.
Achou a torre. Lá estava a frase:
"  Il n’y a de réussite qu’à partir de la vérité. "
Havia um fundo falso e Regina encontrou um pequeno papel. Estava escrito um nome na frente.
“Susan Anthony.”
- Quem será essa Susan? – perguntou Regina em voz alta.
No verso havia um código.
“Ao lado do meu mandamento, esconde-se a fera. I.H.
Henry referia-se a um lugar. Mas como decifrar aquilo? O que Regina encontraria lá? Será essa Susan? O que tem seria I.H?





















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