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Era quase possível ver a tensão de Louis, seu peito subia e descia lentamente, ele olhava pra baixo pensativo segurando um pedaço de papel na frente do nariz.

— Está melhor? — era uma pergunta inútil.

— Não sei, é difícil pensar que isso realmente acontece.

— Entendo, eu também me sinto assim.

— Conhece ela? — ele me encarou.

— Sim, eu.... Nós conversamos um pouco. — engoli em seco, me odiando por ter me enrolado.

Louis ficou um tempo me encarando e logo, por me conhecer melhor do que ninguém, chegou a conclusão. — Está apaixonado por ela?

— O QUE? NÃO, da onde tirou isso?

—Esta apaixonado por ela!

— Louis, não.

— Está apaixonado pela sua vizinha casada com um homem abusivo que tem o dobro do seu tamanho?

— Não.... — olhei para para o meu melhor amigo — É, sim.

— Tudo bem, o que a gente vai fazer?

— Como assim?

— Bom, você está apaixonado e a sua donzela precisa de ajuda, como vamos ajudar?

— Não existe nada que a gente possa fazer, qualquer coisa pode piorar a situação dela. Você já fez besteira demais.

— Bom, eu só estava tentando ajudar.

— Eu sei, cara e obrigada por isso, mas é melhor a gente não ter nenhum contato com o Joey. Ela mesma me pediu isso.

— Já estão tão íntimos assim? — ele levantou as sobrancelhas sugestivamente.

— Sim, nós já conversamos algumas vezes.... — pensei em algo totalmente arriscado, mas que talvez pudesse deixar Perrie feliz. — Na verdade tem sim, uma coisa que você pode fazer, só me deixe falar com Perrie antes.



Na manhã seguinte, Perrie estava na frente da sua porta, ela percebeu que eu estava lá, mas não falou comigo e desceu sem olhar para trás.

— Ei, Pez. Tá tudo bem? — eu disse me apressando para ficar atrás dela.

— Tá sim, Zayn. — ela apressou o passo, segurando no corrimão com a mão que não estava enfaixada. — Só acho melhor a gente se afastar um pouco.

— O que? Por que? — eu não conseguia achar um bom motivo pra isso.

— Zayn, o que aconteceu ontem muda tudo. — ela parou e se virou pra mim, sussurrando. — Você não entende?

— Vem aqui. — peguei na mão dela, com cuidado para não ser bruto e a puxei para o quartinho do zelador.

Entrei e fechei a porta, me arrependi quando percebi que o espaço era menor do que eu pensava, nos fazendo ficar mais próximos possível.

Ela forçou o corpo para trás, se afastando de mim. Não​ disse nada, se encostou na única parede e fechou os olhos.
Não entendi o porque da reação dela e fiquei em silêncio também. Percebi tarde demais que ela estava tremendo.

— Pez, o que foi? Tá tudo bem.

Ela não abriu os olhos. — Me diz você, tá tudo bem?

Eu sou um bosta.

— Aí, me desculpe Pez, não queria ser bruto, sinto muito.

Ela soltou o ar com força.

— Meu Deus, Zayn. Não faça mais isso por favor.

— Sim, mas já disse pra você que eu sou diferente de Joey, não vou te machucar.

Ela olhou pra mim, a luz entrava por uma pequena janela e pousava em seu rosto, fazendo seus olhos brilharem.

— Por que me trouxe aqui?

— Precisamos conversar. O que Joey fez no seu braço?

—Nada, não foi ele. — ela disse e eu a encarei deixando claro que não acreditava. — Ele queria levar a Michelle pra casa, mandou eu ir ficar no quarto mas eu disse que não e ele ficou tão, tão bravo. Ele puxou meu braço até às costas e me trancou no quarto, depois de umas quatro horas ele abriu a porta, implorei para ele me levar ao hospital, meu braço estava preto.

Algumas lágrimas correram pelo seu rosto, mas ela não se deu o trabalho de limpar, então fiz isso para ela.

— Pez, vamos embora, você pode ficar na casa da minha mãe, é longe. Joey não vai te achar.

— Zayn, não posso fugir. Eu não sei fazer nada, nem cheguei a terminar o ensino médio porque me casei com Joey. Não sei me virar sozinha.

— Eu posso te ajudar até você arrumar alguma coisa pra fazer.

— Não, não é justo com você.

— Tem que me deixar de ajudar, Pez.

— Você está me ajudando, está mesmo. Apesar de Joey estar bem mais violento agora, essa é a melhor época da minha vida, nunca fui nunca feliz.

— Eu tenho uma ideia, acha que Joey vai sair hoje?

— Sim, ouvi ele conversando com ela.

— Assim que ele sair, vá até minha casa, tenho uma surpresa pra você.

— Vai ter chocolate?

— Já que você quer, teremos cholate madame.

Ela pulou em mim, agarrando meu pescoço com a mão livre e eu a segurei pela cintura.

— Já falei o quanto te adoro? Principalmente por me dar chocolates.

Aquilo foi extremamente reconfortante, enviou uma sensação gostosa pelo meu corpo, eu poderia ficar ali pra sempre. Acho que Perrie também sentiu loja fechou os olhos e deitou a cabeça no meu peito.

Pela primeira vez, me senti completo, a única coisa que precisava era Perrie e enquanto ela estivesse do meu lado, eu tinha tudo.

Desculpa pela demora, culpem o bloqueio criativo. Att dupla?

Vivs.

Details ( Hiatus) Onde histórias criam vida. Descubra agora