Capítulo 20

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Depois de um tempo voltei a morar com o Felipe, já estava sentindo saudades do morro, da nossa cama, de tudo, me sentei no sofá ao lado do Felipe e encarei a TV em que passava Gigantes de Aço.

Felipe: vou lá fora.- se levantou.

Eu: fazer o que?- olhei para ele.

Felipe: fumar.

Eu: espera, você voltou a fumar? Desde quando?- perguntei irritada.

Felipe: desde que vocês foram embora eu comecei, fumar me traz calma, eu não sei se consigo parar.- admitiu.

Eu: fumar vai te trazer um câncer, sofrimento para mim e para sua família, é isso que o cigarro vai te trazer.- falei brava.

Felipe: ei, tudo bem.- se sentou do meu lado.

Eu: me dá o maço.

Felipe: han?- perguntou confuso.

Eu: me dá o maço de cigarro.- abri as mãos.

Felipe: tudo bem.- me entregou.- Manu, eu não fumei só cigarro... eu também fumei maconha.

Eu: o que?- olhei perplexa para ele.

Felipe: desculpa... eu só... não sabia o que fazer.- bagunçou o cabelo.

Eu: amor, eu estou aqui.- segurei sua mão.- você não precisa mais disso, você não precisa se destruir.

Felipe: tá bom, obrigado por está sempre ao meu lado, mesmo eu sendo um idiota.- lhe dei um selinho.

Eu: eu te amo acima de tudo, é isso que importa.

Felipe: eu senti tanta saudades de você, saudades de você iluminando essa casa, sem você a minha vida não tem sentindo, é como se eu não tivesse um propósito para viver.

...

Coloquei o fone no ouvido e fui pray cozinha, me deu uma vontade de fazer um bolo de chocolate e hoje a Cleide não está aqui, liguei o celular em Mercy, separei os ingredientes e fiquei cantarolando a música enquanto fazia a massa.

A próxima música da playlist foi Shape of you, batia a massa enquanto mexia a cabeça no ritmo da música, depois de pronta coloquei a massa no forno, a música já estava no final e eu me animei cantando mais alto e fazendo uma dancinha escrota, quando virei dei de cara com o Felipe no qual tinha um sorriso zombeteiro no rosto.

Felipe: belo show.- zombou.

Eu: a quanto tempo você está aí?

Felipe: tempo a bastante para ver você dançando que nem uma pata.

Eu: idiota.- ele me puxou pela cintura.

Felipe: o idiota que você ama.- aproximou seu rosto do meu.

Sua respiração se misturou com a minha, fechei os olhos e deixei que ele agisse, seus lábios foram tocando nos meus devagar, abro os lábios e deixei que sua língua me invadisse, passei os braços pela sua nuca e aprofundei o beijo.

Sam: vão para um motel por favor.- nos separamos bruscamente pelo susto.

Felipe: o que você está fazendo aqui?

Sam: aqui é uma cozinha e eu vim pegar uma maçã.- levantou a maçã no ar.

Eu: eu estou fazendo bolo, você vai querer?

Sam: acho que você estava fazendo mais do que bolo, tchau.- saiu tranquilamente.- ah.- voltou.- eu vou sair hoje com o Magrin, acho que vou dormir na casa dele.

Felipe: não vai não.- falou autoritário.

Sam: Felipe você já sabe que já transamos, do que você estátá querendo me proteger?

A Patricinha e o Dono do Morro- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora