Epílogo

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4 anos depois

Hoje é o aniversário de cinco anos da Isa, a minha pequena está tão esperta, vive aprontando na escola e por incrível que pareça bate até nos garotos.

Ela e o Rafa são inseparáveis, ele estuda um ano a frente dela mas sempre que pode está protegendo ela.

O Felipe é o pai mais coruja que eu já vi, morre de ciúmes da Isa e colocou o Rafa como guarda costas dela, tenho pena da minha pequena.

A alguns meses eu finalmente me formei e agora estou trabalhando em uma filial do meu pai aqui no Rio de Janeiro, a Cleide é minha assistente pessoal e faz muito bem seu trabalho.

O que dizer dos outros? Bem, a Geovana e o Bruno continuam juntos, claro que como todo casal tiveram seus altos e baixos. O Jack finalmente se casou com a Ágda, foi no ano passado, coitada da Ágda, agora vai ter que aguentar o Jack para sempre.

Meu relacionamento com meu pai mudou muito, agora ele vem pelo menos duas vezes por ano nos visitar, a Isa ama ele e ele e o Felipe se tornaram grandes amigos, eu até sou deixada de lado.

E o meu casamento? Não vou dizer que está as mil maravilhas porque isso é impossível, mas sempre que brigamos lembramos do nosso amor e acabamos em pegação, melhor forma de se reconciliar.

Felipe: um doce pelo seus pensamentos.- me tirou do meu transe.

Eu: só estava pensando em tudo o que aconteceu nos últimos anos.

Felipe: foram os momentos mais maravilhosos da minha vida.- apertou minha mão.- os ruins vieram para nos fortalecer e os bons para serem boas memórias.

Eu: te conheci menos gay.

Felipe: vamos lá no quarto que eu vou te mostrar quem é gay.- provocou. (CUIDADO FRÁGIL).

Isa: mamãe, eu posso ir assim para minha festa?- me virei para trás e arregalo os olhos.

A Isa vinha descendo as escadas com meus saltos, uma vestido florido meu e com a cara toda maquiada, um óculos escuro e um chapéu.

Eu: meu Deus do céu.- me levantei.- Isabela quantas vezes eu falei que não é para mexer nas minhas coisas?- perguntei severa.

Isa: desculpa mamãe.- falou triste.

Era difícil vê-la triste mas eu não poderia dar o braço a torcer, ela fez algo errado e tinha que saber disso, não poderia deixar meu coração amolecer apenas por essa carinha fofa.

Felipe: Isa tire as coisas da mamãe e vai lavar o rosto.- se aproximou dela.- meu amor você não precisa de toda essa maquiagem para ficar bonita.- tirou seu chapéu.- você já é linda do seu jeito.- tirou o óculos escuro da seu rosto.

Isa: eu só queria ficar parecendo com a mamãe.- falou tristonha.- desculpa mamãe, isso não voltará a acontecer.

Eu: filha é que você é muito nova para ficar usando minhas roupas e maquiagens.- me aproximei dela.

Isa: então eu quero ficar grande logo para poder usar e ficar parecida com a senhora.- tocou no meu rosto com suas mãozinhas.

Eu: e por que você quer ficar parecida comigo?

Isa: porque a senhora é bonita, inteligente, faz de tudo por mim e tem o papai ao seu lado, um dia eu quero ter um príncipe igual a senhora tem o papai.

O que responder depois disso? Não há o que falar, eu estava muito emocionada para isso, apenas sorri e lhe abracei o mais apertado que eu consegui.

...

O bom de tudo é que a Isa já era esperta, ela mesmo tomava seu banho e se vestia sozinha, só bastava deixar a roupa escolhida, como ultimamente ela tem tentado ficar parecida comigo, eu comprei algumas roupas quase iguais as minhas só que do tamanho dela, havia escolhido uma calça jeans com alguns rasgões sutis, uma blusa branca e uma jaqueta preta por cima, era assim que ela gostava de se vestir, quem era eu para interferir, coloquei um all star perto da sua cama e saí do quarto.

Fui até o meu e encontrei o Felipe se arrumando na frente do espelho, fui até o banheiro, tirei minhas roupas e entrei de baixo da água, tomei um banho rápido e me enxuguei saindo do quarto e não encontrando o Felipe lá, entrei no closet e vesti look na multimídia. Mas Manuela mesmo com a passar dos anos você não deixou de se vestir como uma adolescente? Não, por quê? Está incomodada?

Fiz uma maquiagem bem leve, não fiz nada no cabelo já que estava de touca, espirro um pouco de perfume e saio do closet.

...

A festa estava acontecendo no primeiro andar daqui de casa, tinha criança por todo lado, peguei um brigadeiro escondido e coloquei na boca.

Isa: mamãe.- veio correndo.- olha, temos jaquetas iguais.- falou admirada.

Eu: sim meu amor, mas ficou mais bonita em você.

Isa: o vovô me ligou, ele disse que não poderia vim mas que mandaria minha boneca que parece um bebê de verdade.- falou animada.

Eu: que legal meu amor.

Felipe: quem são essas duas gatinhas?- parou próximo de nós duas.

Eu: casada.- levantei minha mão esquerda.

Felipe: não sou ciumento.- passou o braço pela minha cintura.

Isa: eu vou chamar meu papai.- entrou na brincadeira.

Felipe: nossa, que garota bravinha, quer um abraço também?

Isa: você é tão bobo.- balançou a cabeça sorrindo.

Felipe: ei, eu não sou bobo.

Rafa: ISAAA.- gritou e veio correndo lhe abraçando.- eu trouxe para você.- lhe deu um embrulho.

Isa: obrigado Rafa.- sorriu.

Bruno: ele que escolheu.- se aproximou da gente.

Geo: e pagou.- chegou logo atrás.

Jack: cadê a minha macaquinha?- abriu os braços.

Isa: tio Jack.- correu para lhe abraçar.

Ágda: legal saber que eu sou a excluída.- fez drama.

Isa: não seja boba tia Ág.- lhe abraçou.- Rafa, vem, vamos brincar.

Saiu correndo e o Rafa foi atrás dela, esses dois são inseparáveis, a dupla do terror, praticamente uns trombadinhas.

Bruno: esses dois vão dar muito trabalho.

Eu: fato.- peguei outro brigadeiro.

Geo: ei, não pode pegar agora.

Eu: a casa é minha eu faço o que bem quiser.- peguei outro.

Bruno: e você Ágda? Quando vai sair um Jack Júnior?

Ágda: daqui a alguns anos, ainda sou muito nova.

Eu: desde quando? Tu já tem 26 anos na cara.

Ágda: ah, cala a boca.

Geo: eita, eu não deixava.

...

Eu: HORA DE CANTAR PARABÉNS.

Juntei todas as crianças atrás da mesa e puxei o Felipe comigo para ficarmos do lado da Isa. Cantamos parabéns e o sorriso da Isa era o que mais me encantava, Felipe apertou minha cintura e aproximou sua boca do meu pescoço.

Felipe: obrigado por ter me dado essa família, eu te amo pequena ladra.- sussurrou no meu ouvido.

Eu: eu te amo marginalzinho.- sussurro de volta.

O meu casamento não era perfeito e nunca será, nenhum casamento é, passamos por dificuldades, brigas, entre outras coisas, mas se for verdadeiramente amor nada poderá abalá-lo, o Felipe não é um príncipe em um cavalo branco, nem de longe, mas ele era o meu traficante, e eu o amava independente de qualquer outra coisa.

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Oi coalas, final real, vai ser tão difícil abandonar esses dois, o Jack, o Bruno, eles foram tão especiais para mim, eu gostei tanto desse livro que fiz essa segunda temporada.

Até o próximo capítulo, bjundas para vocês ;*

A Patricinha e o Dono do Morro- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora