Hoje o dia amanheceu mais alegre, é natal, todo aquele clima natalino entra pela minhas veias, hoje irei receber familiares e amigos, mas uma pessoa em especial virá. Meu pai.
Me levanto da cama e não encontro o Felipe no quarto, caminho com meu corpo desnudo até o banheiro e faço minha higiene matinal, me olho no espelho e abro um sorriso ao ver minha aparência, nada melhor do que uma boa noite de sexo.
Entro no box e ligo o registro do chuveiro, a água caí pelo meu corpo levando toda a "impureza" junto com ela, termino e me enxugo me enrolando na toalha. Fui até o closet e escolhi um vestido soltinho florido, penteio o cabelo e espirro um pouco de perfume em mim.
Saí do quarto e fui para o quarto da Isa, a mesma já estava com os olhos abertos, peguei ela no braço e fui até o banheiro do seu quarto, tirei sua fralda descartável e joguei no lixo, enchi a banheira e coloquei ela dentro.
Daqui a pouco ela fará um ano, estamos planejando uma festa, um ano é um ano né. Depois do banho tomado, coloquei ela no berço e coloquei uma fralda nela, uma calcinha amarela, um short jeans com duas flores pequenas em cada lado, coloquei uma blusa com uma boneca qualquer na frente e penteio seu cabelo para o lado.
Me sentei na poltrona do seu quarto e coloquei o seio para fora, sua boca sugou o meu mamilo levando o leite com ele, passei a mão pelo seus poucos cabelos e aproveitei aquele momento mãe e filha que estava tendo.
Depois de alimentar a Isa, desci com ela para cozinha, chegando lá encontrei apenas a Cleide fazendo as coisas para o almoço em família.
Cleide: bom dia Manu.
Eu: bom dia Cleide, como vai os pratos?
Cleide: acho que ficaram gostosos.
Eu: quero que coloque muita uvas passas nas coisas.
Cleide: mas tem gente que não gosta.
Eu: por isso mesmo, quero ver todo mundo reclamando e deixando as comidas só para mim.- me sentei na cadeira da mesa.
Cleide: quem ver magra assim nem imagina.
Eu: eu não sou tão magra assim.
Cleide: oh não.- falou irônica.
...
Deixei a Isa com o Felipe, estava indo para o aeroporto pegar meu pai, a quanto tempo não nos vemos? Muito.
O trânsito no Rio de Janeiro estava um caos, com o natal o fluxo de pessoas e carros aumentaram, várias pessoas vieram para casa de parentes ou apenas passaram as férias de fim de ano na cidade maravilhosa.
Finalmente consegui chegar no aeroporto, faltavam apenas cinco minutos para o meu pai chegar, esperei perto do portão de desembarque junto com outras várias pessoas, tentei ficar mais na frente já que sou menor e essas pessoas iriam me esconder.
Logo as pessoas começaram a sair pelo portão, várias pessoas abraçando uma as outras, se reencontrando ou se encontrando pela primeira vez. Um pessoa se destacou, um senhor de cabelo grisalhos, com toda sua pinta de galanteador e sua barba rala. Meu pai. Corri em sua direção e o mesmo abriu os braços para mim.
Pulei em seu pescoço e lhe abracei fortemente, seus braços rodearam minha cintura me rodopiando no ar, lágrimas desciam pelo meu rosto. Saudades. Arrependimento. Amor. Tudo misturado me fazendo sentir culpada por tê-lo afastado de mim.
Pai: meu Deus, como você cresceu.- me admirou.
Eu: as pessoas dizem que eu até fiquei menor.
Pai: você está muito bonita, a maternidade te fez bem.- elogiou.
Eu: o senhor também, eu pegava.- brinquei.
Pai: vamos? Estou ansioso para ver minha neta.
Eu: todos já devem está lá em casa.
Papai pegou suas malas, saímos do aeroporto e fomos até o lugar onde estacionei o carro, abri o porta malas e guardei suas malas dentro.
O caminho até em casa foi feito em silêncio, a não ser pela música que tocava no rádio, um sertanejo qualquer, abaixei o vidro e sorri para os meninos que ficam na entrada do morro, meu pai por outro lado ficou assustado ao ver as armas nas suas mãos, não lhe julgo, eu também fiquei assustada na primeira vez.
Eu: não se preocupe, eles só atiram nos inimigos.- lhe tranquilizei.
Pai: você nunca sentiu medo deles?
Eu: no começo sim, mas eles são legais, são todos humildes mas sempre alegres, são bons amigos, as vezes julgamos as pessoas pela aparência mas nos surpreendemos ao ver seu caráter.
Pai: fico feliz ao ver a mulher que se tornou, vivo rodeado de pessoas fúteis, que bom que você não é como elas.
Eu: que bom mesmo.
Estacionei o carro atrás do carro que suponho ser do Jack, todos estão andando de cima para baixo, sorrindo alegre e um pagode está tocando em alguma casa.
Pai: aqui é tudo tão animado.
Eu: por isso que eu amo morar aqui.
Saímos do carro e meu pai pegou suas malas, liguei o alarme e andamos até a entrada de casa, abri a porta e encontrei todos na sala. Felipe com a Isa no braço, Jack, Ágda, Geovana com o Rafa, Bruno, Cleide, Dona Ana, Sam e Magrin, toda minha família reunida.
Meu pai se aproximou cuidadosamente da Isa, seus olhos tinham um brilho especial, se podia notar que ele estava se segurando para não chorar, ele pegou ela com cuidado no braço, ela abriu um sorriso exibindo seus quatros dentes.
Pai: ela é linda.- falou admirado.- parece com você.
Eu: mas a personalidade é todinha do Felipe.
Felipe: vou levar suas malas lá para cima.- se ofereceu.
Pai: obrigado.- se sentou no sofá.
Geo: tio, não vai falar comigo?- fez drama.
Pai: oh Geovana me desculpe, fiquei tão encantado com a Isa que acabei esquecendo, você está bonita, quem é este rapaz?
Geo: é o Rafael, mas todo mundo chama de Rafa, meu filho.
Pai: ele não é muito pesado para estar nos seus braços?
Geo: estou acostumada.- deu de ombros.
Eu: deixa eu apresentar vocês, pai está é a Sam e o namorado dela que todo mundo chama de Magrin.- apontei para os dois.- essa é Cleide, nossa empregada e melhor amiga.- apontei para a mesma.- esse é Bruno marido da Geovana.- apontei para ele.- essa é a Ana tia do Felipe e mãe do Bruno.- apontei para ela.- essa é Ágda namorada do Jack e como você deve se lembrar esse é o Jack.- finalizo.
Jack: não fala nada apenas olha para os meus pés.- meu pai olhou.- trabalhei muito mas enfim consegui comprar o novo lançamento de vocês.
Pai: eu juro que estou tentando me acostumar com você.
Eu: ele é inconveniente mas é legal.
O resto do nosso dia foi maravilhoso, almoçamos entre risadas e reclamações por causa das uvas passas, estava me sentindo bem comigo mesma, tinha minha família ali reunida e era isso que importava, era eu por eles e eles por mim, era tudo recíproco, não precisávamos de dinheiro, precisávamos um do outro.
~Fim~
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Oi coalas, infelizmente o último capítulo chegou, irei postar o epílogo ainda, irei poupar minhas palavras para os agradecimentos
Até o próximo capítulo, bjundas para vocês ;*
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A Patricinha e o Dono do Morro- Livro 2
Ficção AdolescentePara entender esse livro tem que ler a primeira temporada: A Patricinha e o Dono do Morro. Agora com seus 21 anos, casada com o Felipe e mãe de uma linda garotinha, Manu não é mais aquela garota mimada e arrogante, agora ela é uma mulher forte e gue...