Cap.12 - Desculpa!

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            BYANCA  P.O.V

Maju: Vai direto pro pub?

Shane: É claro que não, preciso me arrumar.

Eu: Eu também preciso me trocar.

Maju: Encontro vocês na frente da escola. — dito isso cada um foi pro seu quarto.

Cheguei no quarto e vi a Mirella e a Scarlett abraçadas, quando a Scarlett me viu ela veio correndo e me abraçou. Fiquei sem entender nada. Tinha até me esquecido de como era o abraço dela.

Let: Eu sinto muito. — sussurrou.

Eu: Pelo que? — perguntei sem entender.

Let: Pela sua mãe. — e ela tinha que me lembrar da minha mãe.

             Flashback  ON

Me lembro direitinho daquele dia, estava eu meu pai e as minhas irmãs na sala comemorando o meu aniversário até que o telefone toca e meu pai vai atender, pela expressão dele eu já imaginava o que tinha acontecido, ele largou o telefone rápido e nos abraçou contando a pior notícia que um filho poderia receber.

A sensação de algo se quebrando em mim era quase audível, e tudo se apagou em minha volta, como se o mundo tivesse perdido o seu brilho. Saí correndo da sala, corri sem direção. Apenas corri e corri, minhas pernas após algum tempo foram perdendo as forças, e eu me encontrava em uma rua deserta. Finalmente, parei sem fôlego, sem vida, caí sobre minhas pernas exaustas. Só ai as lágrimas finalmente vieram e não vieram sozinhas. Os gemidos cortavam-me o peito ao saírem. Chorei como nunca havia chorado antes, chorei a morte da minha mãe, chorei ao fim da vida perfeita que tínhamos. Chorei até meus olhos arderem e minha boca ficar totalmente seca. Por um impulso, puxei do meu pescoço o cordão de prata que era de Angeline, o cordão que eu tanto amava. Eu não poderia usa-ló por mais nenhum segundo, pois isso, só me fazia lembrar que ela não estava mais comigo.  Eu não sei quanto tempo es estava ali pois não conseguia enxergar nada alem da minha dor.

Senti braços frios em minha volta. Braços que eu conhecia, os braços do meu pai. Ele me segurou firme e me ergueu do chão. Coloquei meus braços em volta do seu pescoço e começou a caminhar. Eu não queria olhar em seus olhos, temendo que se o fizesse, o veria sofrer pelo amor de sua vida. A outra parte de mim não aguentaria e também sucumbiria. Ainda sim, eu podia ouvir soluços vindo dele, soluços que eu jamais esqueceria.

Aquele dia eu chorei, e no outro dia também, só parei quando li uma carta que minha mãe havia escrito, uma carta de despedida, uma carta de força. Eu li aquela carta  como se minha vida dependesse dela, e aquela força que ela me passou através daquelas linhas trêmulas, me fizeram resistir a dor daquele momento. Eu reli a carta várias e várias vezes seguidas, tentando gravar cada conselho no meu partido coração. Então, desde aquele dia eu nunca mais chorei, nunca mais mostrei fraqueza, nunca mais fui a mesma. Se minha mãe queria que eu fosse uma guerreira eu seria. Se ela desejasse que eu enfrenta-se um leão por dia eu enfrentaria. Do contrário eu me perderia em tanta dor, que morreria lentamente de tanta tristeza. Eu estava pronta pra me tornar uma byanca forte, uma byanca que sobreviveria.

Let: Bink! Você está bem. — fui tirada dos meus devaneios pelo apelido que eu pensei que nunca mais escutaria.

Eu: Eu...eu...estou bem só preciso ficar um pouco sozinha. — disse me separando do abraço.

Mila: Tem certeza, você parece que não está bem. — me perguntou preocupada.

Eu: Tenho, eu só preciso ligar pra juh. — ela me olhou com cara de poucos amigos. — vejo vocês no pub. — me virei pra sair só que a Scarlett me grita.

A Filha Da Namorada Do Meu Pai ( Romance Lésbico )Onde histórias criam vida. Descubra agora