Quase Sem Querer

Iate Club

LAVÍNIA CLAIRE:

Tem alguém batendo na porta, levanto e abro para ver quem é.

- Lorenzo? O que faz aqui?

- Tô morrendo de saudade! Por que não atende meus telefonemas? Posso entrar?

- Sim! Digo... Não! Não quero mais olhar pra você!

- Eu preciso de um beijo seu, não te vejo a dias!

Lorenzo empurra a porta e vem em minha direção. Ele me puxa pela cintura e começa a beijar meu pescoço.

- Lorenzo eu não posso... Eu não quero!

- Você está mentindo!

- Eu não quero mais você!

- Ok, eu vou embora.

-Não! Por favor, volte!

Lorenzo volta e me pega no colo, começamos a nos beijar!

- Nina, Nina... Acorda!

- Já estou acordada...

- É impressão minha ou você estava sonhando com algo muito bom?  Porque até nome você estava chamando.

- Não é nada Crys, foi um sonho besta. E o que faz aqui? Você não deveria estar na lanchonete?

- Estou esperando o Jeff para ir, eu dormi na minha mãe ontem e ele me ajudou com uns exercícios básicos da faculdade.

- Nem fale nisso! Minhas matérias andam muito difíceis e não tenho ninguém para me ajudar. Sorte sua ter o Jeff!

- Eu não diria que é sorte, ele só foi simpático ao me ajudar.

Minha mãe bate na porta e diz:

- Crys, o Jeff e o Nick estão te chamando. Nina, se arrume pois vamos sair com os amigos do seu pai, coloque um biquíni.

- Beijo Nina. Te vejo amanhã, divirta-se!

- Ei amiga! Quer ir comigo?

- Não dá, preciso mesmo trabalhar. Obrigada pelo convite!

- Ok amiga. Tchauzinho!

Crys foi embora e minha mãe já voltou lá para baixo. Entro no banho e começo a pensar no sonho que tive, desde quando fiquei com o Lorenzo ele não me mandou mensagens e muito menos me ligou. Não me arrependo do que fiz porque tive uma  noite maravilhosa ao lado dele. Mas estou muito chateada porque já fazem mais de sete dias e ele não me procurou.

- Filha, desce logo! - Grita meu pai.

- Estou indo, só falta passar o batom! - Eu grito de volta.

Desço as escadas correndo, eles já estão todos dentro do carro. Quando estou abrindo a porta para entrar minha mãe pergunta:

- Filha você se importa de ir no seu carro?

- Não mãe, é até bom que volto a hora que eu quiser. Mas onde vamos mesmo?

- Para o Iate Cub sua burra! Esqueceu que todo o último domingo do mês sempre vamos lá? - Responde Aurora, feliz da vida. Porque se tem uma coisa que ela gosta é de ir nesse club.

- Desculpe, estou com tanta coisa na cabeça que eu esqueci. Podem ir, deixa que eu fecho a casa, ainda tenho que tirar o carro da garagem.

- OK! - Responde meu pai.

Depois de fechar a casa, entro no carro e vou em direção ao Club. Pensei em tomar café, mas já está na hora do almoço.

Eu poderia ligar para o Lorenzo, mas se ele não se importou em ligar, por que eu me importaria?