Visitas indesejáveis

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Sabe aquele dia em que você acorda indisposto e então vem seus pais e dizem que teríamos visitas? Pois é, eu estava assim. Fiquei a tarde toda ajudando meus pais a deixarem a casa apresentável para os convidados indesejáveis, eu não estava com a mínima vontade de ver gente. Após eu terminar meus afazeres, subo até meu quarto e me tranco la dentro enquanto dou uma ajeitada aqui e ali, e eu nem sabia o motivo já que não traria ninguém ali. Assim que tudo estava em perfeita ordem me sento em minha cama e caço um livro ao qual estava muito ansioso pelo enredo e era isso que eu faria naquele momento, só foi eu me deitar que ouço a voz de meu pai gritando o meu nome la dos fundos da casa, as vezes eu acho que os vizinhos pensam que somos loucos já que gritamos uns com os outros quando tínhamos algo para falar.

Me levanto a contra gosto e abro a janela já o vendo ali me esperando, solto um suspiro e logo sorrio para ele lhe perguntando o que queria.

— Já terminou de arrumar seu quarto Michael? Ele pergunta olhando em meus olhos, as vezes acho desnecessário ele me olhar assim porém aceno com a cabeça dizendo que sim.

Assim que meu pai se retira acabo pegando meu celular e saio do quarto indo atrás do mesmo, mas assim que paro no meio da sala pego o celular e observo as horas, acabo me assustando vendo o quanto eu estava atrasado para me arrumar, eu havia ficado tão distraído que esqueci que tinha que tomar banho.

— Que droga! Bufo e saio correndo para meu quarto, jogo o celular em cima da cama e apanho a toalha e corro até o banheiro.

Retiro todas as minhas roupas e me admiro um pouco no espelho, não querendo me esnobar nem nada assim, mas eu sou lindo. Balanço a cabeça e sigo para o box onde faço toda a minha higiene e meu ritual habitual.

Após meu banho enrolo a toalha na cintura e volto para o meu quarto, agora seria a coisa complicada de se fazer, arranjar uma roupa decente para receber as visitas. Olho desanimado para meu guarda-roupa até que me dou por vencido escolhendo a minha primeira opção de roupa, regata branca, calça preta e um tênis da Nike da mesma cor, me olhei no espelho e ajeitei meus cabelos de forma despojada, nem tão bagunçados e nem tão arrumados, eu não queria parecer um nerd.

Após ter me arrumado saio de meu quarto e sigo até onde meus pais estavam, vejo que ambos optaram por um visual mais social, nem sei porque. Após ter visto o visual dos meus pais e deduzir que ambos estavam ótimos ouvi a campainha tocar, meu pai como o anfitrião abriu a porta logo revelando um casal e seu filho, meus olhos encontraram com o do outro e senti meu estômago revirar.

"O que foi isso?"

Penso comigo mesmo, nunca havia sentido algo assim antes, não com garotos pelo menos. Meu Deus, não estou me sentindo bem, e não, eu não sou gay, não posso pensar.

Balanço a cabeça e cumprimento ambos de forma educada, assim que estavam confortáveis na nossa sala de estar, fico mais a vontade de observar os traços do garoto ali sentado no sofá maior, ele tinha olhos bonitos e bem marcados, quase que borrei todo quando ele olhou de volta me encarando, fiquei vermelho e desviei o olhar para a parede, como se a mesma fosse a coisa mais interessante da face da terra, eu queria correr para o meu quarto e fingir que aquela noite nunca aconteceu.

Mas antes de me borrar todo eu consegui pegar cada detalhe de seu rosto frio e bem desenhados, seus olhos eram claros de uma cor que eu nunca tinha visto antes, seus lábios eram carnudos, chegava a dar vontade de prova-los e seus cabelos, negros como a noite, ele era o típico filho de papai rico. Suspirei e logo fui desperto pela voz do meu pai.

— Olá Senhor e Senhora Collins é um prazer os receber em nossa humilde casa, esse é nosso filho Michael. —Falou todo sorridente e a cada segundo mais nervoso eu ficava até que a Senhora Collins deu a graça.

— É um prazer Senhor Thompson, esse é Thomas nosso filho.Falou a mesma apontando para o garoto sério do outro lado e esse sorriu e porra que sorriso foi aquele? Meu coração falou uma batida chama a ambulância que eu tô tendo um treco.

Antes do meu ataque do coração eu inconscientemente apertei as mãos dos convidados e assim que chegou no dito cujo eu travei o olhando nos olhos e de forma intensa, até esse dar um sorrisinho sarcástico e apertar minha mão para então ouvir sua voz pela primeira vez naquela noite.

— Prazer Michael...Eu novamente não estava bem e logo puxei minha mão e soltei um suspiro nervoso pedindo licença e indo para a cozinha tomar um copo de água.

Assim que bebi a minha água, voltei para onde meus pais estavam e com uma cara de dor inventei uma desculpa esfarrapada, e logo em seguida subi para o meu quarto, meu corpo estava quente e chegava a ficar um tanto soado, eu não sabia o que era aquilo e por esse motivo, eu disse que era uma fase.

Ao fechar a porta me abano sentindo o sangue fluir e ir em direção a minha virilha, aquilo só podia ser uma piada.

Michael Thompson não estava excitado por causa de um riquinho, mimado e filhinho de papai, não mesmo!

Tombei a cabeça por alguns segundos pensando em alguma coisa, aquilo só seria resolvido assim que eu me aliviasse, então com uma pressa acabei tirando todas as minhas roupas, sobrando apenas a box preta que eu usava. Olhei bem para o volume bem aparente ali e soltei um suspiro mordendo os lábios, iria ser rápido não é?

Com uma lerdeza sem igual e meio hesitante tirei aquela ultima peça e me deitei na cama , escorreguei minha mão até o meio de minhas pernas e agarrei meu falo que pulsava por atenção, em movimentos de vai e vem acabei fazendo uma masturbação lenta, meus lábios eram maltratados pelos dentes enquanto eu acelerava os movimentos , gemidos quase mudos saiam por meus lábios e assim eu estava quase chegando ao meu ápice ouço o som da porta se abrindo, rapidamente solto um palavrão e cubro meu corpo com um lençol, aquilo só podia ser brincadeira, o que ele estava fazendo ali?

— Mas que merda, o que faz aqui?Perguntei puxando mais o lençol até que ficasse apenas meus olhos para fora, meu membro ainda estava ereto dava pra perceber pelo volume no tecido.

O que era aquilo brincando na lateral de seus lábios? Ele estava sorrindo? Mas não um sorriso qualquer, tinha uma pitada de malicia ali, eu me encolhi sem ao menos saber o que fazer.

Thomas estava me comendo com os olhos!

O Príncipe e o PlebeuOnde histórias criam vida. Descubra agora