Thomas estava dentro de um quarto, os medicos fariam exames nele algumas horas depois de dar entrada, a noticia para mim e D. Stella não fora muito agradavel. Thomas teve traumatismo craniano, fazendo com que o mesmo entrasse em coma, os medicos precisavam deixar Thomas em observação e tambem iriam deixa lo respirar sobre aparelhos, Thomas teve uma morte cerebral.
D. Stella deu 14 dias, se ele não reagir, ela iria desligar os aparelhos, eu não concordava, mas não podia fazer absolutamente nada. De vez em quando eu entrava no quarto para ve lo, sentava ao seu lado da cama e contava inumeras historias, de vez em quando eu ate apalpava seu membro, que mesmo não estando ereto, era grande e grosso. Eu o alisava, passava a mao em sua barriga, e depois em seus cabelos.
Eu tentava não chorar, era dificil, mas eu conseguia. Em seguida, eu sai do quarto, e Thomas permanecia dormindo.
— Por favor Thommy, acorde... — Falei sussurrando em seu ouvido e dei um beijo em sua bochecha, e logo fui saindo, mas quando ia sair... algo me surpreendeu.
Ele segurou meu braço, eu não conseguia acreditar, ele acordou. Não sabia o que fazer, eu estava sem reação, estava atônito.
— Thommy... Thommy... pode me ouvir, balance a cabeça em sinal de positivo se for sim... — Falei na esperança de não ter visto coisa, pelo cansaço mas nada aconteceu, era coisa da minha cabeça, eu estava totalmente abalado psicologicamente.
Saí do quarto de Thomas, e para o meu grande azar, o pai dele estava vindo, eu estava com medo dele, logo ele veio com uma furia pra cima de mim, por sorte o segurança veio atrás dele, segurando o, se não, eu estaria igual ao Thommy.
— O que foi que aconteceu aqui? — Falou dona Stella, seus olhos estavam fundos, ela estava realmente abatida, ela tinha ido comprar algo para comermos. Ela pegou um lanche para mim, um x tudo e ela pegou um x salada para ela, e uma coca de 600 mls.
Eu contei a ela tudo o que tinha acontecido, menos a parte em que Thomas acordou, não queria dar falsas espernças já se passavam das 20 h da noite, Trixie me ligou duas vezes, e eu não atendi.
Liguei para os meus pais para avisar que estava no hospital, eles ficaram preocupados comigo, por estar num hospital, mas apaziguei quando disse que era o filho dos patrões deles que estava em coma.
Dona Stella, ainda não se conformava, ainda chorava, não queria ter que desligar os aparelhos, mas não tinha outra alternativa, em 14 dias, ela o desligaria. Eu podia ouvir rezando.
Eu nunca fui muito religioso, na verdade eu não sei se acreditava em Deus, pra mim era como se fosse um conto de fadas. Mas não questiono a fé dela, afinal cada um é cada um, e todo mundo acredita em algo, não importa a religião.
Tentei me distrair, logo então falei.
— Dona Stella, vai pra casa, descansa, dorme um pouco, eu passo a noite aqui, amanhã de manhã a senhora vem ve lo. — Acho que não seria uma má ideia, ela relutou para não ir, mas nas condiçoes que estava, não podia ficar.
Ela então me olhou e disse:
— Eu vou, mas amanhã de manhã, estarei aqui. Lá pelas oito da manhã ok? Daí voce vai descansar. — Falou ela, eu assenti de acordo, ela se levantou da cadeira e saiu andando pelo corredor largo do hospital, quando ela saiu, eu entrei no quarto novamente e me deitei ao lado de Thomas e o abracei e falei baixinho.
— Acorda... — Eu percebi que Thomas estava tentando acordar, ele estava piscando, eu sabia... eu sabia que nao era coisa da minha cabeça, quando levantei rapidamente da cama, ele me segurou pelo pulso e parecia sorrir, eu sorri de volta e me soltei com delicadeza e fui chamar um medico.
Gritei no corredor e logo uma enfermeira veio e eu disse a ela que Thomas estava acordando ela desacreditou no momento, mas quando entrou no quarto e viu Thomas piscando e tentando tirar o aparelho respiratório, ela foi correndo pelo corredor para chamar um medico, e logo veio um medico, nao muito velho, aparentava ter seus 26 a 30 anos, não mais que isso. Seu nome, Victor Martines, estava em seu crachá com uma foto de rosto 3x4, ele era loiro, olhos com uma cor um tanto diferente, lilás, de momento pensei que fossem lentes de contato. Eu estava o analisando, ele então sorriu para mim e disse:
— São naturais...— Falou ele entrando no quarto, Thomas estava de olhos abertos, o doutor deu uma anestesia de meia hora nele, para dormir e poder remover o aparelho respiratorio.
Não demorou muito, e já estava tudo sendo removido atentamente. Meus olhos se preencheram de lágrimas, por sorte eu não o perdi de vez, se não, eu não saberia como suportar a dor e o sofrimento da perca.
Eu liguei para D. Stella e no mesmo instante ela atende:
— Alô... — Falou ela com a voz sonolenta.
— D. Stella, sou eu Michael, tenho uma noticia otima pra você. — Falei nao escondendo a minha felicidade, pois Thomas havia acordado.
— Pode falar Michael, eu estava dormindo, mas se é sobre Thomas. É importante. — Falou ela, ainda com a voz sonolenta, mas ela vai mudar essa voz rapidinho.
— Então... ele... ele reagiu, ele acordou do coma, não sabemos como, mas acordou, o medico vai fazer um checkup nele, e em uma semana ele vai poder ir embora. — Ela gritou no telefone, parecia dar pulos de alegria. Eu sorri, e então ela disse.
— Eu vou me banhar, e ja estou indo pra ai. — Em seguida, desligamos o telefone. E eu fiquei ali na sala de espera, esperando alguma noticia do doutor Victor, e esperava a mãe de Thomas chegar.
Passando se meia hora, e ela chega no hospital toda sorridente, ela estava elegante, usava um macacão branco e uma sandália de dedos, ela usava um colar, ao que parece um coração com uma chave e em seus braços uma pulseira de perolas, seus cabelos estavam em um coque frouxo. Ela veio andando de pressa em minha direção e me abraçou forte, e então ela disse.
— É verdade mesmo que Thomas, acordou?- Perguntou ela sorrindo, acho que sua ficha ainda não havia caido, mas também não é pra tanto, até eu não acreditaria se fosse meu filho, eu sorri pra ela e assenti com a cabeça em sinal de positivo. Ela estava tão feliz, eu também não podia esconder a minha.
Não demorou muito e o doutor Victor vinha em nossa direção. D. Stella e eu nos levantamos ao vermos ele, e então ele se apróximou e disse?
— Parentes de Thomas Collins?— D. Stella tomou a frente e então disse:
— Pois não doutor...?! — Perguntou ela toda sorridente, não sei porque, mas senti um arrepio na nuca. Logo o medico voltou a dizer
— Thomas acordou, eu fiz alguns exames, e ele tem um câncer terminal, eu dou apenas algumas semanas para ele. Talvez alguns meses. — O sorriso de D Stella desapareceu no mesmo instante, e caiu no choro, eu não conseguia raciocinar direito, nunca pensei que um câncer poderia afetar uma pessoa assim, principalmente um jovem. Após o médico ter dado a noticia disse.— Eu sinto muito. — E logo ele saiu andando, deixando nos ali, na sala de espera. Eu não sabia o que pensar.
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O Príncipe e o Plebeu
RomanceMichael Thompson, um garoto de 20 anos se apaixona pelo filho do chefe de seus pais, o mimado Thomas Collins. Michael se vê em um labirinto desde o primeiro momento e não sabe o que fazer. Thomas por sua vez, é um garoto rico, mimado e esnobe, e par...