Meses depois.
Bom, cá estou eu, de volta a América, eu e Thomas terminamos nosso relacionamento. O que estou fazendo da vida agora? Consegui um emprego em uma livraria, trabalho no periodo da tarde, você deve estar se perguntando. Mas Michael, você não está triste? A realidade é que estou me fazendo de forte, mas quando chega a noite, na hora de dormir eu me desabo em lagrimas.
Me sinto tão só, os dias quentes se tornaram frios. Lembro me de cada momento, tudo se repetia em minha cabeça, como se fosse um filme, um filme de romance, com suspense, terror e drama ao mesmo tempo.
A mãe de Thomas de vez em quando me liga, ou manda mensagem ela e Luck se deram bem e estão juntos, a doença de Thomas se agravou, ele precisou ir ao medico tres vezes essas duas ultimas semanas.
Eu estava mechendo em meu celular, quando vi uma foto minha e de Thomas na minha galeria, estavamos sorrindo. E embaixo da foto estava escrito.
"Sempre teu, sempre meu... e sempre nosso".
Senti as lagrimas começarem a preencher meus olhos, eu queria voltar atras, queria mesmo ele, para mim, a vida sem ele nao fazia sentido.
Em um ato de loucura, sai da loja as pressas, como um foguete, as meninas que trabalham comigo nao entenderam nada. Logo um deja vu veio a tona.
Deja vu
Estava eu e minha mae conversando sobre varios assuntos aleatorios, estavamos sorrindo, ate que ela entrou em um assunto melancolico. Ela disse.
— Michael, olha só, preste bem atenção no que irei te dizer. — Falou ela com seu olhar sereno, e calmo.
— Diga mãe... O que é? — Perguntei, meus olhos nao conseguiam esconder a curiosidade, então ela sentou se ao meu lado e voltou a dizer.
— O amor, pode nos ferir, nos machucar, pode ate mesmo nos fazer sangrar. Mas se voce quer conquistar algo ou alguem por amor, conquiste se ferindo, sangrando, se machucando. Para depois no final, voce dizer. "Eu consegui, sofri, mas consegui". —Falava ela enquanto eu prestava atenção em cada palavra, em cada gesto, em cada movimento.
Eu nunca agradeci minha mae mentalmente, eu estava nas ruas da grande New York, as lagrimas ainda escorriam, por sorte ali passava um taxi. Eu dei um sinal para que o motorista do veiculo amarelo parasse para mim, assim ele o fez, eu adentrei no veiculo, e entao ele disse:
— Pra onde chefia? — Falou ele, eu entei falei, ainda com os pensamentos em Thomas.
— Para o aeroporto, agora... — Falei e ele em seguida acelerou o carro indo direto para o aeroporto. Enquanto isso, tocava na radio When You' re Gonne- Avril Lavigne. Algumas lagrimas insistirem em cair, sentia falta de Thomas, de seu cheiro, de seu corpo, de seu rosto, de tudo seu.
Horas depois...
Eu ja estava dentro do aeroporto indo comprar minha passagem direto para França, de primeira classe.
Liguei para minha mãe, para avisar que eu voltaria pra França, quando atendeu, eu fui direto ao ponto, minha mae nao gostou muito de saber que eu voltaria pra França, mas entendeu que era meu amor em jogo, e eu tinha que conquistar Thomas novamente. Custe o que custar.
Logo foi anunciado que meu voo acabara de chegar, não perdi tempo e fui entrando no avião direto.
Demorou aproximadamente uma hora para decolarmos.
"França, ai vou eu" — Pensei comigo, mas sabe quando você nao se sente bem? Que algo ruim esta acontecendo? Eu estou assim, logo o meu celular toca, mas eu nao podia atender. Tocou de novo, fui movido pela curiosidade e então resolvi ver quem era. E o numero era o de Thomas, atendi.
— Alô...? — Engoli em seco, tentei me conter. A voz do outro lado da linha nao era a de Thomas, e sim a de Luck...
— Michael... que bom que atendeu... onde você esta agora? — Perguntou ele, Luck estava estranho, euforico, parecia nervoso com algo, respondi sua pergunta.
— Eu estou no avião, estou voltando pra França, vou reconquistar Thomas, eu o amo...— Ele me cortou dizendo...
— Michael... eu sinto muito, isso nao vai ser possivel... — O que? Como assim nao vai ser possivel? Thomas ja tem outro alguem? Foi rapido, sera que ele me traia? Duvidas rodavam minha cabeça e junto delas lagrimas escorriam dos meus olhos.
— Como assim Luck? Ele tem outro alguem? — Foi o que eu consegui dizer. O que estava acontecendo? Era tão estranho, eu me senti vazio.
— Não Michael... ele... ele... ele se foi. Sinto muito, sinto muito mesmo... — Eu nao entendi, logo eu falei...
— Luck... como assim se foi, eu nao entendi... — Logo eu ouvi ele com a voz embargada, entao ele falou.
— Ele faleceu Michael... te deixou um presente, e uma carta. Quando chegar ao aeroporto me liga... vou te buscar. — Foi o que ele disse, e depois desligou o telefone... Voces devem se perguntar. Enquanto a mim, como estou me sentindo? Estou mais uma vez, um caco, despedaçado, quebrado. A vida me derrubou mais uma vez, mas dessa vez a queda foi feia.
Mais tarde daquele mesmo dia...
Acabei de chegar no aeroporto da França, assim como Luck me disse, liguei para ele que no mesmo instante atendeu.
— Oi... ja chegou? — Falou ele, eu ainda com a voz de choro respondi que sim, um sim fraco. Luck disse para eu esperar que em 25 minutos viria me buscar.
Assim o fiz, logo Luck apareceu e eu corri ate ele, e o abracei forte e entao chorei em seus ombros. E disse.
— É verdade Luck... ele se foi mesmo? — Foi a primeira coisa que eu perguntei, eu precisava saber. Estava agoniado e angustiado nao conseguia pensar em nada desde que soube da noticia.
— Sim, eu lamento muito... lamento por escondermos de voce tudo isso... — Espera, ele disse escondermos? O que ele ou eles, seja la quem fosse, esconderam?
— Como assim Luck escondermos? O que quer dizer? — Perguntei com cara de interrogaçao de que nao estava entendendo.
— Vem, depois explico tudo, quando receber o presente e a carta juntos. — Agora fiquei com mais duvida ainda, estava com medo, mas acompanhei Luck ate seu carro.
Durante o percurso, ficamos em silencio, ninguem falava nada, no radio tocava When you're gonne- Avril Lavigne, o que me fez chorar mais ainda, comecei a me sentir vazio, comecei a chorar mais ainda.
Depois de alguns minutos chegamos a mansao, Luck abriu o portao da garagem e um clima de tristeza me invadiu. A vida sempre vai ser injusta nos nossos melhores momentos.
Subi as escadas, e vi um pacote no sofa e na mesa de centro uma carta. Do outro lado se encontrava D. Stella, aos prantos. Ate que a mesma me viu e me abraçou forte, logo ela enxugou as lagrimas e disse.
— É seu... pode pegar... — Falou a mae de Thomas e peguei a carta. Queria saber o que estava escrito, antes de abrir o pacote.
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O Príncipe e o Plebeu
RomanceMichael Thompson, um garoto de 20 anos se apaixona pelo filho do chefe de seus pais, o mimado Thomas Collins. Michael se vê em um labirinto desde o primeiro momento e não sabe o que fazer. Thomas por sua vez, é um garoto rico, mimado e esnobe, e par...