Alguns meses se passaram depois que eu e Thomas terminamos, eu fiquei doente, quase não saia de casa, Luck me ajudava no que podia, até tentou me levar a um psicológo. Eu estava em depressão, minha vida era um verdadeiro caos, eu não podia ser feliz, não podia ter alguém do meu lado, não podia ter amigos, porque de uma forma ou outra, o destino me derrubava de vez.
Eu não percebi a que ponto cheguei, pois eu agora estava um lixo, a cada vez mais me afundava na depressão, e com isso as bebidas faziam parte, depois as drogas. Luck, ja nao sabia mais o que fazer, mas ficou do meu lado.
- Daya conseguiu o que queria, conseguiu me destruir.- Falava, eu ainda usava o colar. O engraçado é que mesmo depois de nos separarmos, eu ainda conseguia sentir o seu toque, seu cheiro, seu beijo, seu corpo. Loucura? Talvez, a gente podia nao estar presentes em carne, mas estavamos presentes em espirito na vida um do outro.
"Não faça isso! É loucura"
Eu estava prestes a me matar, mas meu subconsciente não deixava, a voz de Thommy ecoava em minha cabeça. Não percebi que as horas daquele dia ja haviam se passado, Luck ja havia voltado de seu trabalho, e eu ainda estava de pijama com uma garrafa de Whisky em mão.
- Michael... chega! Vai ficar assim até quando? Vai se banhar, voce vai sair desse apartamento hoje. Vai fazer a barba e vamos conhecer pessoas novas, vai, anda, levanta dai ou eu te arrasto!- Eu podia ver a tristeza no olhar de Luck, mas ele tem razão. Sem o minimo de vontade, me levantei do sofa e fui ate o quarto, peguei a toalha e fui pro banheiro, pendurei a toalha sobre o box e me despi, entrei embaixo do mesmo, e deixei a agua gelada cair sobre mim, enquanto me lembrava de Thomas e eu nos banhando juntos e transando no chuveiro.
Demorei alguns minutos embaixo do chuveiro, ate que por fim desliguei o mesmo. Peguei a toalha sobre o box e comecei a me enxugar, depois de eu estar completamente seco, fui ate o quarto, e entao caminhei ate o guarda roupas, nao seria muito dificil escolher roupa pra mim, ja que ali agora so existia roupas pretas. Entao peguei uma cueca box preta e vermelha, uma calça skinni preta rasgada no joelho, uma camisa gola v preta, e um tenis da nike preto tambem.
Peguei alguns braceletes e coloquei nos braços, meu colar estava no meu pescoço, eu nao tirava ele por nada. Eu nao estava com a minima vontade de sair, mas Luck sempre insistia, então cá estou eu me arrumando para ir não sei onde. Saí do quarto e fui descendo as escadas, Luck me esperava na sala, ele nao se agradou ao me ver todo gotico, mas fazer o que se a vida me tirou a cor.
- Sério? Não vai sair dessa vida dark não?- Falou ele com os braços cruzados, entao eu retruquei em tom melancólico.
- Desculpe Luck se não sou o mesmo Michael de antes, não posso fazer nada se a vida me tirou a cor.- Meus olhos agora cruzavam com os dele, que se eu conheço bem, poderia jurar que ele estava com um olhar analitico sobre mim. Eu não me importo com que ele fala, ou pensa de mim, esse sou eu agora, eu não vou mudar. Entao ele pegou as chaves e foi saindo, e eu logo fui atras, com os passos lentos. Fui entrando no carro enquanto ele trancava tudo.
Passamos em uma esquina, onde havia um traficante de drogas, Luck me olhou com cara feia, mas nao disse nada, comprou cocaina e maconha. Sim, eu me viciei em drogas, coisa que eu nunca pensei que iria fazer, paramos em um posto de gasolina pois Luck iria abastecer o carro, eu fui pra loja de conveniencia, comprei um fardo de heineken e um fardo de budweiser. Luck me encarou, nao disse nada, mas eu sabia que ele queria falar algo, mas ele sabia que não iria adiantar, então ele acabava guardando pra ele suas opiniões.
Depois de alguns minutos, Luck e eu saimos do posto de gasolina, e pegamos a estrada novamente, não sabia onde estavamos indo, senti um friozinho naquele dia, logo vi que Luck parava o carro na frente de uma casa, uma casa grande e rustica, era linda. Aquela casa me lembrava Thomas, era a cara dele. Logo pegamos os fardos de cerveja no porta malas e logo a musica alta tocava. Em seguida peguei uma das minhas cervejas, e entao a abri, e comecei a beber. E logo ja estava dentro da casa, senti olhares curiosos sobre mm, acho que estavam se perguntando "Quem é o gotico?"
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O Príncipe e o Plebeu
RomanceMichael Thompson, um garoto de 20 anos se apaixona pelo filho do chefe de seus pais, o mimado Thomas Collins. Michael se vê em um labirinto desde o primeiro momento e não sabe o que fazer. Thomas por sua vez, é um garoto rico, mimado e esnobe, e par...