Capítulo 13

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Onde eu estava e quem eu era? Tenho certeza de que você já fez essa pergunta e todos onde eu moro também, mas vocês não sabem onde eu moro. Isso eu posso contar, moro no castelo de Esperanza, agora meu nome? Brevemente irão descobrir.

Não acredite em tudo que falam, digo isso por que a base de rebeldes não é assustadora, ou mal cuidada como você imaginaria. Ah e isso eu também posso contar para vocês. Diz a lenda que a floresta é escura e mau assombrada, que lá vivem criaturas estranhas, sendo um lugar sem vida, impossível de viver.

Não é bem assim, a floresta Argen tem arvores altas, pinheiros, o outono aqui é maravilhoso. A floresta se mistura em suas vegetações, com pinheiros, enormes gramados, arvores altas, lagos, cachoeiras e o melhor, depois que você conseguir atravessar as colinas existe algo que chamamos de "praia". É uma espécie de lago enorme salgado, com águas transparentes azuis que refletem o céu azul. A areia quente faz parte da chamada praia, os rebeldes vão lá  após o treinamento.

E ao contrário do que você imagina também, nós rebeldes não treinamos em um galpão velho e empoeirado. Nos aprimoramos em uma casa grande de madeira coberta por grama e plantas, é bem camuflada.

-Chefe- um rebelde pergunta a mim

-O que foi agora?

-Terminamos o treinamento o que podemos fazer agora? - ele pergunta

-Faça os arqueiros irem caçar esquilos, os mais jovens sem ferimentos vão assar alguma coisa para comer, as garotas mais jovens cuidarão dos feridos, e o seu grupo pode ir para a praia- respondo o cronograma, nós rebeldes somos divididos em grupos,  temos os arqueiros, os rebeldes para lutar frente a frente, temos rebeldes aquáticos, as pessoas um pouco mais velhas cuidam da cozinha e os mais novos caçam , quem tem mais delicadeza cuida dos feridos. Mesmo cada um tendo sua função todos treinam, e eu planejo qual reino será o próximo a sofrer em  nossas mãos.

-Sim chefe, vou comunicar os outros, tenho permissão para sair do escritório? – ele pergunta permissão para sair.

-Permissão total- respondo e continuo a ver os papeis a minha frente, planejando o próximo ataque. Quando escuto alguém batendo na porta.

-Te dou permissão para entrar- falo escuto a maçaneta girar, mas não se abrir. Já não aguentava mais a pessoa tentando abrir a porta, pego minha adaga e abro a porta me surpreendendo com uma pequena garotinha ali.

-Desculpa, eu não alcanço- a menininha diz

-Tudo bem, o que que você quer? - pergunto me abaixando para ficar da altura dela

-Eu não sei onde meu irmão está- ela diz

-Ele que cuida de você?

-Sim

-Qual é o seu nome pequena?

-É Carol, meu irmão se chama Tony ta? - ela diz e sei quem é o seu irmão

-Ta bom, vem vou te levar pra ele- pego em sua mãozinha e atravessamos a casa chegando onde seu irmão estava

-Tony! - ela exclama alegre e ele que estava cortando vegetais nos olha assustado.

-Chefe- ele diz e pega a garota no colo

-Seja mais responsável com sua irmã, ela é uma criança adorável- digo colocando um colar de pérolas em seu pescoço

-Prometo que serei comandante- ele diz

-Comandante posso te fazer uma pergunta? Antes de você ir embora- Carol fala e seu irmão diz que ela não deve falar comigo assim

-Se eu puder responder sim- respondo ignorando o seu irmão

-Porque está aqui?

-Todos se favoreceram menos eu, sempre estive lá e ninguém notou, sempre fui apenas  quem dizia "é perigoso", mas ninguém ouvia, e agora estou aqui, sendo alguém, sendo importante. Buscando vingança, e eu a terei.

-Que pena, podia ter mais brinquedos aqui, crianças também, aqui é muito lindo, mas é tão sozinho, obrigada comandante- a pequena diz e eu saio indo treinar os rebeldes em treinamento.

-Está tudo ok aqui? - pergunto entrando na sala de treinamento

-Não, não está, esse rebelde- ele fala apontando para um rebelde ensanguentado no chão- ele perdeu a luta como uma criança, devemos dar uma punição de ultimo grau pra ele?

-Não, acho que não, de a punição de primeiro grau- respondo saindo dali, temos três punições, a primeira é para quem é fraco, a pessoa deve ficar presa sozinha em um minúsculo quarto escuro sem nenhuma fonte de energia, ou seja, sem comida, cama, água e banheiro. Quando a pessoa está passando do seu limite, é libertada para todos perceberem que isso é sério. O segundo é a para quem desperdiça esquilos, ou seja a nossa fonte de energia, essa pessoa escolhe entre ser punida ou exilada, caso ela escolha punida damos a punição de primeiro grau a ela a maioria acaba morrendo já que dobramos o tempo que a pessoa teria que ficar ali, e se for exilada a forçamos prometer que não entregaria nossa localização, e se entregar damos a terceira punição que é sequestrar a pessoa em caso de traição aos rebeldes, logo depois a jogamos em alto mar.

-Chefe? - um rebelde com um mapa para ao meu lado

-Sim? O que quer? – respondo

-Os rebeldes de ataque, gostariam de saber quando devemos atacar Margarida? - ele pergunta

-Eu já disse a todos isso, será possível que vocês são tão burros assim? Devem atacar hoje, assim que se arrumarem, permito que ataquem a noite, usem as táticas das flechas de fogo, e não se esqueçam de assustar Florida um pouco também. Entendido? - respondo a ele

-Sim, tenho permissão para repassar?

-Concedo a permissão

Continuo andando pela floresta e acabo arranhando meu pulso em um galho, observo os arqueiros tentando capturar uma pobre ave, devo admitir, que os treinei bem. Agora devo voltar para minha casa, o castelo.


Oii, o capítulo não ficou muito longo, mas acredito que deu para entender como funciona a sociedade rebelde. Então, quem vocês imaginam que possa ser ? Boa semana e até o próximo capitulo.

Infelizmente sou princesa!Onde histórias criam vida. Descubra agora