31- Coisas que aprendi com o ex

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Laura retorna à sala de Manu. E diz que após ir ao banheiro acabou parando para resolver alguns detalhes de uma outra campanha. Manu conta o que houve. Laura fica feliz pela amiga não aceitar reatar com Beto, muito menos casar. E acaba confessando que falou com Lucas:

"Estou logo confessando porque não quero guardar isso para mim e correr o risco de você descobrir, ficar p. da vida comigo e imaginar algo diferente do que realmente foi. Eu só o questionei por não falar que a ex o beijou e resumi o retorno repentino e o pedido de casamento do Beto. Foi basicamente isso..."

"Ah, amiga, até te agradeço. Foi bom esclarecermos tudo e de certa forma acabamos nos entendendo. Sabe, Laura, esse garoto é muito especial. Em pouquíssimo tempo ele foi para mim o que o Beto não foi em anos."

"Ah, disso não tenho dúvidas, porque o Beto jamais deixaria de transar com você como esse menino fez. E amiga, será que ele não é gay não, hein?! Gente, não engoli essa parte de "esperar você estar preparada". Que papo esquisito. Você não achou não?"

"Claro que não, Laura! Você não entendeu o contexto. E se quer saber eu achei até fofo e gentil." - disse Manu sorrindo e suspirando.

"É, se você achou isso, então está ótimo. Vale mesmo é o que você pensa. Agora, e com o Beto, hein, o que você pretende fazer? Porque ele está achando até que vai se casar com você..."

"Laura, eu não estou preocupada com ele. Fez o que fez e quer consertar anos em um dia. Me tratou como se eu sofresse de amnésia, precisava ver. E ainda ficou desmerecendo o Lucas. Eu vou esperar ele aparecer e vou falar o que eu penso de verdade. Vou aproveitar que agora não serei ignorada e falar horrores."

"Santo Lucas! Certíssima, amiga!" - declarou Laura deduzindo que Manu tivesse mudado apenas por ter conhecido Lucas.

"Laura, o Lucas tem a ver com isso sim, mas muito pouco. O próprio Beto me fez enxergar os fatos como agora. Mas diferentemente​ do que até eu pensei, ele não foi um monstro, e sim resultado da minha falta de amor-próprio e do meu medo de ficar sozinha. E ele só fez comigo o que eu permiti.

Está certo que ele se superou e usou e abusou do poder que eu mesma dei a ele sobre a minha vida, porém, culpado sozinho ele não foi!

E com ele eu aprendi a importância de não deixar de lado o que eu sinto e quero só para manter alguém por perto. Fora as outras lições que tirei disso tudo, coisas que a minha mãe sempre dizia e que eu não entendia muito.

E falando nela, vou marcar uma consulta com um analista. Vai me ajudar nesse processo e nos demais dilemas que tenho dificuldades para lidar."

"Você tem razão... e te apoio a procurar um analista. Acho que farei o mesmo porque esse lance de criar um filho sozinha não será moleza, além dos problemas psicológicos que você já sabe que eu eu tenho... se Deus quiser e se tiver esse negócio de reencarnação eu voltarei maravilhosa, não serei bipolar e... se bem que pensando bem melhor seria vir homem. Isso! Quer coisa melhor? E tomara que meu bebê seja um menino..."





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