3. O que tá acontecendo?

20 3 1
                                    


Escuto uma sirene tocar e todos correm para uma mesa que só agora percebi que estava ali, menos eu que fico parada, só então me toco que tenho que correr, algo me impulsionava para correr.

Chego na mesa e vejo uma faca de abrir ostras, um facão sem cabo (o que era estranho né!) , um arco sem flechas e um revólver, um menino do meu lado pega o revólver e fica analisando enquanto volta para seu devido lugar, Gabriel pega a faca de abrir ostras e volta correndo, "droga o que eu faço?"  Pensei, uma menina corria até a mesa enquanto eu estava parada ali sem saber o que fazer e depois de perceber que ela olhava para o arco, voei em cima dele pegando antes dela e correndo até meu ponto de partida, não fazia idéia do que eu fazia, nem o por que.

Vejo a menina loira tentando trazer o facão amolado sem se cortar, o que não aconteceu, ela chega com as mãos já sangrando com pequenos cortes.

-Vocês terão  o resto de hoje mais amanhã  para sobreviver à floresta - ela disse com ênfase  em "floresta" me fazendo olhar para as árvores à minha direita e esquerda. - nessas bolsas.... - do nada surge umas bolsas beges atrás da gente. -.....tem o que vocês precisam.

Abro a minha bolsa e encontro uma flecha, um copo, e um pano médio,  cinza. "Uma flecha? É sério isso?" Pensei.

- Vocês terão doze minutos para encontrar um local para se alojar, sem atacar ninguém, e ao final desses doze minutos a sirene tocará novamente iniciando "a brincadeira", e veremos quem será os quatro finalistas...- MEU DEUS!, o que é isso gente? Eu to num tipo de jogos vorazes? Meu Deus que louco, eu não quero matar ninguém. A mulher do auto falante interrompe meus pensamentos, mais uma vez,  como se soubesse o que eu estava pensando.

- Lembrem-se: Matar ou Morrer.

A sirene toca informando que é pra gente correr, corro até a floresta esquerda sem saber pra onde ir, desviando dos galhos e mato com o arco "o que eu vou fazer com UMA flecha?"  Com certeza vou ser a primeira a morrer aqui, mas caraca essa situação toda é meio ilógico....Na verdade....tinham 14 pessoas quando cheguei aqui fora, e tinham 10 alunos novos hoje,ou ontem sei lá, e terá 4 finalistas "os dez alunos novos estão no "lugar" dos dez que vão morrer aqui" que droga! To entendo nada mais.

Subo em uma árvore alta me lembrando que foi Lia e Samuel que me ensinaram a fazer isso, a árvore estava soltando a casca, dificultando minha subida, quanto mais eu subo mais a copa da árvore se arma ficando cheia tapando qualquer tipo de visão, "e se eu ficar escondida até amanhã? " boa idéia, ficarei aqui em cima mesmo....chego no topo da árvore e antes mesmo que eu me acomode, a sirene toca e de imediato ouço gritos finos ao longe, mais já?

Vejo um vulto acima de mim, me encolho me virando para trás com medo de qualquer coisa.

- O que estamos fazendo aqui? - Gabriel pergunta enquanto chega mais perto de mim com o olhar confuso.

- Não sei, isso está tipo jogos vorazes cara...-disse olhando com medo de qualquer coisa surgir do nada e me matar -....Não quero matar ninguém.

-Também não mas ou a gente mata eu a gente morre. -ele disse meio triste com a situação de ter que tirar uma vida.

Alguém tá subindo.

"Merda acabou o meu plano de ficar aqui até amanhã!"

Entro em desespero, nós estamos no topo da árvore...Não tem pra onde ir! Percebo que Gabriel percebeu o movimento e abriu a bolsa bege dele pegando a faquinha de abrir ostras.

"por que ele pegou aquele negócio minúsculo??"

Penso enquanto posiciono a flecha, a ÚNICA flecha no arco, lembrando de quando fiz arco e flecha com a Manu em um acampamento que fomos, eu não era muito boa, mas era bem melhor do que o facão sem cabo.

Olho para baixo esperando a pessoa subir, enquano aponto o arco em sua direção...espera, estava subindo rápido de mais para qualquer pessoa, não era uma pessoa, o que era aquilo? Olho para Gabriel que fazia a mesma expressão de temor e confusão.



*Lia*

Samuel chega na hora certa, bem pontual ele ein, mesmo não vendo ainda quem era que tocava a campainha sabia que era ele.

-Oi! - falei enquanto abria a porta.

-Oi...-ele disse me olhando da cabeça aos pés mas principalmente olhando minha barriga mostrando o umbigo.-....tá meio frio não?

-tem problema não -disse sorrindo enquanto fechava a porta atrás de mim. - então....vamos?

- Vamos. - ele disse sorrindo enquanto abria a porta do siena vermelho atrás dele.

Fomos conversando mas ele estava estranho, ansioso, passamos direto da sorveteria, fiquei confusa, não era um sorvete que iríamos tomar?

- Ei? Passamos direto. - disse me virando para ele que olhava fixamente a rua a sua frente.

- Passamos direto...do que?

-Da sorveteria ué!

- Relaxe, Não vamos tomar sorvete. - ele olhou nos meus olhos enquanto falava, me mostrando aquele olhar que ele fazia quando algo ruim, que ele tinha me avisado, acontecia....um olhar, travesso.
Estou confusa, muito confusa, até que alguém surge do banco de trás tampando minha boca com um pano molhado, "que cheiro ruim!" Pensei enquanto meus olhos se fechavam lentamente.

"O que tá acontecendo?" 

Pensei pouco antes dos meus olhos se fecharem completamente e eu não ter mais noção de nada.













[...] Te pergunto a mesma coisa!.... O que tá acontecendo? Explique-me!

Gente comentem, por favor, o que vocês querem que aconteça pois isso me ajuda muiiiito pois é difícil atender aos seus pedidos se eu não sei deles!

Até o próximo capítulo....

A BrincadeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora