*Gabriel*
Vejo umas pessoas que não conheço e que estão vestidas como os outros mas meus olhos param em Manu, Samuel e.......meu pai.
Eles tiram os fios que estão em grudados por ventosas emb mim enquanto a mulher continua falando pelo auto falante.
Por causa do teste B não sinto nada do meu corpo apenas consigo mexer levemente minha cabeça pros lados, meus braços e pés estão dormentes e meu nariz e gargana estão secos, não sei se é por causa do teste ou por causa daquele ar gelado e sem umidade.
Escuto Manu cochichar algo enquanto tira a agulha que está no meu braço. Ela olha nos meus olhos.
-Relaxa...mais tarde você vai entender nosso ponto de vista e vai nos ajudar. - ela fala com o sorriso de sempre, aquele sorriso que te passa calma independente do momento.
Ela sai de perto de mim ainda sorrindo.
Samuel se aproxima e fala comigo enquanto enfia outra agulha no meu braço.
-Não vai doer..... (suspiro) Desculpa cara, tive que fazer umas paradas que eu não me senti a vontade fazendo, tive que fingir ser quem eu não sou....mas uma coisa você tem que gravar....- ele fala se aproximando de mim mas com os olhos fixos em um monitor que está ao meu lado que revela número e letras aparentemente aleatórios. -.....Não confie em ninguém, nem na sua própria mente...
Ele aplica um líquido transparente na minha veia causando uma sensação de ardor, mas que dura por um breve momento, ele sai e quase que no mesmo instante eu sinto meus pés formigar e minha cabeça ficar zonza por um instante.
Não conhecia muito bem o Samuel apenas vi ele no recreio algumas vezes e conversei um pouco, mas algo nele me dava uma sensação de confiança então não fiquei apreensivo quando ele aplicou aquilo em mim.
Meu pai se aproxima. Ele não fala comigo apenas da um sorriso amarelo enquanto verifica meu pulso e logo em seguida sai.
"Então quer dizer que eles sabiam?
Mas cadê Lia? Ela também sabia?"
Vejo as pessoas saindo da sala que estamos por uma porta no canto direito da sala. Sinto meus braços começando a aceitar a obedecer as ordens do meu cérebro...levanto o braço esquerdo e tento levando o outro...consigo.
Sento e olho para os lados e vejo Kate se levantando e fazendo o mesmo, ela se levanta da mesa e vem até mim e me dá um abraço forte fazendo meu ar sair por um tempo. Retribuo abraço. Ela se afasta de mim e olha nos meus olhos, seus olhos castanhos encontraram os meus cinzas....ela está com medo mas não quer admitir, ela quer chorar mas ao mesmo tempo não quer, ela quer falar algo mas não fala.....ela não faz muitas coisas que deveria fazer....
Lágrimas começam a brotar em seus olhos....
-Eu não quero estar aqui....meus pais....meus pais fazem parte disso! - ela fala segurando as lágrimas,a minha vontade foi de agarrar ela e ficar ali com ela, fazendo ela se sentir bem, apenas ficar ali sem preocupações....mas isso não era possível. -Eu só queria saber o que está acontecendo!
Eu olho nos seus olhos que demonstram tristeza, meu corpo treme. Estou vidrado nela.
"Eu gosto dela....!"
"Eu...gosto dela?"
Nessa hora lembro das palavras de Samuel "não confie na sua própria mente"
Os meus braços puxam Kate para perto de mim fazendo ela erguer os olhos, já marejados, aos meus, que permanecem firmes, ela olha para minha boca e automaticamente eu vou na direção dela dando um beijo que eu mesmo não esperava, ela leva uma das mãos até minha nuca como se estivesse me permitindo continuar, seguro na sua cintura e damos um daqueles beijos devagar mas que não queremos parar, reparo em cada momento, cada cheiro, cada sensação. Alguém atrás de nós dá um pigarro de ironía e pela tonalidade da voz foi a ruiva.
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A Brincadeira
ActionKatherine Malcon, uma menina de 16 anos, vivia sua vida normal até um dia ela ser escolhida, mas escolhida pra que? Para A Brincadeira. Será que ela conseguirá passar na Brincadeira? Ou confiará de mais em pessoas aparentemente confiáveis? Kate ter...