Logo após a sirene tocar a voz da mulher surge.
-Sigam para onde o sol se encontra.Sigam para onde o sol se encontra.Sigam para onde o sol se encontra...... -a voz repetia e repetia a mesma frase com a voz monótona, como se fosse uma gravação, talvez seja...
Levanto do chão me apoiando nos cotovelos para não ferir ainda mais as mãos.
O Juan segue logo a trás de mim e Gabriel, que está levando as "armas" que no caso são meu arco e flecha, o facão (que eu acho que era da menina loira) e três lanças que ele fez, enquanto eu levo as bolsas penduradas nos ombros.-é....Você poderia me devolver o facão? - Juan fala com Gabriel se referindo ao facão na sua mão.
-Você perdeu ele cara, arranja outra arma, e aliás.....tu vai continuar no nosso pé? Ou vai se mandar? - Gabriel fala olhando para o caminho a sua frente enquanto caminha.
-Estamos indo pro mesmo lugar, não tem pra onde eu ir que não seja aonde vocês estejam.
-Ok que seja. - Gabriel fala como se estivesse com ciúmes, mas ciúmes de que?
Caminhamos em silêncio apenas com o som de pássaros, passos e estômagos roncando de fome. Chegamos no lugar de onde partimos e aonde o sol se encontra, exatamente, na divisão das selvas. Ao longe vejo uma garota ruiva franzina, com uma trança que vai até pouco acima da cintura segurando uma espada daquelas chinesa andando em nossa direção para se juntar a nós.
"Não lembro de nenhuma espada na mesa! Mas também quando eu fui na mesa, já tinham pego quase tudo lá!"
"Apenas ela que sobreviveu da outra selva!? Foi brabo o bagulho lá ein!"
Meus pensamentos são interrompidos pela voz novamente.
-Se dirijam para seus lugares de partida. - Agora a voz fala apenas uma vez mas com a mesma voz de GPS que antes.
Me posiciono em cima de um círculo no qual eu estava antes de tudo isso começar, olho para o lado e vejo círculos e mais círculos vazios, muita gente morreu aqui, sem nem saber por que, assim como eu não sei o motivo de eu estar aqui.
-Iniciaremos a parte B da simulação Júnior. - um homem fala e de imediato um cara surge atrás de mim me puxando pelo braço, novamente, me levando para uma porta a mesma na qual eu saí, olho e vejo portas ao lado da minha, todas exatamente iguais a não ser pelos nomes escritos nelas, na minha dizia:
Katherine Malcon . Tope A júnior.
As portas ao lado diziam nomes diferentes, mas todos "tope A júnior" o que significa isso?
Entro pela porta e volto ao quarto em que eu entrei quando cheguei, agora a cama tinha um cobertor branco dobrado em cima do travesseiro que também não tinha antes, a cama está, agora, encostada na parede, ao lado uma mesinha de metal com duas garrafinhas de água e um sanduíche em um prato de plástico, não pensei duas vezes e gui em direção da mesinha,meu estômago gritava pelo sanduíche, como até o último pedaço.
Vou em direção a cama enquando bebo a água que estava ali, podia ter algum veneno ou tipo de boa noite Cinderela, mas nem tava ligando mais, eu só queria minha casa de volta, meus pais de volta, minha vida de volta.
Deito na cama e observo o quarto branco em que estou, encosto as costas na parede e fico olhando, vejo a cômoda pequena do outro lado do quarto, que não é tão grande assim, a cómoda se encontra do lado da porta que do ao banheiro, tem uma toalha preta dobrada em cima da cômoda.
-Olá. Katherine. Roupa. Na. Cômoda .Comida .Em . Quatro. Em. Quatro. Horas...- a voz da mulher do GPS começa a falar exatamente como se estivesse falando a próxima rua que eu devo virar. -.....Se. Arrume . Para. A. Fase B.
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A Brincadeira
ActionKatherine Malcon, uma menina de 16 anos, vivia sua vida normal até um dia ela ser escolhida, mas escolhida pra que? Para A Brincadeira. Será que ela conseguirá passar na Brincadeira? Ou confiará de mais em pessoas aparentemente confiáveis? Kate ter...