Não me subestime

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Após aquela conversa levemente mentirosa, a mãe de Clary passou a substituir a expressão furiosa pela expressão orgulhosa e feliz. Aquela conversa tinha de ter um lado bom, por mais pequeno que fosse, Ela pensou.

Clary foi até a cozinha. O armário estava aberto, ela pegou um copo de vidro, e o fechou. Abriu a geladeira e pegou uma garrafa de plástico, apesar de estar na geladeira, a água estava morna, provavelmente a colocaram ali a pouco tempo. Ela serviu no copo e tomou um gole grande, seu celular tocou.

Tinha esquecido que ainda estava com a bolsa pendurada, nem sentia seu leve peso. Clary pegou seu celular, e ora, ora! Número privado.

- Alô, Clarissa.- A voz perturbadora é a mesma de mais cedo

- Quem é você?- ela pergunta

- Alguém que quer te mostrar a verdade por trás da mentira.- A voz era assustadoramente tranquila

Ela sentiu um arrepio na espinha, estava ficando levemente assustada.

- Parece que a fama de mentirosa passou de mãe para filha, não é?

Apreensiva. Ela estava sentindo-se apreensiva.

- Como assim?- Clary Pergunta- Por que está me ligando? Cara, isso é chato. Vou chamar a polícia.

- Não aconselho você a isso.- Aconselha a voz - Não seja medrosa, você vai saber se virar sem a ajuda da polícia... Ou eu não acreditaria que você foi criada pela Josie.

- Josie?- Ela Pergunta, confusa - Você quis dizer Jocelyn?

- Fico feliz em ninguém te-lá chamado assim.- Diz a voz - Em ninguém ter descoberto meu apelido carinhoso para Jocelyn.

- Isso já está ficando chato.- Ela disse, irritada

- Aposto que vai ficar legal se você colaborar.- Diz a voz

Clary engole em seco.

- Vou desligar.- Disse Clary

- Se você fizer isso, acredite, vai custar vidas.- Diz ele, em tom sarcástico

- Ãhã... Por que não vai se ferrar?- Clary estava com a paciência esgotada.

- Tenha cuidado mocinha.- Aconselha a voz - Não me subestime.

- Foda-se você!- Clary desligou. Respirou fundo, assustada, então refletiu sobre a última ligação.

Uma parte de Clary estava insegura com a ameaça, outra parte queria que aquilo tudo explodisse.

- Sua mãe está querendo ir embora.- Diz Izzy, encostada na grande porta da cozinha.

- Tudo bem.- Disse clary - Já vou.

Ela entra na cozinha, e vai em direção da Clary.

- Desculpa por inventar aquilo.- Izzy estava calma - Pensei que iria ajudar.

- Na realidade, ajudou sim.- Afirmou Clary

Isabelle lançou um olhar surpreso a Clary.

- Sério?- Ela Pergunta - Fico feliz. Pensei que tinha ganhado um sermão da sua mãe... Aliás, o que conversaram? Percebi que ela saiu um pouco alegre de mais da casa.- Observa Isabelle

- Ah, enfim.- Diz Clary, desesperada para mudar de assunto - E vocês e Raphael?

- Ainda quero testa-lo muito.- Izzy sorriu malignamente - Você sabe, para eu ter certeza que ele não quer só, ah, hum... Sexo?

- Ah, tudo bem. Me poupe.- Diz Clary rindo, guardando seu celular na bolsa

Isabelle sorri.

- Você é tão ingênua.- Diz Izzy, sorrindo

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