Do escrito

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Mariá tem quinze anos, mas seu rosto contradiz. Tão menina, tão pequena, diriam que acaba de chegar aos doze.
Mariá tem borboletas no cabelo, daqueles grampos que não mais se vê por aí. Com toda graça os coloca, um por um, cada vez que sai de seu quarto para a dureza da cidade.
Ora, ora, por que tratar tal jovem com tamanhas apresentações? Estamos num mundo onde nomes pouco importam, e este conto carrega o nome de Mariá em seu título. Também andamos dispensando apresentações, mas mostramos Mariá como se especial fosse.
Anuncio que ela será especial neste escrito: através dos olhos de Mariá conceberemos uma outra realidade, de um outro país — este bem distante de nossas terras, a propósito. Como localizá-lo geograficamente não sei, posto que seu minúsculo território não aparece nos mapas e nada entendo de latitudes e longitudes. Suas fronteiras também pouco interessam: o país é de uma autossuficiência tal que nada importa ou exporta. De qualquer maneira, não acredito que qualquer aventureiro mostraria interesse em viajar para lá. O recorte que trarei aqui é o que há de mais interessante em anos de história.

MariáOnde histórias criam vida. Descubra agora