Capítulo Nove : Invasão

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– Tem certeza que é aqui? – Perguntou Zune para Laguna enquanto olhava para uma pequena casa na parte mais afastada da cidade.

– Pela informação que consegui do Santo é aqui mesmo. – Respondeu Laguna, confirmando o endereço que estava marcado no pedaço de papel. – Parece que essa casa não é o que parece.

– O Quão confiável é a informação?

– 100% confiável, o Santo é o maior informante da cidade, mentir não é algo que ele faça.

– Se você diz. –Zune observava a casa. Ela era pequena, somente um andar e precisava de uma pintura, a cor amarela da casa estava cheia de manchas pretas e a grama que havia no quintal chegava até a cintura de Zune, as janelas estavam quebradas e algumas abertas, não se via nenhuma luz acessa. Com certeza não era o que ele esperava. – Entramos pela janela?

– Exato. – Laguna se aproximou da janela e diminuiu um pouco sua imagem com uma troca, mesmo estando de noite era melhor prevenir do que remediar. – Parece que estão todos dormindo, ou a casa está vazia. ­– Ela entrou na casa. Zune foi logo atrás.

O cômodo estava em um breu total, a única luz que se via vinha da janela que eles usaram para entrar. O cômodo, que parecia ser uma sala, estava vazio, nenhum móvel, quadro ou qualquer coisa que provasse que alguém morava ali. – Essa casa parece vazia a anos. Veja se consegue encontrar uma escada, deve ter um porão por aqui.

Zune começou a vasculhar a casa, mas antes diminuiu seu som. Se realmente existia um porão, era possível que alguém estivesse nele e a última coisa que Zune queria era que os moradores da casa soubessem que havia alguém ali. Laguna, vendo o que Zune tinha feito também diminuiu seu som.

Eles continuaram a procurar uma passagem para o porão, até que Zune viu algo parecido com um alçapão no canto do cômodo, mas sem acenderem as luzes era difícil de ter certeza. – Tem algo aqui!

Ela se aproximou e encarou o desnível no chão por um segundo. – Ótimo trabalho! Parece que achamos nossa passagem para baixo. –Zune não conseguia ver seu rosto, mas ele tinha certeza que ela não havia mudado de expressão enquanto dizia aquilo. Quando Laguna trabalhava sua única expressão era a de seriedade. "Melhor assim. Expressar sentimentos pode ser perigoso quando se está invadindo."

Laguna abriu o alçapão e começou a descer lentamente, só por que a casa parecia vazia não queria dizer que ela estava. – Se prepare para uma luta.

– Eu sempre estou preparado para uma luta. – Ele colou as mãos sobre as duas facas que ficavam presas no cinto, se alguém tentasse encostar nele sairia de lá sem alguns dedos.

Quando eles chegaram no final da escada o ambiente havia sofrido uma mudança brusca, as paredes eram brancas e impecáveis e mais a frente era possível ver luzes e ouvir sons e vozes. Eles se aproximaram lentamente do fim do corredor. Desativaram a troca e ativaram outra, diminuindo a imagem.

O local que eles viram a seguir só poderia ser descrito como uma mansão ou um palácio. Os corredores possuíam lustres, tapetes que percorriam toda sua extensão, iluminação que deixava o ambiente livre de qualquer sombra e de tempos em tempos era possível ver empregados passando de um lado para o outro. "Pelo equilíbrio! Que lugar é esse?" Se a casa acima não era o que ele esperava a mansão abaixo era algo que nem passou por sua imaginação.

– Viu? Se existe um lugar onde ele pode estar sendo mantido, esse lugar é aqui! As informações do Santo são sempre certeiras!

– Então o que estamos esperando? Vamos atrás desse... como é o nome?

Dunas Real e a pedra do equilíbrioOnde histórias criam vida. Descubra agora