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Verifiquem se leram o capítulo anterior visto que o número de votos diminuiu um pouco não sei se todas receberam 

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— Bom, agora que tenho a certeza de que estamos bem, eu deveria mesmo retirar-me para que vocês possam ficar a sós. — A Alexandra começou por dizer, afastando-se de nós. — Espero que se divirtam e que tudo corra pelo melhor.

— Irá correr. — O James disse de imediato. Afastou-se também para poder abraçar a Alex e despedir-se dela, sussurrando-lhe qualquer coisa ao ouvido. 

   Fiquei a observá-los atentamente, sentindo-me um pouco de parte enquanto eles sussurravam entre si sobre sabe Deus o quê. Senti o meu telemóvel vibrar no bolso do meu vestido e atendi a chamada. 

— Estou sim? — Comecei por dizer, esperando que a pessoa do outro lado da linha começasse por falar.

— Giovana? É a mãe.

— Sim, mãe? — Contei até dez antes de lhe responder, tentando não descarregar nela toda a frustração que eu tinha acumulada em mim devido ao que tinha acontecido.

— Querida, eu sei que estás chateada connosco mas não podes ignorar-nos para todo sempre...

— Estava mesmo a pensar nisso.

— Giovana... Desculpa-nos. Nós gostaríamos que tu viesses a Turim para estares com a família neste momento difícil para todos. — Ela começou por sugerir.

— Eu não sei se posso, mãe. Sabes que me dedico muito à faculdade e estar a perder um fim-de-semana de estudo para ir a Turim não me parece uma escolha acertada. 

— De qualquer das formas, Giovana, o funeral é no próximo fim-de-semana e não neste. Por isso, podes aproveitar para organizar a tua vida académica... Nós temos tantas saudades tuas, filha, a sério. Já nem pareces a mesma, estás sempre tão distante... Nem passaste as férias da Páscoa connosco.

  — Está bem, mãe, eu depois vejo isso. — Suspirei. — Beijo, depois falamos.

— Beijo, Gi. — Despediu-se e desligou a chamada. 

   Suspirei novamente. Eu tinha combinado com o James que veria o seu jogo na semana seguinte e agora teria que o desmarcar novamente. Não queria deixá-lo triste ou chateado, por isso, muito provavelmente, eu escolheria ver o jogo dele em vez de ir a Itália, embora isso pareça totalmente estúpido e irracional. O James era a definição de onde eu queria estar e eu não me imagino a voltar a casa com o pretexto de ir a um funeral. 

  De qualquer das formas, eu teria mesmo que ponderar bem em relação a isso. Por um lado, tinha a certeza que o James não ficaria chateado comigo sabendo o motivo que me fazia faltar ao seu jogo mas por outro, eu já me tinha baldado ao jogo que ocorreria nesta semana. 

  — Ei, está tudo bem? — Proferiu, caminhando até mim. Colocou as suas mãos na minha cintura e ficou a observar-me atentamente. Assenti e esbocei um pequeno sorriso, tentando tranquilizá-lo. — Já te disse que estás especialmente bonita hoje?

— Hoje não estou vestida para um domingo à tarde em casa dos pais. — Brinquei, fazendo com que ele soltasse uma gargalhada. — Estás a rir-te do quê? É um vestido maravilhoso!

— Quase tão maravilhoso como a pessoa maravilhosamente maravilhosa que o veste? — Brincou também, acariciando o meu rosto com o seu polegar. — Acredito que sim.

— Porquê que eu não te conheci antes? — Suspirei, abanando negativamente a cabeça. — Tudo teria sido tão mais fácil se eu te tivesse conhecido antes.

LIAR || James Rodriguez ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora