capítulo 12

32 4 11
                                    

Depois de ter sido apresentada a quase todos os convidados, chega o momento em que Lexi, faz um agradecimento.
- Boa a noite a todos.-ela faz uma cara bem séria.- Quero agradecer a presença de cada um de vocês.- do nada ela solta uma gargalhada e todos começam a rir juntos.- Ai gente quanta tenção, nem parece eu. Bom, muito obrigada mesmo por estarem aqui comemorando meu aniversário.- ela faz coração com as mãos.- Hoje estou muitoooo feliz. Quero ver todos vocês aqui festejando muitoooo no meu casamento que já está marcado.-Lexi da pulinhos de alegria, isso me faz ir. Matte chega ao lado de Lexi, e pega o microfone de sua mão.
- Quero aproveitar esse momento para te dizer algo Lexi. - diz Matte. Lexi faz uma cara de boba apaixonada.- Eu te amo. Você é a mulher ideal para mim.- ele lhe entrega uma pequena caixinha. Lexi a abre e tira de dentro uma chave. - Esse é a chave da nossa casa.
- Ah Matte, assim você vai me fazer chorar.- ela diz já enxugando as lágrimas que escorrem em seu rosto.-Eu te amo tanto.- eles se beijam e todos aplaudem.
Nossa! Isso foi tão romântico. Fico perdida em pensamentos.
- Oque você está pensando?-Stefan me vira de frente pra ele.
-Em nada.- balanço a cabeça. Ele olha bem dentro dos meus olhos e repuxa o canto da boca. Em seguida me dá um beijo com gosto de Stefan misturado com whisky. Isso me deixa um pouco excitada.
Começa a tocar uma música e todos começam a dançar. Enclino a cabeça para cima para ver melhor o rosto do Stefan. Franzo a testa e jogo a cabeça de lado.
-Oque foi?-ele pergunta.
-Você não vai me chamar pra dançar?
- Não.-diz. Quem não o conhece , diria que ele está sendo arrogante comigo,mas, não. Nesta duas semanas que estamos juntos descobri que esse é o geito dele , sempre sério, com o olhar observador e penetrante. Isso foi uma das coisas que me encantou nele.
-Por que não? -faço biquinho.
- Eu não curto muito dançar.-diz.
Faço cara emplorando " Por favor dance comigo. Só uma música "
- Já disse que não.- ele me fuzila com os olhos.- E se você continuar com esse biquinho vou lhe dar umas palmadas.
Palmadas??? Oque ele quis dizer com " Me dá umas palmadas"? Seja lá oque for, só sei que me deixou bem excitada.
-Olá pombinhos.-Peter se aproxima de nós. - Você quer dançar comigo?.- Peter me estende a mão. Olho para ele e em seguida para o Stefan, será que devo ir?.
- Sem gracinha.- diz Stefan dando um leve sorriso, me entregando para seu irmão.
Peter me conduz para o meio da multidão. Ele segura bem minha cintura e me aproxima do seu peito.
- Você dança bem.-ele sussurra em meu ouvido de modo que sinto seus lábios se moverem. Me encomodo pelo geito que Peter, está agindo comigo. Tento me afastar um pouco dele.- Ei , calma. Não estou dando em cima de você.- diz sem parar nossa dança.
- Mas está agindo como se estivesse.- digo.
- Eu não sou deste de roubar namorada, ainda mais do meu irmão. É que eu gosto de irrita -lo às vezes. -ele semicerra os olhos para mim e eu acabo rindo.
- É por que exatamente você gosta de irrita-lo?-pergunto.
- É que o Stefan está sempre na dele. Ele deveria curti mais a vida.
- Ele curti Peter,mas, do geito dele. E você tem que respeitar isso.- digo em meio ao um sorriso. Ergo uma sobrancelha.
- E está defendendo ele de novo!- ele me gira, e me puxa para seu peito novamente. Confesso que estou me divertindo com ele. - Sabe, meu irmão nunca foi tão certinho do geito que parece.- "Sério? " neste mesmo momento olho para Stefan, que está conversando com Matte.- Na adolescência Stefan, vivia arrumando confusão.-estou gostando de descobrir um pouco mas do Stefan.- Nossos pais obrigou a ele a terminar ensino médio, depois disso ele nem quis saber mais de estudar.- fico surpresa.- Mas com o tempo ele foi mudando e então, fomos pra faculdade juntos. - Peter, parece lembrar algo quando sorrir.- De vez enguanto tínhamos umas noitadas bem alegres, sabe?
- Não. Não sei. - sei que ele se refere a mulheres. Não gosto de imaginar Stefan, com outra. Isso acaba me deixando com ciúmes.
- Me desculpe. Eu não queria te chatear. - acho que ele notou algo em meu tom de voz.- Meu irmão gosta mesmo de você.- diz.
- E como você tem tanta certeza disso?-pergunto.
Peter deixa as brincadeiras de lado, olha bem dentro dos meus olhos e diz:
- Stefan, nunca quis um relacionamento sério. Nunca ouvi meu irmão falar de uma mulher como ele fala de você. - olho novamente para o Stefan. Nossos olhares se cruzam. Acho que sem perceber acabo dando um sorriso apaixonada pois ele me devolve o meu sorriso predileto. Volto minha atenção para Peter.
- Todas as vezes que a nossa mãe falava que estava na hora de ele arrumar alguém, Stefan, dissia com sarcasmos que seria difícil uma mulher conguista-ló.- Peter me gira novamente.- Parabéns Elizabeth, você conseguio roubar o coração do meu irmãozinho. -ouvir isso me deixa feliz.
A música continua. Peter parece mesmo gostar de dançar.
- Queria te perguntar algo.-digo. -Oque é um chame purpurinado?
Peter, me olha com uma cara de espanto e diz:
- Se eu te contar meu irmão me mata.
-Ele não vai saber que me contou.- insisto.
Peter fica em silêncio. Penso que ignorou meu pedido, porém alguns segundos depois ele me responde.
- Uma vez estávamos numa festa da faculdade...-ele olha para o lado observando se tem alguém ouvindo.- E o Stefan estava muito bêbado, então seus amigos e eu fizemos uma pegadinha com ele- Peter abre um sorriso, em meio a lembrança - Então eu fui a uma loja, e comprei purpurina. É nós meio que... jogamos o pote todo na cabeça dele .
-Oque?- começo a rir sem parar.
- Calma, a parte engraçada da historia, foi que enfeitamos ele, pensarmos que assim nenhuma garota iria ficar interessada nele, porém aconteceu exatamente o contrário, as meninas ficaram mais gamadas ainda. Desde então, venho falando que ele tem algo porpurinado pra chamar a atenção das garotas.- Peter rir tentando conter as gargalhadas.- Tiramos várias fotos, no outro dia ele ficou super furioso.

Essa história foi bem engraçada.
Olho por sobre a cabeça da multidão e vejo Lexi, movimentando as mãos sem parar, falando com Stefan. Ela parece está irritada. Stefan passa as mãos no cabelo, é oque ele faz quando está furioso. Ele olha em direção a entrada. Acompanho seu olhar e vejo Mayume. Ela dá um sorriso sedutor para ele. Oque ela está fazendo aqui? Hoje vou conseguir as respostas para todas minha perguntas.
Mayume, começa a andar em direção a ele, vejo Stefan cochichar algo no ouvido de Lexi e em seguida vai andando em direção a Mayume. Ele puxa ela pelo braço e anda em direção a saída.
Depois de parecer uma eternidade dançando, a música termina.
- Tenho que ir agora Peter.- digo. Saio apressada.
-Tá bom. - ouço ele dizer ao longe. Acho que ele me achou estranha agora.
Chego perto de Lexi. Tento tirar alguma informação dela sem fazer muitas perguntas.
-Lexi . - forço um sorriso.- Vi Mayume chegar.
Lexi me olha confusa, não entendo o motivo.
- Stefan, havia dito que não tinha te falado.- ela ergue uma sobrancelha.
- É... É lógico que ele me disse.- disfarço.- Como não dizer, ela vem procurando ele à dias. - espero que fui convincente.
Lexi me olha por um momento e depois começa a  tagarelar sem parar.
- Essa Mayume me irrita, além de invadir o apartamento do Stefan, ontem a noite, ela ainda tem que aparecer de penetra na minha festa.
Oque? Como assim ela envadiu o apartamento do Stefan? ??? Agora tudo faz sentido do por que ele chegou atrasado e irritado em minha casa. Tenho que descobri mais dessa tal de Mayume.
- Realmente ela é bem insuportável.- digo.
- Ela é muito mais que isso.- diz Lexi,fechando olhos.Parece contar até três para se controlar.- Além de ser uma vadia, ela parece ser um carrapato na vida de meu primo.

Não respondo. Acho que agora sei quem é Mayume,  a tal ex -namorada de quem ele havia falado. Só não entendo o porque que ele havia mentido sobre ela para mim. Mas agora quero ouvir tudo isso da boca dele, quero explicações.
Falo para Lexi que vou ao banheiro, e ela concorda. Enquanto  caminho para o banheiro,  percebo que Lexi  me acompanha com o olhar, pelo visto Stefan mandou ela me vigiar. No meio do caminho um convidado começa a  conversar com Lexi fazendo ela desviar o olhar, é  minha chance. Desvio do caminho que estava fazendo e vou para a saída.
Saio pela porta, e sinto a brisa fria bater em mim, passo as mãos pelos braços com forma de me aquecer.
Olho para a rua buscando Stefan ou Mayume, como não  os vejos decido caminhar até a esquina para procura-los . Dou alguns passos e ouço a voz fina de Mayume:
-  Aquela ridícula de vestido beje é  o seu novo brinquedinho?
Ouço a voz firme de Stefan:
- Você não pode ficar aparecendo assim. O que eu diria para Elizabeth se ela te visse comigo?

Não estou entendo nada, começo sentir meus olhos arderem, e decido me aproximar mais entrando mais ainda no beco.
Quando olho para o beco, a cena que vejo me deixa em choque. Meus pensamentos ficam confusos, e apenas  deixo que as lágrimas rolem por meu rosto.
Mayume está com os braços ao redor do pescoço de Stefan e olha para seus olhos dizendo:

- Estou sentindo muitas saudades.

Mas não  foi isso que me deixou em choque, mas sim o fato de Stefan não  estar afastando ela de si.

Minha cabeça começa a doer. Me viro e tento sair em passos largos, porém antes de chegar a rua, esbarro em uma lixeira, a derrubando e atraindo a atenção dos dois para mim. Os olhos de Stefan expressam pânico ao me ver ali, e ele afasta Mayume de si enquanto volta seu olhar para mim tentando se explicar, mas não  espero por isso, saio disparada a um táxi  do outro lado da rua, entro  nele e falo o endereço para o taxista. Enquanto vou pelo caminho deixo as lágrimas caírem.
Estou indo para o único lugar que me faz bem quando o mundo estão caindo sobre minha cabeça.

Podia ser real...Onde histórias criam vida. Descubra agora