Doze

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Depois da pergunta de Eduard, eu percebi que não deveria ter falado besteira.
-Ah...Não, não é nada.
Ele me olhou desconfiado, me encarou por alguns minutos e finalmente disse:
-Não vou forçar você a dizer nada, não vou mesmo. Mas acho que você deveria ficar calma, apenas isso. Eu não sei o que tá rolando, não sei o que aconteceu e não sei de nada sobre sua família, mas você precisa pensar no que fala.
Eu o olhei fixamente, e ao olhar para o lado, eu vi Felipe. Era só o que me faltava!
-Eduard, pode por favor me deixar sozinha com o Felipe?
Eduard lançou um olhar de ciúmes para mim. Não sei se era ciúmes, mas pelo seu olhar fatal era.
-Ah, é claro...Volto daqui a alguns minutos.
-Obrigada.
Quando Eduard saiu, Felipe entrou. Ele me olhou com o mesmo olhar de sempre. Preciso ser honesta, tudo que eu precisava era de um abraço dele. Eu precisava sentir aquele perfume maravilhoso que ele usava, e sempre que o abraçava, eu ficava extremamente apaixonada por Felipe.
Outra parte de mim dizia para eu não o fazer, dizia para eu apenas o criticar e ser rude com ele.
Ele ficou um tempo me olhando, até que por fim, ele disse;
-Anna, eu sinto muito. Isso deve ser engano, lembra que...
-Cala a boca! Quer um conselho? Pede demissão o quanto antes. Essa empresa vai cair, e você vai preso junto com o corrupto do meu pai.
-Anna, não começa. O seu pai jamais faria isso, é a empresa da sua mãe!
-Empresa da minha mãe?! Meu pai roubou tudo, desviou dinheiro e cobrava taxas extras para transferir pra conta própria dele! Saia dessa empresa, ou então você vai tirar uma foto linda, segurando sua plaquinha de presidiário, seu imbecil!
Felipe abriu um sorriso. Mas que droga! Aquele maldito sorriso!
-Você quer que eu me afaste ou você se preocupa comigo?
-Felipe, meu recado já está dado. Agora, por favor, sai daqui.
Ele hesitou.
-Sai daqui!
Ele não disse nada, apenas saiu.
Assim que eu ia sair, entrou Eduard, Meggie, Felipe e o Dr.Alberto.
Eduard estava chorando e Meggie o abraçava forte.
-O-o que...O que aconteceu ?
Meggie veio me abraçar rapidamente e chorou.
Eu a empurrei e com lágrimas nos olhos falei:
-O que está acontecendo ?!
-Anna, querida, calma, está bem? Sente-se em sua cama e vou lhe explicar tudo. Só fique calma, por favor. -Falou o Dr.Alberto tranquilamente.
Eduard me sentou na cama sentou-se ao meu lado e apertou minha mão.
-Anna, vou tentar ser breve. -Ele sempre dizia isso, mas nunca era.-Você está doente. Seus exames de sangue na verdade deram errado.
Eu paralisei. Apertei a mão de Eduard tão forte que ele gemeu de dor.
-Co-como assim? Eu não...
-Calma, por favor. O pessoal do laboratório fez uma troca de exames, sem querer. Tinha duas Annas, e eles esquecerem de distinguir qual é qual. Anna, você não poderá doar um rim para a senhora Ândrya.
Não senti nada. Apenas uma dor intensa forte no peito esquerdo.
Depois de alguns segundos, eu já não vi mais nada, além de mamãe e Tom.

Final da primeira parte, do primeiro livro.

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⏰ Última atualização: Jun 03, 2017 ⏰

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