Capitulo 4

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Ruídos vindos da cozinha me despertaram, meu olhos arderam quando os abri, a claridade do sol incomodou minhas pupilas e me xinguei mentalmente por não ter previsto isso. Com muita dificuldade consegui me colocar sentada, então cocei os olhos e enxerguei Annabeth de pé na pia da cozinha, preparando algum tipo de sanduíche, que pelo cheiro eu desconfiei ser presunto de peru e queijo. Meu estômago grunhiu em resposta, mas o ignorei. Vou tomar um café para acalma-lo quando eu me sentir realmente acordada.

Annabeth se virou para pegar alguma coisa no balcão e um sorriso de animação desenhou seu rosto quando seus olhos me enxergaram.

- Bom dia flor do dia. Acordou antes do despertador.

Revirei os olhos.

- Impossível não acordar com você fazendo tanto barulho.

Annabeth encolheu os ombros.

- O despertador iria tocar daqui a dez minutos mesmo. 

Bufei e peguei meu celular que estava sobre a mesinha ao lado do sofá, o relógio marcava 07:05 da manhã. Choraminguei por ter tido apenas três horas e meia de sono.

- Como você consegue estar tão animada depois de ter dormido tão pouco? - resmunguei para Annabeth.

Ela me dedicou outro enorme sorriso feliz.

- Muita prática meu bem, além do fato de eu ter tido uma ótima noite.

Claro!

- Minha cabeça está a ponto de explodir.

- Eu já esperava, por isso preparei um maravilhoso café da manhã pra ajudar com a sua ressaca.

Não mesmo!

- Vou comer em casa Anne, tenho que passar em lá pra tirar esse vestido e pegar meu caderno, ainda dá tempo de chegar na segunda aula.

- Que tal você comer aqui e então eu te levo em casa pra trocar de roupa? - falou saindo da cozinha segurando um prato com o sanduíche que eu a vi fazer minutos antes.

Me levantei do sofá ignorando-a. Passei direto por ela para buscar um copo com água.

- Muito obrigada pela sua preocupação Anne querida, mas tudo que eu preciso agora é de um café sem açúcar, um copo com água e uma aspirina. - Annabeth bufou audivelmente, mas não a dei tempo de me contestar. - não sou uma criança Annabeth, posso tomar minhas próprias decisões, e nesse momento tomei a decisão de não comer agora. Acabei de acordar e estou enjoada.

- Você é frustrante sabia? Diz que não é criança mas age como uma.

- E você tem uma séria dificuldade de aceitar não como resposta.

Ela me seguiu, dando uma mordida no sanduíche.

- Só não vou insistir porque já perdemos uma aula, e também porquê eu tenho certeza que o Bryan vai te obrigar a comer. - falou com a boca cheia.

Fiz uma careta ao pensar em lidar com meu irmão tentando me fazer comer. Minha cabeça latejou outra vez.

- Realmente preciso de uma aspirina.

Annabeth suspirou. O sanduíche pela metade dela foi colocado de volta no prato que agora estava sobre o balcão da cozinha.

- Toma seu café, ele já está pronto na cafeteria. Vou trocar de roupa e conseguir sua aspirina, tenho certeza que tem algumas na farmácia do banheiro do Ethan.

Abri meu maior sorriso falso.

- Muito obrigada amiga, vou te esperar ali na sala desfrutando do maravilhoso café preparado pela melhor amiga do mundo.

Como não te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora