Capítulo 7

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- Deixa eu ver se entendi, vocês se beijaram, ele te pediu em namoro e agora vocês são amigos?

Fuzilei minha melhor amiga com o olhar.

- Fala baixo Annabeth. - sentada confortavelmente no sofá da sala olhei para Daniel que estava a menos de 5 metros de nós, concentrado em alguma conversa muito divertida com Ethan. - acho que aquela noite na Fabric foi esquecida.

- Estou esperando você me explicar como é que vocês viraram amigos depois dele ter te pedido em namoro.

- Ele não me pediu em namoro Anne, só disse que estava louco por mim e me pediu uma chance.

- Tecnicamente não é a mesma coisa?

- Não. E eu não vou mais discutir esse assunto com você, já disse que não estou preparada pra me envolver com ninguém no momento, não quero me apegar, correr o risco da loucura de Daniel por mim passar e eu acabar na merda quando ele perceber que tudo que posso dar a ele são problemas.

- Então o problema é sua baixa autoestima e sua covardia. Entendi, mas estou com vontade de te bater por isso.

Fingi que estava tirando alguma sujeira debaixo das minhas unhas para demonstrar minha indiferença a ameaça dela. Eu sei que Annabeth estava blefando.

- Pode me bater se quiser, mas isso não vai me fazer mudar de ideia, eu sei o que estou fazendo. - pelo menos eu acho que sei.

- Você é a pessoa mais complicada que eu conheço Allanah.

- E você a mais intrometida.

Um copo de vidro foi colocado diante dos meus olhos.

- Experimenta.

Peguei o copo que continha um líquido transparente com limões da mão de Ethan.

Analisei o conteúdo com curiosidade antes de dar o primeiro gole. Apesar do leve queimor na garganta o sabor de limonada com álcool me fez querer esvaziar o copo. Mas Ethan o puxou da minha mão antes de eu ter a oportunidade de o levar a boca novamente.

- Ei, eu ainda não experimentei o suficiente.

Ethan deu de ombros.

- Esse é meu, pede a Daniel se quiser um também, foi ele que fez.

Daniel saiu da cozinha com outro copo cheio nas mãos, sentou ao meu lado no sofá e me entregou.

- Caipirinha. É um drink brasileiro feito com cachaça e limão.

Tomei um pouco da bebida matadora de Daniel.

- Você é médico, cozinha, prepara drinks, o que mais você faz?

Daniel se inclinou sobre o meu ouvido.

- Ficaria surpresa se descobrisse. - sussurrou.

Minhas bochechas adquiriram um tom escarlate que foi difícil de disfarçar. Para minha sorte nesse mesmo momento Bryan desviou a atenção de mim ao entrar na sala acompanhado da minha cunhada e mais duas pessoas que eu não conhecia, mas que deduzi ser Nicoly, a prima americana da Ally e Emerson, o tal amigo que ele falou no telefone.

Depois das apresentações feitas Daniel foi até a cozinha preparar mais algumas dessas bebidas que meu irmão afirmou ser uma das atrações principais nas festas que ele e Daniel participavam na universidade.

Como não te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora