- Deixa eu ver se entendi, vocês se beijaram, ele te pediu em namoro e agora vocês são amigos?
Fuzilei minha melhor amiga com o olhar.
- Fala baixo Annabeth. - sentada confortavelmente no sofá da sala olhei para Daniel que estava a menos de 5 metros de nós, concentrado em alguma conversa muito divertida com Ethan. - acho que aquela noite na Fabric foi esquecida.
- Estou esperando você me explicar como é que vocês viraram amigos depois dele ter te pedido em namoro.
- Ele não me pediu em namoro Anne, só disse que estava louco por mim e me pediu uma chance.
- Tecnicamente não é a mesma coisa?
- Não. E eu não vou mais discutir esse assunto com você, já disse que não estou preparada pra me envolver com ninguém no momento, não quero me apegar, correr o risco da loucura de Daniel por mim passar e eu acabar na merda quando ele perceber que tudo que posso dar a ele são problemas.
- Então o problema é sua baixa autoestima e sua covardia. Entendi, mas estou com vontade de te bater por isso.
Fingi que estava tirando alguma sujeira debaixo das minhas unhas para demonstrar minha indiferença a ameaça dela. Eu sei que Annabeth estava blefando.
- Pode me bater se quiser, mas isso não vai me fazer mudar de ideia, eu sei o que estou fazendo. - pelo menos eu acho que sei.
- Você é a pessoa mais complicada que eu conheço Allanah.
- E você a mais intrometida.
Um copo de vidro foi colocado diante dos meus olhos.
- Experimenta.
Peguei o copo que continha um líquido transparente com limões da mão de Ethan.
Analisei o conteúdo com curiosidade antes de dar o primeiro gole. Apesar do leve queimor na garganta o sabor de limonada com álcool me fez querer esvaziar o copo. Mas Ethan o puxou da minha mão antes de eu ter a oportunidade de o levar a boca novamente.
- Ei, eu ainda não experimentei o suficiente.
Ethan deu de ombros.
- Esse é meu, pede a Daniel se quiser um também, foi ele que fez.
Daniel saiu da cozinha com outro copo cheio nas mãos, sentou ao meu lado no sofá e me entregou.
- Caipirinha. É um drink brasileiro feito com cachaça e limão.
Tomei um pouco da bebida matadora de Daniel.
- Você é médico, cozinha, prepara drinks, o que mais você faz?
Daniel se inclinou sobre o meu ouvido.
- Ficaria surpresa se descobrisse. - sussurrou.
Minhas bochechas adquiriram um tom escarlate que foi difícil de disfarçar. Para minha sorte nesse mesmo momento Bryan desviou a atenção de mim ao entrar na sala acompanhado da minha cunhada e mais duas pessoas que eu não conhecia, mas que deduzi ser Nicoly, a prima americana da Ally e Emerson, o tal amigo que ele falou no telefone.
Depois das apresentações feitas Daniel foi até a cozinha preparar mais algumas dessas bebidas que meu irmão afirmou ser uma das atrações principais nas festas que ele e Daniel participavam na universidade.
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Como não te amar
RomansaAos 21 anos e depois de passar pelo que ela classificava como o "período mais infernal da sua vida", a jovem britânica Allanah Price estava feliz por ter sua "liberdade" de volta. Tendo terminado um namoro de 4 anos e recém saída de uma clínica de r...