Capítulo 11

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Não vou levantar da cama, não quero levantar da cama, não tenho a mínima disposição para levantar da cama, já pode me levar de volta para o insconsciente Morfeu...

- Você veio com a jaqueta.

Olhei para a jaqueta no respaldo da cadeira e dei de ombros.

- Eu gostei dela, e está frio lá fora.

- Você fica sexy vestindo couro.

- Você também, o couro tem esse poder, mas no seu caso é apenas um detalhe, você é sexy, o couro só realça.

Eu disse isso em voz alta?

Ai não, tenho certeza que acabei de inflar o ego dele a níveis absurdos.

- Agradeço o elogio, posso dizer o mesmo de você.

Revirei os olhos observando meu irmão dançar com uma Ally bêbada e feliz na pista de dança quase vazia.

- Porquê estamos tendo uma conversa tão sem sentido como essa? Talvez seja a hora de pararmos de beber.

- Isso não tem nada a ver com a bebida, é a verdade, olha só essas suas botas.

- O que tem elas? - olhei para as botas de cano médio e salto largo nos meus pés e então para ele, sem entender onde ele quer chegar.

- Fico imaginando você sem nenhuma roupa, apenas com as botas, é a visão do paraíso, minha maior fantasia a partir de hoje, mas ainda assim você não precisa delas para ser sexy.

Pelo sorriso safado no rosto do cretino soube que ele não estava brincando, e que alcançou seu objetivo ao me fazer corar, mas eu estava alcoolizada demais para me importar com minhas bochechas vermelhas ou com um sacana gostoso me imaginando nua.

No lugar disso eu ri, e ri de novo pensando que eu também já o imaginei pelado e gostei do que minha imaginação projetou.

- Te desafio a fazer esse comentário na frente de Bryan.

Daniel gargalhou.

- O álcool ainda não conseguiu me deixar burro, mas eu me arrisco a cumprir o desafio se como recompensa você realizar minha fantasia.

- Você não teria coragem. - o olhei espantada, o que o fez gargalhar ainda mais.

- Eu não teria mesmo, eu não faria isso com ele, além de ser algo que você vai fazer de livre e espontânea vontade um dia, Bryan não precisa ficar sabendo.

- Sonha.

- Nem precisa pedir.

- Você é ridículo Daniel, como pretende manter uma amizade comigo me falando essas coisas?

- Estou me aproveitando da ideia que você me deu de jogar a culpa no álcool. - rimos juntos como dois idiotas. - eu tenho uma ideia já que estamos no modo "não me importo com nada" e o Bry sumiu com a Ally.

- Lá vem merda.

- Você já jogou eu nunca?

- Não. É tipo verdade ou consequência?

- Achei que essa brincadeira fosse popular em terras britânicas.

Como não te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora