"Não é apenas a arte que põe encanto e mistério nas coisas mais insignificantes; esse mesmo poder de relacioná-las intimamente conosco é reservado também à dor."
- Marcel Proust
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ROSE
Encarava distraidamente a delicada miniatura de pássaro-trovão que pendia no teto de meu quarto, enquanto a batida de uma das minhas músicas favoritas ecoava nos fones de ouvido. Embalada pelo som, cantarolava baixinho, com a cabeça repousada nos braços.
Docta docta, need you bad
Call me babe
Docta Docta, where you at?
Give me something
I need your love
I need your love
I need your loving
You got that kind of medicine that keeps me comin'
- A porta aberta de novo, Rosie? - Hugo adentrou no quarto, trazendo seu malão – qualquer hora você vai acordar com um canivete enfiado na cabeça!
Tirei os fones, revirando os olhos para meu irmão.
- Cara – funguei – papai e mamãe estão em casa. O pior que pode acontecer é o azarado conseguir alcançar a varanda... e olhe lá.
- AI. Tá bom. Que seja – ele deu de ombros – deixa a Nicki Minaj cantando aí, e me ajuda com a bagagem.
Larguei o celular na cama, indo até a escrivaninha. Cheguei a tempo de impedir que Hugo, trapalhão como de costume, trombasse tragicamente com o ovo vazio de occami que decorava a parte de cima da escrivaninha.
- Cuidado! - ralhei – mamãe me mata se o ovo quebrar!
- Calma, maninha – meu irmão bufou – Scamander pode mandar outro qualquer hora. O cara deve ter uma coleção desses em casa...
- Ainda assim – teimei displicente, começando a ajeitar as coisas de Hugo na maleta – ele foi muito legal quando resolveu aquele problema que tivemos com o crupe da tia Fleur no ano retrasado. O mínimo que ele merece é que eu cuide bem do presente dele... não acha?
Hugo sacudiu a cabeça.
- Você é muito certinha, Rosie – gracejou – e isso não é um elogio.
Baguncei os cabelos dele, fazendo Hugo me empurrar, risonho.
Ficamos algum tempo ajeitando as roupas dele. Porém, percebi que meu irmão parecia anormalmente quieto e pensativo. Vindo de Hugo, um garoto acostumado a dizer o que pensava sem titubear, aquilo ela realmente muito estranho.
- Rose...
Olhei-o, erguendo uma sobrancelha. Hugo aparentava nutrir uma enorme aflição.
- Sim?
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Gênese - A Saga da Rosa (Temporada I)
Fanfiction"Da Terceira, Uma Quarta Sangue que obliviou as Trevas Nascida da intempérie Do Cavalo primeira primícia Em peleja terá enredamento Escravo, Semente e matriarca confrontará Chama segunda do Dragão na nova Esfera Com sangue selar...