"Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz..."
- Machado de Assis
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SCORPIUS
Nos encontramos na noite seguinte, em frente à Torre da Grifinória, pouco antes do toque de recolher. Aproveitamos a movimentação dos últimos estudantes que circulavam no corredor para nos escondermos atrás das tapeçarias na parede, já ocultados pela Capa da Invisibilidade de Alvo.
- Trouxeram tudo? - cochichou Alvo, prendendo a respiração quando um lufano quase esbarrou por pouco em nós.
- Sim – Rose sussurrou – a chave... as anotações. Estou levando a fotografia também.
- Isso vai ser tão arriscado.. - lamentou-se Hugo, acocorado ao lado de Alvo – tanta coisa pode dar errado...
Sorri por baixo da capa, enfiando a mão no bolso.
Havia pensado naquilo enquanto organizava minha bolsa para aquela incursão. Tão simples e genial, que me admirava não ter me utilizado daquela ideia antes.
- Bem... - baixei o tom de voz, quando o último segundanista sumiu quadro adentro, cessando a movimentação do corredor por completo – acho que podemos resolver isso também...
Retirei do bolso o pequeno frasco que meu pai me havia presentado no Natal. Rose saltou o olhar, esboçando um sorriso agradavelmente surpreso.
- Poção da Sorte – ofegou – genial, Scorpius! - curiosamente, sua expressão se anuviou do anda – mas... com tantos outros momentos...?
Sabia o que ela estava tentando dizer. Com tantas oportunidades de fazer uso da Felix Felicis – uma poção trabalhosa e muito rara, quase impossível de se produzir – eu realmente estava disposto a usá-la ali?
Eu já havia considerado uma gama de situações para utilizar a poção. Mas, definitivamente, não tinha dúvidas. A hora era agora.
Se fosse para ajudar Rose, valeria muito a pena.
- Sim – enfatizei – vamos fazer isso.
- Sinto muito estourar a sua bolha, Malfoy – replicou Hugo, erguendo a sobrancelha – mas esse vidrinho não tem poção o bastante para todos nós.
Encarei o frasco, desanimado. Realmente, havia conteúdo o suficiente para apenas três pessoas. Isso se dosássemos cuidadosamente para cada um.
- Espera aí – Rose começou a apalpar os bolsos da capa, reprimindo um guincho vaidoso – ah! Sabia!
Para nosso espanto, ela retirou dali um recipiente ainda menor que o meu. Porém, à luz fraca dos archotes, era visível que se tratava de outro surpreendente frasco de Felix Felicis.
– Mas como...?
- Encontrei perto do pátio – Rose nos contou – algum aluno do sétimo ano deve ter deixado cair. Estranho, não é?
- Uma coincidência? - zombei, segurando o riso – outra... bizarrice? Já devia estar acostumada, Rosie.
Mesmo na penumbra, percebi os olhos dela revirarem.
- Andem logo com isso – o irmão de Rose reclamou – estamos perdendo tempo aqui!
Fechando a cara para ele, Rose desarrolhou as duas poções, segurando-as nas mãos e analisando a quantidade que cada um tomaria.
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Gênese - A Saga da Rosa (Temporada I)
Fanfiction"Da Terceira, Uma Quarta Sangue que obliviou as Trevas Nascida da intempérie Do Cavalo primeira primícia Em peleja terá enredamento Escravo, Semente e matriarca confrontará Chama segunda do Dragão na nova Esfera Com sangue selar...