Entre Becos E Vielas (história gay)

epílogo

Mìdia: Leonardo ostentando em seu quarto

Passam quatro anos, a dois anos Cintia foi embora para São Paulo onde enfim conseguiu coloca seios , bunda e quadril e virou uma das travestis mais conhecidas na Augusta e av. Paulista. Agora guarda dinheiro para viajar para Itália, onde pretende ganhar seus tão sonhados Euros.

Renata passou no ENEM e se formou em enfermagem, trabalha em um hospital público de Fortaleza, hoje é casada com Biel o mesmo que Felipe espancou por bater em Cintia, hoje Biel trabalha como garçom e conseguiram financiar uma casa. Renata nunca revelou a ninguém que Breno é o verdadeiro pai de Maria Vitòria

Breno é evangélico, se casou com Cleia e hoje mora com Ubiratan e Carlos não terminou os estudos, trabalha em uma fábrica de geladeiras, fogões e geláguas em Maracanaú na região metropolitana de Fortaleza.

Robson concluiu sua faculdade de letras, hoje mora no Rio De Janeiro e é casado com Douglas dj das noites cariocas.

Após a morte de Anderson em um tocaia dos próprios comparsas, Bola assume suas bocadas, mesmo havendo regras e mortes Bola com seu carísma conseguiu manter a paz entre as gangues rivais tendo como principal regra não tomar cliente de outra bocadas a não ser que la não tenha sendo confirmado via aplicativo de mensagens, ajudava a comunidade com cestas básicas e as vezes pagava contas de água e luz e até comprava o gás de alguns, também consolava com suporte de advogado e apoio moral as mães dos seus comparsas presos, mesmo sendo bandido e várias vezes agindo como um ( matando e impondo suas condições ) conseguia ser bondoso e generoso.

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Leonardo com o tempo conseguiu se safar do crime de assassinato e discrimanação, primeiro, mudou seu depoimento alegando ser coagido pelos amigos a assumir um crime que não cometeu, diz ter saído do local para denúnciar os amigos mas a força da amizade falou mais alto, depois seu pai contratou mais dois advogados que recorreram sempre das decisões da justiça restando apenas a ele pagamento de multa, e trabalho comunitário, e continuou sua pena em liberdade.

Sr. Luiz era o síndico do condomínio e pai de Leonardo, era rico e influente e sempre envolvido com as polìticas do local, iria concorrer ao senado, hoje deputado federal tinha largas chances de vitòria.

O luxo e a mordomia que os magalhães ostentava, desde os móveis decorados anualmente até os carros na garagem mostravam o dinheiro e poder dessa família e de todos que moravam nesse condomínio de luxo no bairro dunas em Fortaleza.

Leonardo comia pizza com sua noiva Larissa na cozinha, conversavam algo banal eram mais das 22:00 hs. Estavam de abadá, comiam antes de descer na garagem e saírem pra micareta que ocorria anualmente como despedidas das férias de julho em Fortaleza. Esperavam o potreiro que aceitou o restante de pizza oferecido pelo casal.

Toca a sirene ao atender Leonardo dá de cara com Felipe que conseguira aquele emprego atravéz dos classificados e como o síndico queria alguém sem experiência e como Felipe treinava seu poder de pesoadir foi fácil consegui o emprego no condomínio que o único assassino vivo de Tobias morava.

- ah! Você é o novato não é isso? - fala simpático e entregando- lhe alguns pedaços de pizza em um prato - é uma pizza quatro queijo -

- obrigado doutor! - fala, Felipe, pegando a pizza -

- você me lembra uma pessoa - fala Larissa aproximando-se de Felipe - lembra amor do kauan? Aquele gay que conhecemos na nossa última viagem a Bahia -fala larissa com uma voz suave e delicada que mais parecia de uma princesa de desenho animado -

Larissa era bem mais baixa que o alto noivo, porém muito bem cuidada, cabelos loiros, pernas grossas, seios médios e uma pele lisa e bem cuidada, suas condições a tornara bem mais bonita do que naturalmente seria -

- quem? - tenta lembrar, Leonardo

- o gay ppp lembra ?

- ah! Sim claro, muito conciente ele, pena que era gay, mas fazer o que né ninguém é perfeito -

Felipe amendoa os olhos percebendo no preconceito de Leonardo o pivô do assassinato que cometeu -

- você também é ppp? - pergunta Larissa a Felipe -

- pp.. o que ? - fala sem entender franjindo a testa -

- nada, esquece, é porque vocês negros são todos parecidos - fala com um sorriso cortez - qual favela você mora ? - pergunta larissa achando que todo negro mora favela e que favela só mora negro, sendo esse um dos diversos preconceitos que cultivam sem ao menos perceber -

Claramente se notava que junto ao luxo e a educação havia muito preconceito e arrogância naquele apartamento, pessoas ricas em condições mas pobres em espiritos, com certeza a superioridade as classes menos favorecidas e aos negros se tornava evidente, e as regras impostas aos gays para serem aceitos agrava ainda mais a mesquinharia e  daquela família e de todos que eles se atreviam aproximar

- eu moro no centro senhora! - afirmando não morar em favela-

- aaah! No morro do ouro? - refere-se a uma favela no bairro jacarecanga proximo ao centro -

- em um kit net na Duque De Caixas ( principal avenida do centro de Fortaleza ) senhora -

- conheço muito de favela. Não que eu tenha morado em uma, longe disso - fala (desmerecendo esse tipo de localidade ) mas faço faculdade de serviço social.

- bem,. Não ligue pra minha noiva, ela fala demais - fala sorrindo. Sua empatia com os preconceitos da noiva era uma forma de compartilhar com os mesmos - agora o senhor pode ir - fala Leonardo a Felipe -

- tà ok!E obrigado pela pizza doutor!

- nada - fala fechando a porta na cara de Felipe -

Homofobia, racismo e intolerância social em uma conversa que não durou menos dez minutos, mas isso nada importava a Felipe que caminhando até a porta do elevador com um cìnico sorriso canta:

" se essa rua, se essa rua fosse minha, eu mandava eu mandava ladrilhar, com pedrinhas de brilhantes sò pro meu, sò pro meu amor passar "

Termina a cantiga exatamente na hora que o em que Felipe desce pelo elevador de serviço e o estrondoso barulho de um trovão era a confirmação que os planos de Felipe contra sua mais nova vitima ( Leonardo ) estavam funcionando