Capítulo 7

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Garret tinha toda razão quando costumava dizer que sou um grande imã para problemas, e naquele momento, eu confirmava esse fato, com o olhar do detetive Sullivan expressando sua raiva, e eu sabia muito bem que aquilo sim era um problema, um grande problema. O olhar do homem chegou a brilhar, mostrando-me uma faísca de raiva, sua mandíbula estava tensa, e por mais que sua expressão o deixasse intimidante e sombrio, o tornava quente demais, qualquer um podia ver isso, e ele com certeza sabia disso, já que não era apenas meus olhos que estavam atraídos por ele.

Poder emanava do homem, juntamente com domínio e força, e isso parecia atraí centenas de olhares, tanto femininos, quanto masculinos, por onde ele passava.

Tendo todo esse tamanho e essa expressão séria de bárbaro, o homem era uma muralha de músculos gigantes, devia assustar algumas pessoas quando ficava irritado, e só um louco seria capaz de enfrentar-lo.

Por outro lado, a visão do homem irritado, apesar de assustadora, não deixava de parecer ser bem tentadora.

Engoli em seco, o detetive continou me encarando, esperando por minha resposta, tendo as costas contra o balcão do bar.

Sua posição parecia relaxada, já seu olhar e expressão definitivamente não.

Avalei seu visual com uma rápida olhada, ele estava lindo, usando uma calça jeans escura, que preenchia com perfeição suas coxas torneadas, e uma camiseta preta de três botões, os braços musculosos sendo destacados pela manga curta da camiseta.

A camisa se agarrava ao seu peito e ombros largos, e aos bíceps e tríceps protuberantes, com as veias em seus braços e mãos visíveis.

Os cabelos negros, estavam penteados para o lado, os fios lisos perfeitamente alinhados.

— Eu... O que você está fazendo aqui? — Perguntei, após não conseguir formar nenhuma resposta adequada.

— Creio que isso não lhe diz à respeito. — Continuou sério, o tom tão ríspido quanto seu olhar. — Agora você, realmente é uma idiota, você não percebe que isso tudo não é uma brincadeira? Você pode ter uma mira agora mesmo em suas costas merda!

— Huum... — Pestanejo, tomando um gole de minha bebida, terminando ela.

O homem rosnou um chiado.

Dei pouco caso a isso.

— Sabe, eu já vi muitas testemunhas como você, e todas acabaram com os miolos estourados. — Meu olhar aterrorizado voltou para ele. O detetive apenas sorriu, dando de ombros. — É isso que você quer?

— Claro que não!

O homem zombou de minha resposta.

— Não é o que parece.

Inspiro fundo, balançando minha cabeça.

— Porque você se importa tanto? — Lancei, vendo o quanto isso assustou ele.

Seus olhos se desviaram dos meus, correndo até a pista de dança.

Ele demorou a responder.

E quando fez, soou firme.

— É o meu trabalho.

— E o que você quer que eu faça?

— Escute... — A montanha de músculos ao meu lado se volta para mim, concentrando seu olhar no meu, acabo passando minha língua por meus lábios, umedecendo eles. — Onde está sua família? Irmãos? Mãe? Pai? Tios?

Tentei não mostrar o quanto sua pergunta me pegou em cheio, causando-me uma sensação dolorosa.

— Mortos. — Soltei uma lufada de ar, o detetive ergueu uma de suas sobrancelhas grossas, me avaliando.

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