Capítulo 4

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O homem estava tão lindo quanto eu me lembrava, os ombros largos estavam bem detalhados e acolhidos pela camiseta, o olhar perigoso e sensual, transbordando perigo, continuava o mesmo. O cabelo preto estava penteado para o lado, como ontem, e a calça social preta, com um cinto, preenchia suas coxas tonificadas, semelhante as coxas de jogadores profissionais de futebol.

A barba negra rodeava o queixo de uma forma tão sexy e intimidante, ela era bem amparada, e o físico do homem era de deixar qualquer fisioculturista com inveja.

O homem era enorme.

Seu porte me lembrava o do Superman, semelhante ao do ator Henry Cavill, e sem sombra de dúvidas, o do detetive à minha frente era bem mais quente.

Estreitei meu olhar para a estrela pregada precisamente no bolso de sua camiseta, destacando que o homem era um oficial.

Havia uma águia com as asas abertas dentro da estrela, o nome do departamento da policia de New York estava sobre a borda dela, cintilando devido à luz.

Ele sabia muito bem que não precisava disso para intimidar as pessoas, um simples olhar do homem já era capaz o suficiente de fazer isso, sem contar no tamanho dele.

Com certeza os seus quase dois metros de altura e músculos duros como uma parede de concreto, deviam chamar atenção nas ruas.

Puta merda!

O homem era quente como o inferno!

E sem sombra de dúvidas, tão arrogante e presunçoso como o próprio diabo devia ser.

— Senhorita Miller. — Não pude deixar de perceber o sarcasmo e a leve irritação em sua voz ao pronunciar meu sobrenome.

Até a voz do homem era capaz de me causar sensações estranhas, e o pior de tudo é que eu tinha que erguer meu olhar para encarar-lo, já que o homem era uma grande muralha.

Ele tornou a batucar os dedos no balcão.

Não me contive e encarei sua barba, vendo como ela moldava seu queixo quadrado e firme, e por um breve instante de delírio, tive vontade de tocar ela, só para poder sentir aqueles pelinhos contra minha palma.

— Ficou muda? Ou perdeu a língua?

O desgraçado ri convencido.

Quando eu estava prestes a dizer algo, me calei, percebendo que nem ao menos o nome dele eu sabia.

Sem contar no fato que o homem tinha a capacidade de conseguir me deixar sem palavras apenas com o olhar.

Ou talvez eu só estava tão muda assim pelo fato de ver-lo bem na minha frente depois da noite de ontem.

— Creio que isso não seja uma infeliz coincidência, detetive. — Ergui meu queixo, vendo sua mandíbula ficar tensa.

Eu não precisava me esforçar para descobrir como ele me encontrou, já que o detetive Bruce se certificou de perguntar até onde eu trabalhava em meu depoimento.

Ele ri, balançando os ombros largos.

— Talvez não. — Era impressionante a forma como os olhos do homem pareciam intimidantes, mostrando que suas íris escondiam muitas coisas, devido ao tom cinza, levemente sombrio sobre o azul.

Acenei com a cabeça, fingindo dá pouco caso à isso, desviando meu olhar do seu, para o caixa, ouvindo ele murmurar alguma coisa.

Tentei contar até dez mentalmente para não surtar. Um hábito constante meu a cada vez que eu ficava nervosa.

— Deseja algo detetive...?

— Sullivan. — Completa, o tom arrogante e poderoso. — Logan Sullivan.

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