Capítulo 8

2.2K 421 72
                                        

— Eu disse para soltar ela.

O detetive Sullivan ordenou, a voz tranquila, carregada de raiva, ele parecia está se controlando para não estourar.

Algo titubeou dentro de mim.

Aquela sensação de alerta, sabe?

— E se eu não quiser? — Merda! O cara era realmente um idiota por está desafiando o homem à sua frente.

O detetive riu frustado.

Ele olhou atentamente para a mão do bêbado sobre mim, vendo sua fixação.

— Eu vou acabar tendo que quebrar algum membro seu. — A ameaça soou tão fria, e o olhar ainda mais assustador.

O bêbado riu, zombando do homem.

— Vai mesmo cara?

— Quer pagar para ver? Além de te quebrar todo, ainda farei com que te joguem em uma maldita cela seu filho da puta. — O detetive ficava cada vez mais vermelho, dando um paso para a frente.

Engoli em seco.

Coitado do bêbado, estava pisando em território minado e nem sabia.

— Como assim cara? Você é policial por acaso? — O idiota bêbado amedrontou, suavizando o aperto em meu braço, sem soltar.

O detetive riu. Sabe aquelas risadas forçadas? Pois bem, assim a dele soou.

Ele levou uma mão para trás de sua calça, possivelmente para um bolso, trazendo consigo um distintivo.

— Vou lhe dá um minuto para soltar ela, ou talvez você ainda saia daqui com vida. — Fiquei sem fala, quando ele puxou levemente sua camisa para cima, mostrando boa parte de seu abdômen trincado, mas meu olhar se fixou na arma entre sua calça.

A mão que segurava meu braço o soltou, e percebi o quanto o cara se alarmou diante as palavras do detetive e a visão da arma.

— Calma aí, cara.

— Suma da minha frente, porra. — E em um piscar de olhos o bêbado estava sumindo por entre a multidão na pista.

Respirei fundo, suspirando aliviada.

Massagiei meu braço, fazendo uma careta ao sentir meu pulso dolorido.

E quando levei meu olhar para o detetive, me arrependi amargamente disso quando o homem rosnou para mim, guardando seu distintivo no bolso de sua calça.

— Você me surpreende cada vez mais. — Ironizou feroz, agarrando meu braço com brutalidade ao se aproximar de mim, arrastando-me por entre a multidão.

— Para onde diabos...

— Cala a boca caralho! — Rosnou furioso, me assustando, abrindo caminho por entre os corpos suados.

Puta merda!

Meu coração bateu frenético quando o homem apertou meu pulso, e centenas, ou milhares de descargas elétricas percorreram todo meu corpo.

Olhei para trás por cima de meu ombro, tentando avistar Dayse ou Garret, e não avistei nenhum dos dois por entre as pessoas dançando.

O detetive continou me arrastando.

Respirando ofegante devido a raiva.

Porra, eu estava bastante ferrada.

Quando saímos da boate, o homem me levou para o outro lado da rua.

— Hey, pode parar, por favor? — Pedi, e ele apenas resmungou como resposta.

Alguma pessoas nos olharam atentas.

DANGER Onde histórias criam vida. Descubra agora