— Eu disse para soltar ela.
O detetive Sullivan ordenou, a voz tranquila, carregada de raiva, ele parecia está se controlando para não estourar.
Algo titubeou dentro de mim.
Aquela sensação de alerta, sabe?
— E se eu não quiser? — Merda! O cara era realmente um idiota por está desafiando o homem à sua frente.
O detetive riu frustado.
Ele olhou atentamente para a mão do bêbado sobre mim, vendo sua fixação.
— Eu vou acabar tendo que quebrar algum membro seu. — A ameaça soou tão fria, e o olhar ainda mais assustador.
O bêbado riu, zombando do homem.
— Vai mesmo cara?
— Quer pagar para ver? Além de te quebrar todo, ainda farei com que te joguem em uma maldita cela seu filho da puta. — O detetive ficava cada vez mais vermelho, dando um paso para a frente.
Engoli em seco.
Coitado do bêbado, estava pisando em território minado e nem sabia.
— Como assim cara? Você é policial por acaso? — O idiota bêbado amedrontou, suavizando o aperto em meu braço, sem soltar.
O detetive riu. Sabe aquelas risadas forçadas? Pois bem, assim a dele soou.
Ele levou uma mão para trás de sua calça, possivelmente para um bolso, trazendo consigo um distintivo.
— Vou lhe dá um minuto para soltar ela, ou talvez você ainda saia daqui com vida. — Fiquei sem fala, quando ele puxou levemente sua camisa para cima, mostrando boa parte de seu abdômen trincado, mas meu olhar se fixou na arma entre sua calça.
A mão que segurava meu braço o soltou, e percebi o quanto o cara se alarmou diante as palavras do detetive e a visão da arma.
— Calma aí, cara.
— Suma da minha frente, porra. — E em um piscar de olhos o bêbado estava sumindo por entre a multidão na pista.
Respirei fundo, suspirando aliviada.
Massagiei meu braço, fazendo uma careta ao sentir meu pulso dolorido.
E quando levei meu olhar para o detetive, me arrependi amargamente disso quando o homem rosnou para mim, guardando seu distintivo no bolso de sua calça.
— Você me surpreende cada vez mais. — Ironizou feroz, agarrando meu braço com brutalidade ao se aproximar de mim, arrastando-me por entre a multidão.
— Para onde diabos...
— Cala a boca caralho! — Rosnou furioso, me assustando, abrindo caminho por entre os corpos suados.
Puta merda!
Meu coração bateu frenético quando o homem apertou meu pulso, e centenas, ou milhares de descargas elétricas percorreram todo meu corpo.
Olhei para trás por cima de meu ombro, tentando avistar Dayse ou Garret, e não avistei nenhum dos dois por entre as pessoas dançando.
O detetive continou me arrastando.
Respirando ofegante devido a raiva.
Porra, eu estava bastante ferrada.
Quando saímos da boate, o homem me levou para o outro lado da rua.
— Hey, pode parar, por favor? — Pedi, e ele apenas resmungou como resposta.
Alguma pessoas nos olharam atentas.

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DANGER
RomansaQuando há uma ferida profunda no coração. Será se ela pode ser corrigida? Ou até mesmo substituída? Perante todos, sou um homem forte, e seguro, mas isso é só uma máscara. Durante cada maldito segundo da minha vida, eu sempre fui cercado por peri...