9 - Foge pela Porta

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Não há como voltar para lá.

    - A porta! - você diz. - Corra para a porta!

     Você aponta, mesmo que a luz esteja se movendo ao redor da sala de forma descontrolada enquanto seu companheiro chuta os ratos para longe. Eles estão subindo através da sua calça, pulando em sua camisa, tentando encontrar algum pedaço de carne para arranhar e morder. Você retrocede por eles, trabalhando em direção à porta misteriosa. Um pouco de terra em seu cabelo e você se desespera descontroladamente. Seu companheiro chega à porta antes de você. Ela força a maçaneta.

    - Está trancado! - ela diz.

    - Não! - Você reclama. Os ratos estão em frenesi. Voltar para a janela parece impossível. - Tente novamente, coloque mais força.

     Vocês se esforçam completamente para abrir a porta ... e milagrosamente deslizam através dela. A porta se abre e vocês caem juntas batendo no chão de madeira empoeirado. O quarto está submerso na escuridão na maior parte, a única luz existente sendo emitida de um candelabro montado na parede oriental.

     - Doces sonhos, sempre são quebrados. - uma voz assustadora diz da escuridão. - Os ratos ligaram o alarme.

     Você olha para trás e compartilha um olhar questionista com a sua companheira. Então você olha por trás  e um arrepio percorre você.

    Você sussurra com urgência: - A porta sumiu.

    - O que? - Ela sussurra de volta, mas ela também olha para trás e não vê nenhuma porta.

     Os olhos dela são largos e assustados, assim como o seu deve ser.

    - Eu fico me perguntando, O que acontece quando o alarme soa ... - a voz, um tanto feminina, mas dura, diz.

     Não faz nenhum sentido no que a mulher assustadora fala. Você prefere manter-se calada. mas, desiste. Está claro que ela vê você.

     - O que aconteceu com a porta? Como podemos sair daqui? - você pergunta.

     - Pequenos ratos entraram, mas não podem sair. - diz ela. - Está muito bem trancado para poder brincar com eles. - Ela ri de uma forma que faz sua pele estremecer. Você não quer entrar nesse jogo.

   - Eu não quero jogar. - Você se lembra de estar trancado no porta-malas. Não há saída. O ar fica grosso. Suas respirações estão ficando pesadas. - Eu quero ir embora. Eu quero sair daqui!

    - Você pode ir depois de jogar! - A mulher diz bruscamente.

     Você pode ouvir seus sapatos clicando contra a madeira enquanto ela passeia casualmente pela sala. Ela se move em direção à luz das velas. Você está muito chocado para fazer uma pergunta, mas seu companheiro solta um suspiro alto à vista da mulher. Ela é cinza. Cinza fantasma. Os olhos dela estão afundados e pretos. Sua boca é espalhada em um sorriso largo, mostrando duas fileiras tortuosas de dentes pretos.

     - É seu dia de sorte. - diz ela, olhando para você. - Eu vou deixar você escolher o jogo.

     Você não vai sair daquele quarto até que você acabe com isso, então você concorda com a cabeça.

     - Palavras? Facas? Ou pedras? - ela diz.

     - O que? - você diz.

Ela repete as palavras, seu sorriso preto e dentado nunca vacilando.

     - Você pode me dizer quais são as regras dos jogos?

      Ela balança a cabeça e espera.

      Eles não fazem nenhum sentido. Jogos de palavras, você entende, mas facas e pedras? Eles parecem terríveis. Então, novamente, ela poderia estar esperando que você pensasse isso. Poderia ser que as palavras são o jogo ruim. Todos poderiam ser ruins. Ou isso poderia ser uma brincadeira e nenhum deles poderia ser ruim. É tão frustrante!

- E-e-escolha, pode escolher, tire-nos daqui. - diz o seu companheiro.

Palavras - pule para o capítulo 11

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Palavras - pule para o capítulo 11

Facas - pule para o capítulo 12

Pedras - pule para o capítulo 13

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