Teach Me How To Love (Min Yoongi - Long Story)

Capitulo 1

Em futuro não muito distante uma guerra destruiu a sociedade como a conhecemos, fazendo com que os sobreviventes reescrevessem a civilização. Eles dividiram o mundo em setores. No primeiro setor ficavam os lideres, no segundo os vigilantes, no terceiro os cientistas e assim por diante. E cada setor era separado por longos quilômetros, montanhas, lagos, florestas e afins, o único meio de trafegar entre os setores era através dos trilhos que ligavam todos os setores e do trem que passava em alta velocidade pelo trajeto.

Mas mesmo com a separação de setores ainda havia conflitos e uma nova guerra ameaçava eclodir e com receio da destruição eminente foi criado uma pílula que privava a todos que a consumiam sentimos e assim o mundo mergulhou em um estado de dormência que não agradou o governo estabelecido, então outra pílula foi criada e outra e outra e outra e outra até chegarem na perfeição.

Naquele ano o governo colocou burocratizou as viagens no trem o que dificultou a ida e diminuiu as viagens e declarou como obrigatório o consumo da nova pílula. Houve resistência, mas o governo rapidamente eliminou todos que ousaram se opor e uma nova sociedade sem sentimentos puros surgiu.

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SETOR 27° VILA DOS PACIFICADORES

Os pacificadores é/são os pesquisadores em carregados de estudar e buscar meios de evitar a violência e manter a paz com a menor taxa de mortes. Isso é feito através de livros e mais livros.

-Estou tão empolgado hoje. – Dizia Taehyung seu irmão na mesa do café.

-Não diga essas coisas menino – repreendeu seu pai.

-Já tomou sua pílula hoje? – Perguntou sua mãe a ele.

-Quase esqueci – disse Taehyung pegando a pílula preta encima da mesa e a engolindo.

-E você S/n já tomou a sua? – Perguntou sua mãe agora a você.

Sem responder você pega pílula e a coloca na boca.

Por muito tempo você quando criança questionava o porquê das pílulas e seus efeitos, você não conseguia entender do porquê ter que reprimir seus sentimos e dar lugar a algo artificial. A sua sorte foi que você estava no setor dos pacificadores, por isso eles encomendaram do setor três uma pílula com efeito mais intensificado, não só encobrindo os sentimentos puros, mas também bloqueando qualquer pensamento revolucionário, por isso sua pílula continha pequenos pontos brancos em meio a sua escuridão.

-O ônibus chegou – diz seu pai ao ouvirem uma buzina.

-Adeus família – disse Taehyung sorrindo e beijando seus pais.

-Até mais – disse sua mãe a vocês enquanto os via sair de casa e indo para o ônibus.

Vocês subiram no ônibus e sentaram no ultimo acento dele e o mesmo começa a se movimentar.

-Estou tão empolgado – diz Taehyung praticamente pulando no assento.

-Por favor Taehyung se controla – você em um tom neutro.

-Nã dá – ele disse – Hoje eu me formo na academia, estou surtando.

A academia era uma instituição criada para ensinar os jovens a nobre arte da pacificação. Os alunos eram ensinados basicamente a pesquisar e ler livros em busca da manutenção da paz. E eles ficavam lá até os seus vinte e um anos.

-Daqui a três anos quando você estiver se formando você entenderá – disse ele ainda sorrindo.

Você não responde.

No fundo você estava preocupada com seu irmão. Ele sempre foi muito emocional, mesmo tomando as pílulas e isso não era bem visto.

Dez minutos depois vocês chegaram na academia e se despedindo do seu irmão você caminhou até a sua ala. A academia era basicamente uma enorme biblioteca e como na maioria das vezes o seu dia foi gasto sentada em uma cadeira, lendo um livro sobre guerra e paz.

O dia finalmente acabou e como de costume você ficou esperando seu irmão na entrada da academia.

-Finalmente o meu diploma – disse Taehyung se aproximando de você com um papel nas mãos.

-Parabéns – você diz sorrindo sem de fato querer.

-Obrigado – ele responde dando o sorriso mais sincero.

E naquele momento os vigilantes aparecerão e cercaram vocês.

-Senhor por favor me acompanhe – disse um deles.

-O que ele fez? – Você pergunta.

-É melhor a senhora não se intrometer – disse outro vigilante – Isso é assunto oficial do governo.

Você congelou no lugar e viu os vigilantes levando seu irmão em direção ao um furgão preto.

-Para onde vocês o estão levando? – Você pergunta indo em direção a eles.

-A senhora discorda da nossa ação? – Disse um dos vigilantes e você congela – Foi o que pensei.

E sem dizer mais nada eles entram no furgão e dão partida deixando você paralisada para trás. Com uma buzina o ônibus anuncia sua chegada como se não tivesse acontecido nada você entrou no mesmo.

Na viagem de volta você tentava assimilar tudo o que havia acontecido. Você queria ter agido, feito alguma coisa, mas você simplesmente não conseguiu.

Malditas pílulas! Você pensa e na hora seu corpo enrijece e todos os sentimentos preocupantes somem deixam uma calmaria no lugar. E assim foi a viagem até chegar em casa.

O ônibus para e você desce e logo o mesmo volta a andar, deixando você sozinha na entrada de casa. Você olha pela rua e vê ao longe um furgão preto e um sentimento estranho toma conta e sem pensar muito você fez a primeira coisa que passou pela sua cabeça. Correu.

Você não viu para onde, não viu nada, apenas correu para o mais longe possível e acabou parando em no final de um bosque pouco movimentado, onde dava para ver a cerca que revestia o setor inteiro. Você respirava ofegante, mas mesmo assim pode ouvir próximo a ali o som de portas batendo e você soube que era o furgão, era os vigilantes indo atrás de você e novamente aquele sentimento estranho tomou conta de você.

-Psiu, ei psiu – você pode ouvir alguém chamar – Você mesma.

Você buscou com o olhar a origem do som e pode ver além da cerca dois homens. Um loiro e outro moreno.

-Entre aqui – disse o moreno apontando para uma brecha na cerca.

Você mais uma vez congela.

-O que ela está fazendo? – Perguntou o loiro – Os vigilantes então atrás de você maluca, vem logo.

Tudo em você gritava para que você não respondesse, para que você saísse de lá, para que avisasse aos vigilantes dos opositores, mas mesmo assim você juntou força o suficiente para dizer em suplica:

-Eu não consigo.

Os homens se entreolharam e o loiro após xingar passou pela brecha e parou na sua frente e sem dizer nada puxou um spray da mochila e espirrou em você que em poucos segundos perdeu a consciência.