•Dipper•
Sentamos lado a lado. Nos servimos, e conversavamos animadamente, ate senti algo passando sobre minha coxa. Quando olhei, era Wendy, me acariciando. A olhei, e seu sorriso era discreto, mas malicioso. Comecei a ficar apreensivo: queria beijar-la, mas não na frente de todo mundo. Mordi meus lábios, afim de me conter. Ela abriu ainda mais o sorriso, mas havia parado com seu doce carinho. Me senti meio frustrado.
O jantar demorou o que me pareceu horas. Felizmente, havia acabado. Wendy despediu-se de todos, e fui levar-la no carro. Chegando lá, ela me beijou muito carinhosamente. Retribui, é claro, mas a puxei ao encontro do meu corpo.
Senti que assim, ela nunca poderia fugir de mim. Nada nem ninguém tiraria ela de mim. Mas ela se afastou.
— Vamos para outro lugar? – Ela sussurrou. Concordei com a cabeça, e sem dar notícias a minha família, entrei no carro.
Não sabia aonde ela me levaria.
Só sabia que a seguiria por onde fosse.Ela passou por ruas pelo qual eu já conhecia, mas não me lembrava direito. Logo, chegamos a velha e boa dusk 2 down.
— Se lembra daqui? – Fiz que sim com a cabeça, maravilhado pelo fato de que o local era o mesmo. – Venha. Tenho algo pra te mostrar.
Ela subiu a cerca, e fui logo atrás. O barulho agudo e desgastante que a cerca fazia a medida que íamos subindo, fez com que sentisse aquele frio da barriga, o mesmo de anos atrás, quando invadimos o local. Wendy pulou, e eu, com pouca coragem, pulei também.
Chegando a porta, ela, ao invés de me fazer abrir-la, me indicou outro caminho. Contornamos a loja, andando sobre o velho e desgastado asfalto do estacionamento. O local era tão silencioso, que pude ouvir meus próprios passos.
Chegamos então, ao que parecia um jantar romântico. Wendy havia colocado um pano xadrez sobre o chão, com várias almofadas, refri, pipoca e doces, além de um cobertor aparentemente bem quentinho. Num banquinho, estava apoiado um retroprojetor, que fazia seu reflexo na parede da loja.
Me surpreendi com aquilo. Era tão lindo o que ela havia feito...
— Wendy... – Tentei dizer, mas minha voz saiu com um sussurro. – Você é perfeita. – Ela sorriu, me puxando para o cantinho que ela havia arrumado.
Deitamos, e olhei para o céu. Era tão lindo aquelas estrelas ali, iluminando o céu. A lua, com toda sua graça, estava cheia, brilhante de um jeito que nunca vira. Estava tudo perfeito...
E talvez ali, seria minha primeira vez...• Mabel•
Dipper saiu com Wendy, e aparentemente nao voltava hoje. Aproveitei a brecha, e fui silenciosamente para o porão de Ford. Quando encostei a porta, pude ouvir alguns barulhos que o mesmo fazia. Parecia trabalhar em algum aparelho.
— Tio Ford... – O chamei, tentando não atrapalhar. Ele não me ouviu. – Ford! – Falei mais alto, o que o assustou.
— Mabel, o que faz aqui? – Ele disse, se levantando e arrumando seu óculos.
— Bom... – Me enrolei para falar, encarando o chão. – Eu meio que... Estou conseguindo fazer contato com o Bill. Ele conversa comigo, tivô. E diz que vai matar Dipper.
Ele deu alguns passos para trás, revelando surpresa. Achei até meio cômico, pois achei que ele sabia que Bill ainda estava vivo.
— Bom... – Ele começou a andar de um lado para o outro. – Não sele um acordo com ele, mesmo que pareça o melhor para você e seu irmão. – Ele coçou a cabeça, tentando pensar mais. – Preciso de que você me conte seus sonhos Mabel. Conte tudo o que ele fez e falou a você. – Concordei com a cabeça. Comecei a falar, e senti todo aquele medo percorrer minha espinha mais uma vez.
Cada vez que eu revelava meus sonhos, mais ele ficava assustado. Aparentemente ele também não sabia o que fazer.
Senti um tremor sobre meus pés. Com medo, me ajoelhei no chão, temendo que fosse um terremoto. Mas não. O chão começou a derreter, e tudo a minha volta ficou preto e branco. Ford desapareceu da minha frente, e fiquei sozinha no meio de sua sala.
— Ora ora ora... – A voz destorcida de Bill parecia vir de todos os cantos. Seus olhos foram tomando forma a partir de tudo que se parecesse com um círculo, e senti algo me apertar. Olhei para trás, e vi seu corpo, tridimensional, me segurando. – Olá, doce Mabel. Sentiu minha falta? – Fechei os olhos ao sentir seus dedos me esmagarem mais. Ele apertava meus braços com tanta força, que achei que fosse quebrar meus ossos.
— pedindo ajuda ao seu querido Ford? – Ele riu – Pena que nada ele poderá fazer para ajudar dipper... – Colocou-me no chão novamente, prosseguiu seu raciocínio. – Veja bem, Mabel. Ford tentará me matar ou me transportar dessa dimensão. Mas ele falhará, como sempre. Mas agora eu não estou sozinho...
Da parte mais escura da sala, vi se tornar uma forma, que logo obteve olhos brancos como a lua. Seu sorriso macabro exibia dentes enfileirados e muito afiados.
Ele foi revelando sua estatura a medida q foi se aproximando. Parecia ser uma mulher, corcunda. Usava um vestido meio rasgado preto. Sua cabeça estava tampada por um capuz, e fazia seu rosto sumir na escuridão. So vi seus olhos e sorriso. Comecei a tremer. Minhas pernas Pareciam gelantina, me fazendo perder o equilíbrio.
Sua voz era mais distorcida e aterrorizante que de Bill.
Congelei ao sentir suas unhas roçarem em mim.
De repente, ela havia tomado a forma do Dipper, mas seus olhos eram totalmente pretos. Sua voz esganiçada berrou, fazendo o rosto dele se distorcer, seus olhos sangrarem num tom preto. Seu rosto estava palido, marcado por veias roxas e verdes.
Foi a pior cena que eu ja havia visto. Berrei, quase chorando. Dei um salto para trás, e logo ouvi a risada de Bill, que observava minha reação se deliciando com meu sofrimento.
Filho da puta.
Pulei em cima dele, cravando minha unha em seu olho. Logo, ele sangrou o que me pareceu uma gosma laranja. Que nojo. Ranquei seu olho, berrando com ele.
— Sentiu falta dessa dor, doritos? – Berrei, furiosa. Ele rapidamente me socou, me jogando no chão, aos pés da demonia metamórfica. Ela ja havia voltado a sua forma original.
Gemi com a dor do impacto com o chão.
Acorde, Mabel. Acorde! Uma voz conhecida gritava em meus ouvidos. Logo, voltei a sala de Ford, e aparentemente eu havia desmaiado.
— O que aconteceu? – Ele disse, apreensivo.
— Eu me encontrei com Bill novamente. – Ele arregalou os olhos. – E a última coisa que ele e sua nova amiguinha me disseram era que a morte de Dipper estava mais próxima que imaginávamos.HEEEEY!
Me desculpeeeem! Fiquei meses sem postar Capítulo, que merda hein...
Então, fiz esse gigante ai pra vcs. Esperem que gostem! Não esquecam a estrelinha 💙
Bjux,
• Mrs Golightly •
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O novo verão de mistérios
FanfictionA família Pines finalmente se reune na Cabana do Mistério, após 3 anos desde a Estranhagedon. Mabel e Dipper estavam ansiosos para finalmente rever seus tioavos e seus amigos. Entretanto, Bill, que todos juravam que estava morto, retorna para assomb...