O novo verão de mistérios

VIII: What the heck did Bill do to her?

• Dipper •
Tudo ocorria bem, dentro do esperado. Wendy e eu víamos o filme, mas nos pegavamos ao mesmo tempo. Até que uma parte parei de prestar atenção, e me deixei levar pelo abalo do carinho dela.
Sabia que Wendy não era mais virgem (afinal, ela ja tinha 20 anos). Mas ela parecia ser pouco experiente, assim como eu. E... Bom, algo me veio a cabeça. Tudo entre eu e ela aconteceu muito rápido. Era meu terceiro dia aqui em Gravity Falls e nós ja íamos transar?! Estava muito errado, ou talvez eu tivesse perdido algum ponto dessa história. Ela percebeu que eu perdi o embalo do beijo, e o interrompeu.
— Algo de errado, Dip? – Ela disse, me encarando meio vesga, pela proximidade de nossos rostos.
— Wendy... O que mudou nesses 4 anos que estive fora? Você disse que não teríamos chance, afinal, são três anos de diferença... O que mudou? – Eu disse sem pensar, fazendo as palavras escaparem da minha boca.
  Ela se sentou ao meu lado, respirando fundo, e ajeitou o cabelo. Inclinou a cabeça de forma que a pouca luz do ambiente a deixasse com um ar meio triste.
— Dip... Desde que você foi embora, eu namorei vários caras. Mas eles nunca me trataram igual você me tratava. Eu comecei a procurar suas qualidades em outros caras, e as vezes terminava com eles, pelo simples fato de que... Eles não eram você. – Ela respirou fundo novamente e prosseguiu: – Dip eu... Gostava de você. Talvez antes, como amigo. Mas quando você me disse aquilo, sentado no tronco daquela árvore... Tudo mudou. Não tinha dormido aquela noite. Sabe, eu só... – Calei sua boca, selando nossos lábios. Ela se assustou, mas logo reagiu. 
Seu carinho tinha um poder de me sentir vivo, de me sentir feliz. Eu amava ela.

•~•~•
• Mabel •
Nunca vi tio Ford tão atordoado daquela forma. Me senti mal, por trazer essa notícia a ele. E mais mal ainda, por não ter ideia de como ajudar-lo.
Tentei de várias formas acalmar-lo, mas nada funcionava.
— qual era a forma daquela nulher mesmo? – Ele disse, e tentava fazer o desenho dela de acordo com o que eu lhe dizia.
Quando finalmente consegui descrever-la com a maior precisão que pude, o desenho de ford estava tão parecido quanto. Fiquei impressionada.
  — Ela era exatamente assim! – Disse, maravilhada.
— Eu ja li sobre ela em um livro de lendas urbanas aqui de Gravity Falls.
— Lendas urbanas, Tio Ford? – falei sendo meio incrédula. Não acredito que a demonia que me aterroriza é uma lenda urbana de livro infantil.
— A maior parte desse livros de lenda urbana aqui, possuem histórias com monstros reais, Mabel.
  Engoli em seco. O maior medo da minha infância era lendas urbanas.

•~•~•
No dia seguinte, acordamos cedo e fomos de carro até a biblioteca municipal.
  Ford me guiou pelo lugar que parecia abandonado, até achar um livro de capa marrom que estava empoeirado e caindo aos pedaços.
  Ele foi folheando, até achar uma história. Me entregou o livro, e nos sentamos na mesinha que tinha ali. Comecei a ler, me assustando a cada fato narrado.

                 A BRUXA DE FALLS

No início da fundação da nossa querida Gravity Falls, uma mulher, conhecida como Margot Burnier, era uma renomada cientista francesa. Ela fora encaminhada aos Estados Unidos após um deslize com seu chefe em Paris.

  Dizem que seu primeiro contato com o sobrenatural, foi um homem esbelto, de cabelos amarelos como ouro. O demônio, cuja nome ela não cita, lhe prendeu em um acordo. "Um cúmplice, para me ajudar a desvendar os problemas da humanidade" ela escreve, em um trecho conhecido de seus relatórios. Entretanto, parece que esse feitiço lhe prendera mais do que o esperado. E ela, virou sua marionete bem controlada, desde 1856.

Diz tambem, que ela pode tomar todas as formas que o demônio deseja.
Entretanto, a real Margot ainda vive dentro do feitiço que lhe fora lançado, e para salvar-la, é necessário decifrar seu diário, cuja localidade é desconhecida.

  Tivô alugou o livro na biblioteca e me disse em sussurro: acho que tenho algo disso anotado no novo diário que venho escrevendo.