❂ e i g h t ❂

838 136 56
                                    

Lee Min Hyung abriu a torneira do banheiro e deixou a água gelada molhar o papel-toalha em que segurava. Depois a fechou, e pôs o papel no seu grande hematoma no abdômen. Gemeu ao sentir o gelado entrar em contato com a sua pele quente e inspirou profundamente.

Teve um grande prejuízo com a briga, mas não tanto quanto o Bumb. Teriam que organizar o depósito da quadra - o que era um terror, já que aquilo era a maior bagunça - e receberam desconto de pontos nas matérias.

Mas talvez tivesse válido à pena: Jisung estava bem.

- Tem mais alguém aqui dentro? - aquela voz perguntara, e o garoto pôs a cabeça para dentro na porta entreaberta do banheiro.

- Não. - respondeu Mark, pressionando o papel no local da dor.

Jisung suspirou e entrou no banheiro, em seguida fechou a porta e trancou-a (perguntou-se o porquê de algum funcionário ter esquecido a chave na porta). Mark estranhou, e Jisung apenas sentou-se na bancada da pia.

- Você não devia ter feito aquilo por minha causa. - começou.

- Eu sei. - Mark respondeu.

- Porque se referiu à mim como "meu"?

- Talvez por você ser o meu melhor amigo, não é assim que diz? - Mark Lee falou com desgosto.

- Como assim, Mark? Você não tinha obrigação de me defender só porquê sou incapaz de realizar tal coisa. - Jisung exclamou, inclinando a cabeça.

- É, eu sei disso. Mas eu fiz por você, porque você não pode correr amanhã machucado e também porque eu não gostei de te ver apanhar.

- Você poderia simplesmente ter deixado para lá. - seu de ombros.

- Acha que é simples esquecer o fato de alguém que amo estar sendo agredido na minha frente? Park Ji Sung, eu não sabia que pensou que eu iria agir assim!

- Não pensei, talvez eu tenha gostado do seu sacrifício. Ai, caramba, eu sou tão egoísta...!

- Todos somos, Jisung. - pressionou mais o papel-toalha contra o hematoma.

- Eu queria que você não tivesse feito aquilo. - Jisung comentou, pegando a camisa do uniforme de Mark, que estava ao seu lado, e erguendo-a no ar. Depois do ato banal, deixou a camisa onde estava.

- Te protegi, Jisung. Estou feliz em saber que está bem.

Jisung desceu da bancada e se aproximou de Mark. Pôs a mão por cima da do amigo, fazendo Mark abaixar os olhos e o seu coração acelerar, e afastou o papel toalha. Jisung olhou o seu corpo, ou foi assim que Mark pensou que estivesse fazendo.

A mão de Jisung tocou aquela mancha roxa, e Mark sentiu o quão quente Jisung estava.

- Você se machucou... - sussurrara. - Está doendo?

- Não. - Mark mentiu.

- Eu sei que está. Vou melhorar o seu dodói, Mark. - Jisung se curvou e distribuiu beijos no hematoma do abdômen de Mark.

Seu coração acelerou, ele sentiu um calafrio no corpo e os seus pêlos eriçaram-se com o contato dos lábios quentes de Jisung com a sua pele já gelada. E ele não parou, beijou-o até fora do hematoma. E pela primeira vez, Mark conseguiu ver algo de sexy em Jisung; ele com aqueles beijos eletrizantes e aquele calor natural.

Lee Min Hyung estava paralisado, observando o amigo beijá-lo e despertar desejos impossíveis e insanos. Mark precisava que Jisung se afastasse, mas queria que ele continuasse. E quando Jisung acabou com o seu carinho, ergueu a cabeça para Mark e sorriu para ele.

Aquele magnífico sorriso que movia as montanhas internas de Mark Lee, aquele sorriso que o fazia esquecer do mundo e de todos, que fazia o seu coração virar uma granada de sangue, aquele maravilhoso sorriso...

- Eu te amo, Mark! - Jisung o abraçou. - Obrigado.

Retribuindo com todo o carinho do mundo, Mark respondeu:

- Eu é que te agradeço por ser o meu Sol todos os dias, Jisung.

Enterrou o rosto na curva do pescoço de Jisung e permaneceu ali, com ele e naquele momento, durante a eternidade.

E Jisung tinha razão: ele conseguiu melhorar o dodói de Mark; tanto aquela mancha roxa em seu abdômen, quanto aquela granada dentro de si chamada coração.

Mark apertou Jisung contra si e esperou o fim começar, pois ele nunca soltaria o seu amor.

Sun Boy ❂ MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora