❂ t w e n t y f i v e ❂

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— No dia da sua Olimpíada Regional, Jisung, haverá uma palestra sobre isso. Vocês participarão. Depois da corrida, caso Jisung ganhe, você divulgará o projeto como discurso e vai falar sobre isso, para conscientizar as pessoas. — instruía o diretor. — Entenderam?

— Sim, senhor — concordou Mark Lee.

— Ótimo. — os garotos já estavam saindo da sala, mas ele os fez parar: — Ah, Jisung! Treine bastante e represente a nossa escola. Estamos contando com você!

Jisung sorriu e assentiu, mas deixou a sala assim que o diretor focou em seu trabalho. Estava meio nervoso, porque era uma grande responsabilidade e ele não sabia se conseguiria no final.

À noite, quando faziam um bom cartaz — já que Mark criticou aquele cartaz do diretor o dia inteiro —, Jisung ia comendo o seu Choco Pie e pensando se realmente deveria estar participando daquilo. Mark também estava o ajudando, tanto na computação gráfica, quanto nos cartazes artesanais para a campanha.

— Estou morrendo de sono... — comentou Jisung, ameaçando desmaiar com um pouco de drama.

— Hmm... — Mark se levantou do chão e foi até a sua cadeira do computador — Quer que eu te faça uma massagem? — sussurrou próximo à sua orelha, e os pelos de Jisung quase que iriam se soltar e fazer carreira solo, de tanto que se eriçaram.

Sem esperar a resposta, Mark começou uma massagem nos ombros de Jisung e ficou assim por um tempo, até perceber os olhos fechados de Jisung e a sua cabeça ir de um lado para o outro, por conta do sono.

— Você é a melhor coisa que me aconteceu, sabia, Mark? — sussurrou Jisung, e Mark teve o prazer de se inclinar para frente e sussurrar de volta:

— Você também, Sun. E muito mais.

Escutou uma pequenina risada de Jisung, mas logo o garoto acabara por dormir e cair em seus braços.

— Você é meio pesadinho, amor — contava, enquanto carregava Jisung até a cama. — Sei que não está me ouvindo, mas eu te amo.

Beijou-o no rosto e saiu do quarto. Embora o clima tenha ficado um pouco estranho entre ele e a mãe de Jisung, ambos foram agradáveis com o outro. Até que Mark decidiu ir para casa, pois também estava sonolento.

— Tenho o prazer em te levar — falou a sra. Park.

— Não precisa, posso pegar um táxi — Mark estava nervoso.

— Vai negar um pedido meu? — ela sorriu amigavelmente, e Mark cedeu ao pedido da mulher.

A Omma de Jisung deixou o abajur do quarto do filho ligado, pois ainda o via como criança e que podia acordar assustado com medo de monstros — como alguns anos atrás.

O silêncio era mortal dentro do automóvel, e nem aquela música agitada do rádio estava trazendo calor àquele momento. Mark estava no banco de trás, pois não queria ficar ao lado da sra. Park. Não que fosse uma má pessoa, apenas era estranho e constrangedor estar ali com ela, sem o Jisung e em total silêncio.

Enfim, a sua casa finalmente chegou. Ou melhor, ele chegou em sua casa. Quase soltou um suspiro de alívio, mas percebeu que aquilo não seria conveniente.

— Obrigado, sra. Park — disse ele, abrindo a porta do carro e saindo. — Tenha uma boa noite.

— Boa noite, Mark — ela sorriu para ele, e o garoto esperou que ela fosse embora.

Quando a mulher acelerou, ele curvou-se rapidamente e a observou. Quando já estava um pouco longe, Matk viroi-se para entrar em casa. Subindo as escadinhas da frente, foi surpreendido com um barulho de motor e virou-se para ver: era a Sra. Park voltando e abrindo a janela.

— Ah, Mark... Cuidará bem do meu bebê, sim?

— Irei. Prometo — Mark concordou com a cabeça, e finalmente a mulher foi embora.

No silêncio da noite, sozinho na rua, sussurrou para si mesmo:

— Não só cuidarei dele, mas o amarei para sempre.

Sun Boy ❂ MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora