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Quando Mark cessou o beijo não correspondido, um clima tenso se formou no local. Jisung o fitava sem expressão alguma e Lee Min Hyung tinha o coração acelerado.

"Que merda eu fiz?", pensou sozinho.

— Ahn... Jisung! Jisung! Jisung! — Chen Le recomeçou o alvoroço e logo todos estavam vibrando outra vez e carregando Park Ji Sung.

Dois garotos o seguravam no alto, jogando-o para cima e para baixo, levando-o para fora da arquibancada. O garoto ficou à procurar Mark pela multidão, e reconheceu um par de olhos tristes em sua direção. Mark estava paralisado, observando-o ser levado. Então Jisung desviou o olhar, e tentou comemorar com todas aquelas pessoas.

— Mas que porra foi essa, Mark Lee? — Chenle o sacudiu.

— Aish, esquece. — se infiltrou na multidão e saiu dali o mas rápido que pôde.

Mark foi para o banheiro e trancafiou-se numa cabine. Sentou na tampa da privada e apoiou a cabeça na parede.

— Mas que merda eu fiz? — perguntou-se.

— Cara, você viu aquilo? — ouviu alguém dizer. — Mark é gay!

— Não foi por nada que ele brigou com Bumb por conta de Jisung. — um outro respondeu.

— Mas Jisung não correspondeu.

— Foi bom mesmo, pelo menos ele não se contaminou com aquele maluco gay! Vem, vamos.

Ele ouviu passos e deduziu que estivessem saído, e então pôde chorar em silêncio. Depois de um tempo, ouviu mais passos de pessoas entrando no banheiro.

— Você prefere o meu cabelo assim... Ou assim, Chen Le? — era Jisung.

Seu coração deu um pulo e ele se remoeu, controlando a vontade de abrir a porta e fazer uma coisa da qual se arrenpederia.

— Assim. — Mark ouviu a voz do outro amigo.

— Tudo bem, obrigado. — Jisung respondeu. — Onde está Mark?

— Eu não sei. Aliás... Não quero te constranger nem nada, Jisung... Mas o que foi aquilo?

— Eu não sei. Eu... Estou confuso.

Fizeram um silêncio por algum tempo, ouvindo o barulho da torneira aberta e som de passos.

— Você... Gostou? — Chen Le perguntou, e Mark finalmente ficou mais focado na conversa.

— Puta que pariu, Chenle, claro que não! Mark é meu amigo!

Mark já não podia ficar mais machucado com aquilo... Com tudo, na verdade. Estava doendo demais e ele sentiu que nunca passaria.

— O que o cu tem a ver com as calças? — perguntou Chen Le.

— Credo, Chen Le, que raios é isso?

— Tradução: o que uma coisa tem a ver com outra?

— Amigos não se beijam. — outro tiro para o coração de Mark.

— Quem disse isso? Eu já beijei o Ren Jun uma vez, e Jae Min também , e continuamos amigos.

— Você o quê? — Jisung espantou-se.

— Ah, cala a boca, Park Ji Sung. Vai me dizer que nunca beijou um garoto?

— Antes, não. Mark é o meu melhor amigo e eu não o quero machucado.

— Já machucou. — Mark bufou, baixinho.

— A merda já está feita já, tá? Você já pisou no cara e dele deve estar arrasado pelos cantos.

— Eu só queria que ele soubesse que... — as palavras ficaram no ar. — Eu não sei como dizer que não senti nada, sem o machucar.

— Você não gostou mesmo?

— Foi um beijo normal, nada de especial.

Irritado, Mark levantou-se e abriu a porta da cabine. Viu Jisung com a sua medalha de mérito e Chen Le ao seu lado. Lançou-lhes um último olhar antes de sair pela porta como um trovão e sumir no corredor.

— Mark! — Jisung chamou-o, mas ele já havia ido. — Como posso fazê-lo ficar melhor?

— Sabe, Jisung... Eu tenho uma solução novinha saindo do forno... Basta você concordar. E lembre-se: estaremos ajudando Mark.

— O que é?

Chen Le sorriu, dizendo ser um magnífico plano. Mas Jisung sabia que aquilo não iria prestar, no final. E quem sairia mais machucado seria Mark, e bem mais do que ele estava naquele momento.

Sun Boy ❂ MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora