(4) Unica Bala

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P.O.V. Yoongi

Minha cabeça girava dos acontecimentos da noite anterior, já me passou bem detalhadamente o quanto o humor de Park Jimin é difícil de decifrar.
Pensei finalmente tê-lo para mim por pelo menos uma noite, pelo menos uma noite eu teria minhas mãos naquelas coxas macias e bem firmes, teria domínio sobre o corpo do inimigo que tanto me chamou a atenção no primeiro relance de imagem sua.
Além de querer Park Jimin morto e fora da minha vista, eu também desejava seu corpo.

Abri os olhos, ainda sem saber o que aconteceu para eu estar nessa cadeira, e minhas mãos estarem presas firmemente atras de mim, assim como minhas pernas.
Parecia que o dia amanhecia, a claridade fina era evidente, assim como a pessoa escorada a parede a uma distância calculada para longe de mim.
—O que aconteceu com os beijos e o fogo todo?— fui sarcástico. —Um tiro na perna, uma coronhada na cabeça. Não combinamos esquecer as diferenças por uma noite, Park?

Jimin riu fraco, balançando a cabeça, me fazendo notar cada detalhe do seu corpo ao sacolejar da gargalhada macia.
O garoto vestia uma roupa preta, como de costume, que marcava cada curva e cada detalhe de seu corpo, o cabelo bagunçado só lhe deixava mais sexy do que já era.
Me controlei para não soltar um suspiro, e invés disso deixei a raiva por ter sido enganado aumentar a cada centímetro que Jimin diminuía entre nós.
—O problema é esse— ele disse, quando já estava a apenas uns dois passos de mim, se debruçando em minha frente se apoiando no braço de minha cadeira, com o rosto perto do meu —Temos diferenças demais.

Por um flash de segundo, pude notar o olhar de Park cair sobre minha boca, e se demorar ali sem sequer perceber. Mas logo o garoto piscou, meio surpreso pelo seu próprio ato e voltou a me encarar.
—Me diga para quem você trabalha, Suga— pediu educadamente, enquanto se distanciava e parecia conferir suas balas na arma.

Eu ri.
—Você não vai arrancar nada de mim.

Jimin não parecia surpreso pelas minhas palavras, apenas assentiu e tornou a se aproximar.
E em um movimento que me pegou totalmente de surpresa, Jimin sentou em meu colo.

Com uma perna em cada lado do meu quadril, os pés tocando o chão apenas com a pontinha do coturno, o desgraçado sorriu da forma mais irritantemente sexy que já vi.

Park Jimin era um porno ambulante.

Aproximando os lábios de meu ouvido, de forma manhosa e me causando arrepios por toda a extensão corporal, ele sussurrou:
—Fala pra mim Yoongi.. por favor.

Respirei por entre os dentes, travando minha mandíbula.
—Vai pro inferno— respondi secamente.

O agente riu e deu uma certa rebolada em meu quadril, lentamente, me fazendo arfar.
—Vamos juntos.

Fechei os olhos mantendo minha concentração em seguir meu objetivo, eu fui pago e treinado para ser um mestre do crime.
Fique firme Min Yoongi, você é o Suga!

—Okay, vamos mudar os métodos— Park decidiu, pegando sua arma, ainda sentado com a bunda bem em cima de meu membro que se mostrava um pouco necessitado.

Observei o garoto tirar todas as balas da arma, e acho que minha expressão mostrou o quanto eu estava confuso.
—Vou deixar apenas essa aqui, ela é especial— ele me mostrou a pequena munição e colocou no último encaixe. —Você tem cinco chances, ou morre.

Maravilha.

A arma foi pressionada em minha cabeça, e involuntariamente sorri debochado.
—Armas na cabeça não me assustam, nem com cinco disparos para morte.
—Não é a questão de quantos disparos uma pessoa pode dar, é a precisão que acerta o alvo.— citou a frase tranquilamente, chegando perto o suficiente para nossas respirações se misturarem.

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